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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Flor de Cactus


Quem vivenciou o cenário da música brasileira nos anos 80 deve se lembrar do Grupo Flor de Cactus. Com a maioria (ou todos ?) dos integrantes potiguares, o grupo fez bastante sucesso no Rio de Janeiro, com algumas músicas sendo executadas nas rádios da época.

Três LPs foram lançados nos anos de 1980, 81 e 82 respectivamente. A formação do grupo mudou um pouco a cada disco, mas alguns músicos permaneceram em todos os trabalhos: Chico Guedes (baixo), Mingo Araújo (percussão) e Clauton(Neguinho) (bateria).

Um dos grandes momentos do Flor de Cáctus foi sua apresentação junto com Zé Ramalho no Projeto Seis e Meia do Teatro João Caetano (RJ) em 1981 quando se apresentou para um público recorde.

Quem produziu todos os discos do grupo foi o também potiguar Leno, da dupla Leno e Lílian da época da Jovem Guarda.

A partir do segundo disco quem passou a integrar o grupo foi o compositor Babal que mais tarde seguiria em carreira solo. Com o fim do Flor de Cactus, Chico Guedes foi para o grupo que acompanha Zé Ramalho e até hoje ele trabalha com o cantor/compositor paraibano. Já Mingo Araújo fez parte, até pouco tempo, da banda que acompanhava Raimundo Fagner.

Texto retiraddo de | Falas Musicais

1980 | FLOR DE CACTUS

01. In Technicolor
02. Aridez
03. Saudade
04. Para Marley
05. Aari (Canto Para O Índio Potiguar)
06. Choromingado
07. Kamikaze
08. Ribeirão
09. Espiral Do Tempo
10. Plantando Bananeira
11. Norte Ou Sul

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1981 | PEPITAS DE FOGO

01. Luz de Lamparina
02. Pepitas de Fogo
03. Maravilha
04. Mel do Mesmo Tacho
05. Faça de Conta
06. Música (Movimento Certo)
07. Nem Sempre Sou Igual
08. Varandas e Quintais
09. Flor do Sol
10. Dar Nome aos Bois
11. Mistura

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1982 | ALICERCE DA TERRA

01. Alicerce da Terra
02. Serena
03. Momento Coração
04. Chuva de Vento
05. Pássaro Amarelo
06. Movimento das Águas
07. Margarida
08. Chororo
09. Sonho de Luar
10. Mar de São João
11. O Que Dizer ao Menino

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terça-feira, 28 de maio de 2019

Eduardo Araújo & Silvinha


Mais conhecido por gravar Country Rock, Rock 'n' Roll e Soul, Eduardo Araújo surpreende.

Sou Filho Desse Chão é um álbum bastante radical, que oferece música inspirada principalmente pelo rock psicodélico e música progressiva, Se Eduardo Araújo não estivesse cantando em português e se, de tempos em tempos, ele não encaixa-se suas referências culturas e musicais no álbum (como o choro e forró na faixa de abertura "Sou filho Deste Chão "), eu mal poderia acreditar que ele seria artista brasileiro.

Sou Filho Desse Chão tem sua alma no rock psicodélico ("Círculo vicioso"). "Girassol", lembra grupos progressivos ingleses como Hatfield & the North ou Henry Cow ou o r.i.o. do grande Frank Zappa ("Capoeira"). Os solos de guitarra não estão muito longe dos de Carlos Santana. "Manda Embora a Tristeza" mescla perfeitamente o pop anglo-saxão e o brasileiro.

E para se divertir, aprecie a interpretação muito "pink-flodiana" de Silvinha em "Ter o Que Eu Tenho Sem Você." Sou Filho Desse Chão é um projeto musical pouco frequente no universo da MPB. Portanto surpreendente descobrir.

Texto retiraddo de | Por Trás da Vitrola

1976 | SOU FILHO DESTE CHÃO

01. Sou Filho Deste Chão
02. Círculo Vicioso
03. Girassol
04. Capoeira
05. O Tempo Que Esse Tempo Tem
06. Manda A Tristeza Embora
07. Misturando Rock Com Baião
08. Ter O Que Eu Tenho Sem Você
09. Capoeira
10. Opanigê

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sábado, 25 de maio de 2019

Ronnie Von


A TRILOGIA PSICODÉLICA DE RONNIE VON

Quem assiste hoje em dia ao programa Todo Seu da TV Gazeta, pode não suspeitar que aquele elegante senhor que apresenta o programa teve uma fase de rebeldia psicodélica em sua carreira musical, tendo um de seus discos desta fase considerado um dos melhores discos de rock psicodélico de todos os tempos por uma revista europeia.

