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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Vímana


Uma das bandas é a Vímana, com um misto de arranjo, jazz e um rock progressivo, teve quatro formações na década de 70 com os nomes mais importantes da música brasileira, que são queridos e conhecidos até hoje.

A primeira formação (1974 a 1975) contava com os músicos Lulu Santos (vocal e guitarra), Luiz Paulo Simas (teclados), Fernando Gama (baixo e vocal) e Candinho (bateria). Nesse período Vímana trabalhava para outros músicos em estúdios, mas não deixavam de se apresentar ao público, principalmente no Museu de Arte Moderna e nos teatros do Rio de Janeiro. Enfrentou uma época difícil com a ditadura e um Brasil que não estava preparado para esse novo estilo musical, mas eles acreditavam que aos poucos cairiam no gosto das pessoas. Em 1975, Candinho saiu da banda, dando origem à nova formação.

Esta nova formação (1975 a 1977), a mais lembrada quando falamos da banda Vímana, composta ainda por Lulu Santos (guitarra e vocal), Luiz Paulo Simas (teclados e vocal), Fernando Gama (baixo) e com os novos integrantes Ritchie (vocal e flauta) e Lobão (bateria), lançaram um compacto Zebra, que na época foi arquivado pela gravadora, que alegou falta de público do rock no Brasil. Até um LP com 12 faixas foi gravado, o Álbum On the Rocks, porém não foi lançado e os integrantes, nos dias de hoje, não sabem ao certo onde estão essas faixas, que ficaram no “virtual”, acredita-se que ficou com Lulu Santos.

Já na terceira formação, ainda em 1977, um novo integrante entrou para a banda: Patrick Moraz (teclados, ex-Yes), músico suíço que veio ao Brasil com o interesse de montar uma nova banda. Como o tecladista Patrick Moraz não gostava de Lulu Santos, vários desentendimentos aconteceram até que Lulu Santos foi expulso da banda pelo próprio Moraz, causando grande confusão e discórdia por todo grupo.

A quarta e última formação (1977 a 1978), novas mudanças aconteceram e ficaram como integrantes: Patrick Moraz (teclados), Luiz Paulo Simas (teclados e vocal), Fernando Gama (baixo), Ritchie (vocal e flauta) e Lobão (bateria). Por conta dos desentendimentos anteriores a banda se desfez e cada um seguiu sua carreira solo. E novos sucessos do Rock nacional dos Anos 80, como Lulu Santos, Lobão e Ritchie surgiram e fazem sucesso até os dias de hoje.

Texto retirado de | Rock Nacional Anos 80

1977 | ON THE ROCKS

01. Perguntas
02. Masquerade
03. On the Rocks
04. Cada Vez
05. Zebra
06. Maya
07. Lindo Blue
08. Masquarade
09. Avô do Jabour
10. Perguntas
11. Riacho do Navio
12. Antonio Conselheiro

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terça-feira, 16 de abril de 2019

Grupo Soma


SOMA, MISTÉRIO E RAROS REGISTROS NA HISTÓRIA DO ROCK BRASILEIRO

O grupo Soma é um dos maiores mistérios da história do rock brasileiro. Além da lenda, pouco se conhece da banda que teve o cantor Ritchie entre seus integrantes. Em disco, até pouco tempo, a única música conhecida era ‘P. F.’, do disco coletivo ‘O Banquete dos Mendigos’, gravado ao vivo, em 1974.

A história da banda, na verdade, começa na Espanha, mais exatamente em Madri, no Clube Miramar, por volta de 1963/64. Ali, na onda dos Beatles, tocava um grupo chamado Los Finks, que tinha no baixo o americano Bruce Henry. Na época, Bruce era amigo de Fernando Arbex, que começou tocando rock instrumental com Los Pekenikes e depois formou o famoso Los Brincos, o melhor grupo espanhol dos anos sessenta.

Dois anos depois, Bruce estava no Rio de Janeiro, estudando no Colégio Americano. Na escola, conheceu Rick Strickland Jr, outro americano, com quem formou o grupo The Out Casts. Junto com Bruce (baixo e voz) e Rick (guitarra e voz), estavam Chico Azevedo (bateria) e Gee Bee – assim está creditado no disco – (também guitarra). Com idades em torno de 16 anos e visual psicodélico, que incluia roupas coloridas, show de luzes e bateria fluorescente, The Out Casts fez um certo sucesso na cena carioca de garagem. O grupo apresentava-se em clubes como Boliche 300 e Paissandu e também na televisão.