Em 1969, Ronnie Von já era um cantor de sucesso e já tinha apresentado um programa de televisão chamado O Pequeno Mundo de Ronnie Von. Este programa concorria com o programa A Jovem Guarda e procurava levar artistas diferentes daqueles que iam ao programa de Roberto Carlos. Os grandes nomes do Tropicalismo como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes, tiveram suas primeiras aparições televisivas no programa de Ronnie Von.

Mesmo não sendo um grande cantor, Ronnie Von alcançou o sucesso graças ao seu carisma e talento natural, com as músicas “Meu bem” e “A praça”. Graças também aos seus olhos azuis e sua bela cabeleira, conquistando o público feminino, que ficava ouriçada quando o via cantar.

Ronnie Von poderia muito bem manter seu status de cantor de sucesso e galã, mas como todo grande artista, quis quebrar este paradigma e se aventurou em uma viagem musical, fazendo três discos que fugiam do lugar comum e tinham como grandes características a psicodelia e o experimentalismo.

Segundo Alberto Sacomani, que produziu os três álbuns desta fase, Ronnie queria com estes discos romper de uma vez a rivalidade com Roberto Carlos. Enquanto Roberto era considerado o “Rei”, Ronnie Von ganhou a alcunha de “Princípe”. Diz a lenda que a música “Querem acabar comigo” de Roberto Carlos, fala sobre a sucesso de Ronnie Von que estaria ofuscando o sucesso de Roberto.

Em 1968, lançou o disco homônimo Ronnie Von que foi o primeiro desta “trilogia” psicodélica. Com este disco o cantor se aproximou de vez do Tropicalismo, pois teve a ajuda nos arranjos e concepções musicais do maestro Damiano Cozzela, parceiro de Rogério Duprat, um dos arquitetos do som da Tropicália. Dentre as grandes canções deste disco podemos destacar o clima libertário de “Meu novo cantar”, com Ronnie recitando no começo da música, o concretismo de “Espelhos quebrados” (que começa ao som de espelhos sendo quebrados) ou os visionários arranjos de músicas como “Mil novecentos e além” e “Tristeza num dia alegre”.

1968 | RONNIE VON

01. Meu Novo Cantar
02. Chega de Tudo
03. Espelhos Quebrados
04. Silvia: 20 Horas, Domingo
05. Menina de Tranças
06. Nada de Novo
07. Lábios que Beijei
08. Esperança de Cantar
09. Anarquia
10. Mil Novecentos e Além
11. Tristeza Num Dia Alegre
12. Contudo Todavia
13. Canto de Despedida

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Mas o grande destaque deste disco é a música “Anarquia”. Enquanto Roberto Carlos cantava com sua caretice de sempre “É ciúme/ Ciúme de você”, Ronnie Von na letra da música “Anarquia” chamava o povo às ruas para fazer uma tremenda anarquia, em pleno regime militar: “Pois amanhã vamos pra rua fazer / Fazer uma tremenda anarquia / Pintar as ruas de alegria / Porque quem manda hoje somos nós, mais ninguém /E não ligamos pra quem vai nem quem vem atrapalhar /Há quem nos queira atrapalhar”.

O esquema de gravação do disco era na base criou – gravou, não havia pré-produção sendo que os músicos ficavam o dia inteiro trancados no estúdio fazendo experimentações e novos arranjos. O disco ainda foi gravado em uma época em que a gravadora de Ronnie Von estava sem diretor, o que deu mais liberdade para o artista.

Em 1969, dando continuidade a esta fase experimental de sua carreira, lançou o disco A Misteriosa Luta do Reino do Parassempre contra o Império do Nunca Mais. Destaque para as músicas “De como meu herói Flash Gordon irá me levar” e versões em português de “Morning Girl” e “I Started a Joke” e “Regina e o mar”.

1969 | A MISTERIOSA LUTA DO REINO DE PARASSEMPRE CONTRA O IMPÉRIO DE NUNCA MAIS

01. De Como Meu Herói Flash Gordon Irá Levar-me de Volta a Alfa do Centauro, Meu Verdadeiro Lar
02. Dindi
03. Pare de Sonhar Com Estrelas Distantes
04. Onde Foi
05. My Chérie Amour
06. Atlântida
07. Por Quem Sonha Ana Maria
08. Mares de Areia
09. Regina e o Mar
10. Foi Bom
11. Rose Ann
12. Comecei Uma Brincadeira

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Finalizando esta “trilogia”, Ronnie Von lançou o disco A Máquina Voadora em 1970.

O título do disco faz clara referência à aviação, uma das outras paixões do cantor além da música, sendo que ele é também piloto de avião.

1970 | A MÁQUINA VOADORA

01. A Máquina Voadora
02. Baby de Tal
03. O Verão nos Chama
04. Seu Olhar no Meu
05. Imagem
06. Continentes e Civilizações
07. Viva o Chopp Escuro
08. Enseada
09. Tema de Alessandra
10. Águas de Sempre
11. Cidade
12. Você de Azul

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Com o lançamento destes discos Ronnie quase acabou com sua carreira, devido às baixas vendagens e pelo fato do público e crítica não terem entendido o espírito destes álbuns.

Em 1973 o cantor voltou a um som mais comercial com o disco Banda da Ilusão, se afastando de vez do som Tropicalista.

Hoje estes três discos são considerados verdadeiras relíquias, vendidos por preços exorbitantes em sites de venda. Com esta fase musical Ronnie Von mostrou que era um artista diferenciado e não apenas um rostinho bonito à mercê de sua gravadora.

Até hoje Ronnie nada contra a corrente, fazendo um programa de TV que dá preferência à cultura e ao serviço social, ao contrário de programas que dão espaço para a baixaria e conteúdo inútil.

Texto | O Rock Ainda Não Morreu

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Wilson Simonal


Simonal é o 11º álbum oficial (e 10º lançado no Brasil) do cantor e compositor brasileiro Wilson Simonal, lançado no final de 1970. Ao longo do ano de 1970, Simonal havia apenas gravado singles e EPs, e o famoso disco México ’70 só havia sido lançado naquele país, e era totalmente desconhecido do público brasileiro, que só soube de sua existência quando lançado em CD no país em 2010, exatamente quarenta anos depois de seu lançamento original em terras mexicanas.

Para ter um álbum para lançar ainda aquele ano, o cantor e sua banda (o conjunto “Som Três“, que contava com César Camargo Mariano como arranjador e pianista) entraram nos estúdios cariocas da Odeon em outubro e, em apenas três dias, gravaram o que seria o álbum Simonal, considerado por alguns como um dos melhores de sua carreira, devido a sua despretensão, entrosamento e coesão, afinal, havia sido praticamente gravado ao vivo em estúdio.

O álbum foi lançado em dezembro daquele ano, juntamente com o compacto contendo “A Tonga da Mironga do Kabuletê“, que seria a última música de Simonal arranjada por César Camargo Mariano e o último no qual o compositor era acompanhado pelo Som Três. O álbum contém muitas músicas com estilo próximo ao Soul e ao Funk americanos, estilo que Simonal vinha se aproximando desde 1969, com sua versão da música “Mustang Cor de Sangue”, dos irmãos Marcos Valle ePaulo Sérgio Valle.

Havia versões soul de “Na Baixa do Sapateiro” de Ary Barroso, “Não Tem Solução” de Dorival Caymmi e Carlos Guinle, “Deixa o Mundo e Sol Entrar” também dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle, e “Moro No Fim da Rua” de Luís Vagner.

O disco também contava com a música “Sem Essa” de Fred Falcão e Arnoldo Medeiros, que é considerada por seus autores como a música que inaugurou o gênero Funk no Brasil.

Texto Retiraddo de | Woodstock Sound

1970 | SIMONAL

01. Sem Essa
02. Destino e Desatino de Severino Nonô na Cidade de São Sebastião do Rio De Janeiro (Oh Yeah!)
03. Comigo É Assim
04. O Mundo Igualde Cada Um
05. Sistema Nervoso
06. Na Baixa do Sapateiro
07. Moro no Fim da Rua
08. Deixa o Mundo e o Sol Entrar
09. Aí Você Começa a Chorar
10. Não Tem Solução

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domingo, 19 de maio de 2019

Lô Borges

O famoso disco do tênis foi gravado logo em seguida ao lançamento de Clube da Esquina. Suas músicas foram compostas na correria, fato que ajudou a transformá-lo em uma obra única da música brasileira.