Em 1967, abriram show para Roberto Carlos, no pavilhão do São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Totalmente obscuro, o grupo gravou um álbum chamado ‘My Generation’, em 1967. No repertório, composições originais e covers para clássicos dos The Who, The Rolling Stones e Bob Dylan, entre outros. O disco foi lançado pelo desconhecido selo ELPA, que vinha a ser uma espécie de tentativa do Elenco – de Aloysio de Oliveira, especializado em bossa nova – de criar um braço pop. Além do álbum, ainda foi lançado um compacto com ‘My Generation’ (The Who), que abre o LP. O grupo acabou em 1968, deixando um segundo disco gravado, mas que nunca foi editado, devido a falência do selo.

Um ano após, Bruce Henry já havia formado o grupo Soma, enquanto Chico Azevedo passou a tocar com Gilberto Gil e outros músicos e Rick Strickland Jr. abandonou a música. Soma, estréia em 1969 Ao contrário do que muita gente pensa, o Soma, portanto, não começou em meados dos anos setenta. O grupo nasceu em 1969, formado por Bruce Henry (baixo e voz), mais Jaime Shields (guitarra e voz), Alírio Lima (bateria) e, ainda, Ricardo Peixoto (guitarra), que depois tocou com Flora Purim e Airton Moreira. Como trio, o grupo gravou quatro músicas para a coletânea ‘Barbarella’ (nada a ver com o filme), lançada pelo selo (nacional) Red Bird Records, em 1971. Sem sucesso, e com o clima ditatorial adverso, o grupo deu um tempo, com seus integrantes dispersando-se pelo mundo. Em 1974, o grupo reorganizou-se, já com a presença do vocalista e flautista Richard Court (Ritchie), recém chegado da Inglaterra, de onde veio à convite de Rita Lee.

Com Bruce, Shields, Alírio e Ritchie participa de espetáculos no Rio de Janeiro, especialmente do show/disco coletivo ‘Banquete dos Mendigos’, produzido por Jards Macalé, em comemoração aos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Na mesma época, Bruce, Jaime e Alírio, gravaram uma das maiores raridades da discografia nacional, a trilha sonora de ‘Mailbag Blues’, um filme sobre Ronald Biggs, então vivendo no Rio de Janeiro, que acabou não rolando – mas terminou reeditado recentemente, por um selo inglês. Segundo o próprio Bruce, o nome ‘Mailbag Blues’ referia-se as cantorias dos presos de “Sua Majestade” enquanto costuravam sacos de correio, nas cadeias da Inglaterra.

Além dos três músicos do Soma, participaram do projeto o saxofonista Nivaldo Ornellas e o tecladista Guilherme Vaz, que depois escreveu a premiada trilha sonora do filme ‘Rainha Diaba’. A fita, inicialmente bancada pelo próprio Ronald Biggs, depois de várias tentativas de edição, tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos, se perdeu nos escaninhos do tempo. Segundo Bruce, a negativa vinha sempre acompanhada da justificativa de que não seria “ético” lançar um material envolvendo a controvertida figura de Biggs.

Argumento hipócrita, derrubado logo após pelos conterrâneos Sex Pistols, que gravaram, posaram para fotos e elegeram um de seus ídolos o assaltante do trem pagador. Anos mais tarde, Bruce Henry ganhou de presente, do proprietário do estúdio, o master original das gravações. Em meados dos anos setenta, com participação do pianista Tomas Improta, a banda passou a realizar shows com influência mais jazística, até terminar já quase no final da década. Bruce Henry foi o único do grupo a se manter ativo no meio musical, com participação em gravações dos principais músicos brasileiros e vários álbuns solos editados.

Texto retirado de | Fernando Rosa

1971-1974 | COLETÂNEA

01. Só Morto - Compacto | Soluços (com Jards Macalé)
02. Só Morto - Compacto | O Crime (com Jards Macalé)
03. Só Morto - Compacto | Só Morto (Burnin Night) (com Jards Macalé)
04. Só Morto - Compacto | Sem Essa (com Jards Macalé)
05. O Banquete dos Mendigos | Albuquerque Woman
06. O Banquete dos Mendigos | P.F. (Ritchie nos vocais)
07. O Banquete dos Mendigos | Um Dia
08. Barbarella | Fragments
09. Barbarella | Potato Fileds
10. Barbarella | Treasures
11. Barbarella | Where
Bonus | The Out Casts (Singles)
12. The Outcasts - Weird Ties Wide Belts And...
13. The Outcasts - Dying
13. The Outcasts - My Genetation

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