O vigoroso e distorcido blues rock “Você Fica Bem Melhor” abre o disco e até engana. O que segue, no entanto, é baseado em canções folk, com alguns delírios psicodélicos. “Canção Postal” parte de notas tristes ao violão e descamba em vocais influenciados por “Because” dos Beatles. A belíssima “O Caçador”, com seu lirismo e guitarras oitavadas, traz o parentesco com a doce melancolia de “Trem Azul”. Músicas completamente piradas como “Não Foi Nada”, “Pra Onde Vai Você” e “Aos Barões” se equilibram ao lado das pérolas sonhadoras “Pensa Você”, “Faça Seu Jogo” e “Não Se Apague Esta Noite”. Para completar, há ainda peças instrumentais (“Fio da Navalha”, “Calibre”, “Toda Essa Água”) e grandes momentos voz e violão (“Como o Machado” e “Eu Sou o Que Você É”).

É um disco que fala muito de sonhos, de estrada, da liberdade, da mesma forma que sempre traz à tona o sangue. Afinal, eram os anos mais tenebrosos da ditadura militar.

Texto: Revista Freakium

1972 | LÔ BORGES

01. Você fica melhor assim
02. Canção postal
03. O caçador
04. Homem da rua
05. Não foi nada
06. Pensa você
07. Fio da navalha
08. Pra onde vai você
09. Calibre
10. Faça seu jogo
11. Não se apague esta noite
12. Aos barões
13. Como o machado
14. Eu sou como você é
15. Toda essa água

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quinta-feira, 16 de maio de 2019

Kátya Teixeira


Cantora, compositora e instrumentista, vinda de uma família de músicos, Kátya Teixeira empreende sua viagem musical em perfeita sintonia com a energia telúrica. Fortemente influenciada pelo folclore e pela música latina, seu trabalho faz uma síntese ecológica. Nesta busca, ela consegue um admirável encontro com a riqueza musical oculta ou esquecida.

Seguindo a trilha de uma proposta musical definida, que é a de pesquisar e mesclar a cultura dos povos de todo o mundo como um reflexo de Brasil, ela apresenta um repertório variado, harmonizando voz, violão e rabeca, acompanhada de violões e bandolim e percussão, obtendo assim timbres e nuances, num espetáculo de grande beleza.

Neste trabalho de garimpagem e alquimia musical, nota-se elementos de uma lírica compreensão do homem e da terra. Vez ou outra, as músicas nos remetem a literatura de Guimarães Rosa, Euclides da Cunha, Graciliano Ramos... No show, temos a impressão de que se está de fato viajando, já que a sequência das músicas segue uma lógica de verdadeiro passeio pelos ritmos das diferentes regiões do país.

Esta curiosa jornada desperta a emoção não só pela beleza, mas também pela coragem de realizar um trabalho tão sério de resgate de raízes. Faz acreditar num país rico. Poucos se aventuram a enveredar tão profundamente na verdadeira MÚSICA BRASILEIRA - rica, complexa, surpreendente e digna.

Fonte | Site Oficial

1997 | KATXERÊ

01. Katxerê
02. Kararaô
03. Aluarados
04. Mãe Áurea
05. Brincando de Roda
06. A Lua Girou
07. Fonte Motriz
08. Dia de Festa
09. Nas Teias da Renda
10. Passarinheiro
11. Alagoando
12. Rebuliço
13. Anauê
14. Chapada dos Guimarães
15. Marianinha
16. Nove Luas

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2003 | LIRA DO POVO

01. Ayvu
02. Alegria Da Criação | Adeus Oh Serra Da Lapa
03. Canto de Fé | Eu sou da lira
04. Maracatu de Brejão dos Negros
05. Cantiga Beiradeira
06. Senhora Rainha | Sabiá piô/Vila Nova/ Guerrear
07. Rainha das Águas | Canoa Branca
09. Desejo
10. Você vai lá pro sertão | Língua Trovador
11. De Kekeke
12. Joaninha
13. Estrela D´Alva
14. Tava Durumindo | Candombe de Jequitibá
15. Tá Caindo Fulô | Balainho De Fulô/ Adeus, Adeus/ Quando a Festa Acabar
16. A Rosa Também Se Muda

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2011 | FEITO DE CORDA E CANTIGA

01. Vem Comigo
02. Coração Poeta
03. Açoite
04. Eu Brasileiro
05. Estrela de Ouro
06. Água D’Água
07. Bruxa do Livramento
08. Don’Ana
09. Modificar
10. Maria, Estrela e Geraes
11. No Umbigo da Viola
12. Receita Pra Pegar Saci
13. Vida Aventureira
14. Barca de Noé
15. Requengá
16. Mãe das Raças
17. O Convite

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2013 | 2 MARES
com Luiz Salgado

01. Asas do Mar
02. Nossa Senhora da Guia
03. Tema Incidental Duas Ventarolas
04. Meu São Gonçalinho
05. São Gonçalo do Brasil. O Santo Que Mudou de Vida
06. Tema Incidental: Eu Subi Lá No Alto do Tempo
07. Vinde Meninas
08. Alegria da Criação
09. As Sete Mulheres do Minho
10. Tia Luzia, Tio José
11. Mineira
12. pena de Colibri
13. Tema Incidental: Sete Mulheres
14. Deusa da Lua
15. Folia de Reis
16. Grândola, Vila Morena

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2016 | CANTARIAR
21 Anos

01. Dois Sertões
02. Os Grilos São Astros
03. Encantado
04. O Canto das Águas Serenas
05. Fotossíntese
06. Roxa Cor da Saudade
07. Canteiros do Coração
08. Flor de Algodão
09. Vento Viajeiro
10. Além de Olinda
11. Canto Lunar
12. A Lua Girou
13. Canto Cego
14. Dia Santo
15. Teus Olhos

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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Beto Guedes

Oriundo do Clube da Esquina, nesta página sua, Beto Guedes parece reinventar seu próprio clube, depois de tanto frequentar o clube dos irmãos mais velhos, Milton e Lô Borges. Com produção de Ronaldo Bastos e a participação de diversos músicos do antigo clube (Toninho Horta, Flávio Venturini, Vermelho), Beto Guedes acrescenta uma página elétrica ao som dos clubes mineiros de esquina, como num relâmpago. O disco, o som da banda e, principalmente, a voz de Beto Guedes, tem um pouco daquele ar de Minas Gerais, que, mesmo radicado em Belo Horizonte (Beto é de Montes Claros) faz tudo parecer meio de interior, de além das montanhas, de longe do mar. Seu timbre de voz é único, uma recriação tupiniquim de Bob Dylan ou Neil Young, mas com uma certa melancolia que lembra o mar distante, do outro lado da serra.

De certa forma, o clube da esquina e esta página elétrica seriam quase um... Novos Mineiros... Ao som de minas, agrega-se a guitarra fuzz de Beto sem que isso torne o relâmpago um disco de rock'n'roll, como disse, é uma página. E a página do relâmpago elétrico, faixa título que abre o lado A , é uma linda canção de amor na forma de raio, frases curtas e soltas que nunca caem no mesmo lugar, mas que são prenúncio de chuva forte.

Outra página da página é uma leve influência de rock progressivo em canções tanto quanto em faixas instrumentais (Chapéu de Sol) provavelmente devido a presença de Flávio eVenturini, que já tocava com o Terço e estava por formar o 14 bis. A presença de teclados é extensa, ora com Flávio, ora com Vermelho, oras com ambos. Mas a instrumentação não para aí: no mesmo formato do Clube, as seções de gravação incluíam muitos músicos e outro elemento importante é uma percussão variada que se agrega na receita do trovão. Trovão bem temperado, uma vez que com o excesso de sons, muitas vez a textura da massa se sobrepõe ao sabor, o que não é o caso aqui: esta é uma página de canções.

Texto: 1001 discos nacionais

1977 | A PÁGINA DO RELÂMPAGO ELÉTRICO

01. A Página Do Relâmpago Elétrico
02. Maria Solidária
03. Choveu
04. Chapéu de Sol
05. Tanto
06. Lumiar
07. Bandolim
08. Nascente
09. Salve Rainha
10. Belo Horizonte

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sexta-feira, 10 de maio de 2019

Quarteto Nova Era


Conjunto de Niterói, formado por Chico Aguiar na guitarra, Mauro Simões no baixo, e Bia e Renata Giglio nos vocais.

Com um visual diferente para a época, a banda tinha uma sonoridade que ficava num meio termo entre Os Mutantes e The Mammas & the Pappas. Gravaram um compacto duplo em 1968 com composições próprias chamao “Apolo” e um disco comemorativo da Convenção Internacional da RCA Victor, em 1970.

Com a composição “Apolo” (Rido Hora e Heitor Quintela), o Quarteto Nova Era, foi classificado em quarto lugar no Festival Fluminense da Canção Popular.

Texto retirado de | Woodstock Sound

1968 | COMPACTO DUPLO

01. Apolo
02. De Repente
03. O Tempo Não Espera
04. Viagem no Tempo





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terça-feira, 7 de maio de 2019

Caetano Veloso


“Um dia, Caetano chegou pra ficar”, assim dizia o título da reportagem assinada pelo crítico Sérgio Bittencourt, na edição do Globo de 25 de novembro de 1966. O texto anunciava a chegada ao Rio de Janeiro de um “compositor jovem, vindo da Bahia”, que acabara de conquistar o prêmio de melhor letra no II Festival da Música Popular Brasileira, da TV Record, com a música “Um dia”, interpretada pela cantora Maria Odete. Na ocasião, “o moço simples, de Santo Amaro da Purificação”, decretava, em tom profético:

— Começo a sentir os primeiros sintomas de uma nova virada. Ela está para acontecer, não tenham dúvidas. Eu quero estar na crista dessa virada, com todo o meu coração.

De fato, não demoraria muito para que Caetano Emanuel Viana Teles Veloso viesse a se tornar uma das referências da música popular brasileira. Versátil e universal, o baiano se converteu num dos mais influentes artistas de uma geração de ouro que despontou em fins dos anos 60, contando com os talentos de Chico Buarque, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Edu Lobo, Maria Bethânia, Gal Costa, entre outros. Expoente do tropicalismo, ajudou a fundar e difundir o movimento de vanguarda no meio musical, abalando as estruturas da MPB.

O menino Caetano nasceu, em 7 de agosto de 1942, na pequena Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. Era o quinto dos sete filhos do funcionário público José Teles Velloso, que apreciava música e poesia, e da festeira e musical Dona Canô. Da família, intensamente ligada às tradições folclóricas da região, como o samba de roda, Caetano herdou a vocação artística e musical.

Logo cedo, mostrou interesse em desenho, pintura, cinema e aprendeu a tocar violão. Enquanto acompanhava o trabalho de cantores de rádios e músicos da bossa nova, apaixonou-se pela canção “Chega de saudade” (1959), do disco homônimo de João Gilberto, que se tornou sua principal referência artística. Entre 1960 e 1962, estimulado pelo Cinema Novo, escreveu críticas de filmes para o “Diário de Notícias”, de Salvador. No ano seguinte, iniciou o curso superior em Filosofia, na Universidade Federal da Bahia, e realizou seu primeiro trabalho na música, compondo a trilha sonora para a peça “Boca de ouro”, de Nelson Rodrigues, dirigida por Álvaro Guimarães. Em 1964, participou de espetáculos quase amadores em Salvador, como o musical “Nós, por exemplo”, ao lado da irmã Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Zé e Gilberto Gil.

Seu primeiro trabalho profissional na música, com pegada bossa-novista, veio em 1965, com o compacto “Cavaleiro/Samba em paz”, lançado pela RCA, enquanto acompanhava Bethânia na turnê do espetáculo “Opinião”, no Rio de Janeiro, cidade que escolheria para viver. Foi Bethânia, aliás, que o lançara ao mercado como compositor, pouco antes, com a gravação em compacto de “É de manhã”. Ainda influenciado pela bossa nova, Caetano gravou seu primeiro LP, “Domingo”, em 1967, em parceria com Gal Costa, emplacando sua primeira canção de sucesso (“Coração vagabundo”), e obtendo reconhecimento da crítica.

Ainda em 1967, casou-se com Dedé Gadelha, em Salvador, e enlouqueceu o público do III Festival de Música Popular, da TV Record, ao apresentar “Alegria, alegria”. Na ocasião, a música cantada por Caetano, acompanhado de guitarras elétricas do grupo argentino “Beat Boys”, causou enorme frisson, terminando em quarto lugar na competição. Junto com “Domingo no Parque”, também executada ao som de guitarras por Gilberto Gil e Os Mutantes, e classificada em segundo lugar, a canção lançou a base do som tropicalista — influenciado pela Jovem Guarda e pelos Beatles —, dando início ao movimento de vanguarda que provocou efervescência na música popular brasileira.

No início de 1968, Caetano lançou seu primeiro LP solo (“Caetano Veloso”), que contou com sucessos como “Soy loco por tí, America” e “Superbacana”, além da própria “Alegria, alegria” e da canção-manifesto “Tropicália” (com o verso “eu organizo o movimento”). O principal marco do Tropicalismo, no entanto, foi o lançamento, no ano seguinte, do álbum “Tropicália” ou “Panis et circensis”, em que Caetano e Gil — ao lado de Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes, Tom Zé, Capinam, Torquato Neto e Rogério Duprat —, apresentavam uma inusitada mistura de estilos e sonoridades musicais, de raízes brasileiras e estrangeiras, firmando as bases do movimento. Ainda em 1968, em meio ao endurecimento do regime militar, Caetano apresentou no III Festival Internacional da Canção, da TV Globo, a canção “É proibido proibir”, sendo vaiado e desclassificado na final paulista após realizar histórico discurso de improviso contra o público e o júri: “vocês não estão entendendo nada!”, gritou, na ocasião.

O estilo vanguardista e contestador de Caetano atraiu a atenção do regime militar, até que, em dezembro de 1968, ele foi preso, em São Paulo, junto com Gilberto Gil sob a acusação de terem desrespeitado a bandeira e o hino brasileiros durante uma apresentação. A delação, segundo revelou o compositor anos mais tarde, teria sido feita pelo locutor de rádio Randal Juliano, que noticiou o fato sem checar sua veracidade. Os dois foram levados para o Rio, tiveram as cabeças raspadas, sendo submetidos a interrogatório, e permaneceram detidos num quartel do Exército. Após quase dois meses, Caetano e Gil foram inocentados e autorizados a voltar para Salvador, devendo cumprir, no entanto, prisão domiciliar. Em julho de 1969, os militares decidiram que a situação dos dois só se resolveria com o exílio, e os autorizaram a realizar um show de despedida para arrecadação de fundos, partindo em seguida para Londres, na Inglaterra. ( ... )

Texto | Fabio Ponso
Leia mais em | Acervo O Globo

:: ANOS 70 ::

1971 | CAETANO VELOSO

01. A Little More Blue
02. London, London
03. Maria Bethânia
04. If You Hold a Stone
05. Shoot Me Dead
06. In the Hot Sun of a Christmas Day
07. Asa Branca


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1972 | TRANSA

01. You Don't Know Me
02. Nine Out of Ten
03. Triste Bahia
04. It's a Long Way
05. Mora na Filosofia
06. Neolithinc Man
07. Nostalgia


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1972 | BARRA 69 AO VIVO NA BAHIA
Caetano Veloso e Giberto Gil


01. Caetano Veloso | Cinema Olympia
02. Gilberto Gil | Frevo Rasgado
03. Caetano Veloso | Superbacana
04. Gilberto Gil | Madalena (Entra em Beco, Sai em Beco)
05. Caetano Veloso | Atrás do Trio Elétrico
06. Gilberto Gil | Domingo no Parque
07. Caetano e Gil | Medley: Alegria, Alegria | Hino Do Esporte Clube Bahia | Aquele Abraço

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1973 | ARAÇÁ AZUL

01. Viola, Meu Bem
02. De Conversa/Cravo e Canela
03. Tu Me Acostumbraste
04. Gilberto Misterioso
05. De Palavra Em Palavra
06. De Cara/Eu Quero Essa Mulher
07. Sugar Cane Fields Forever
08. Júlia/Moreno
09. Épico
10. Araçá Azul

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1975 | JÓIA

01. Minha Mulher
02. Guá
03. Pelos Olhos
04. Asa, Asa
05. Lua, Lua, Lua, Lua
06. Canto do Povo de Um Lugar
07. Pipoca Moderna
08. Jóia
09. Help
10. Gravidade
11. Tudo Tudo Tudo
12. Na Asa do Vento
13. Escapulário

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1975 | QUALQUER COISA

01. Qualquer Coisa
02. Da Maior Importância
03. Samba e Amor
04. Madrugada e Amor
05. A Tua Presença Morena
06. Drume Negrinha
07. Jorge de Capadócia
08. Eleanor Rigby
09. For No One
10. Lady Madonna
11. La Flor de La Canela
12. Nicinha

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1977 | MUITOS CARNAVAIS

01. Muitos Carnavais
02. Chuva, Suor e Cerveja
03. A Filha de Chiquita Bacana
04. Deus e o Diabo
05. Piaba
06. Hora da Razão
07. Atrás do Trio Elétrico
08. Um Frevo Novo
09. Cara a Cara
10. La Barca
11. Qual é, Baiana?
12. Guarde Seu Conselho

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1977 | BICHO

01. Odara
02. Two Naira Fifty Kobo
03. Gente
04. Olha o Menino
05. Um Ídio
06. A Grande Borboleta
07. Tigresa
08. O Leãozinho
09. Alguém Cantando

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1978 | MUITO
Dentro da Estrela Azulada


01. Terra
02. Tempo de Estio
03. Muito Romântico
04. Quem Cochicha o Rabo Espicha
05. Eu Sei Que Vou Te Amar
06. Muito
07. Sampa
08. Love Love Love
09. Cá Já
10. São João, Xangô Menino
11. Eu Te Amo

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1979 | CINEMA TRANSCENDENTAL

01. Lua de São Jorge
02. Oração ao Tempo
03. Beleza Pura
04. Menino do Rio
05. Vampiro
06. Elegia
07. Trilhos Urbanos
08. Louco por Você
09. Cajuína
10. Aracaju
11. Badauê
12. Os Meninos Dançam

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sábado, 4 de maio de 2019

Diana Pequeno


Diana Pequeno, cantora e compositora brasileira, nasceu em Salvador/BA no dia 25 de janeiro de 1958.

Seu sobrenome realmente é Pequeno. Morou no bairro de Nazaré (cidade de Salvador), fez o curso primário na Escola Ana Neri e no ginásio,estudou no famoso Colégio de Aplicação da UFBa - um dos grandes referenciais em termos de educação nos anos 50 a 70, que ganhou até canção dos Novos Baianos. Desse, partiu para a Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde foi estudar Engenharia Elétrica.

Em fins dos anos 1970, quando ainda era estudante de Engenharia Elétrica, destacou-se como cantora nos palcos universitários. Passou nessa época a dedicar-se à música, buscando um repertório caracteristicamente brasileiro, misturado a baladas românticas, além das influências medievais, orientais e africanas. Musicou poetas como Mário Quintana e Cecília Meireles.

Em um determinado momento, um amigo de seu pai, Bila, que, ainda que não profissionalmente, lidava com música, perguntou se ele poderia indicar três boas cantoras para fazerem testes na RCA-Victor. A esta altura, Diana Pequeno já era conhecida nos meios universitários e midiáticos baianos; assim, seu pai resolveu indicá-la, meio que sem acreditar, junto com outras duas cantoras. Diana foi a única escolhida pela RCA-Victor - uma das gravadoras que mais projetou cantoras nos anos 70 - e, aos 19 anos, entrava em estúdio para gravar o seu primeiro disco.

Radicou-se em São Paulo em 1978, quando lançou-se como cantora. Seu primeiro disco, "Diana Pequeno", que contou com direção de criação de Osmar Zan, direção artística e de estúdio de Dércio Marques e com as participações especiais de Oswaldinho do Acordeon, Gereba, José Gomes, Sérgio Sá,Silvano Michelino, Chico Moreira, Grupo Bendegó, tornando-se um grande sucesso, muito bem recebido pela crítica.[1] Entre outras composições, gravou "Cuitelinho", tema folclórico, adaptado por Paulo Vanzolini, "Acalanto" de Elomar,com arranjo de José Gomes , "Los Caminos" de Pablo Milanés,"Assim Preto e Brasa Branca" de Jorge Alfredo e Antônio Risério, "Mestre Marajó" folclore do norte do Brasil, "Disfarce" de Sérgio Sá, "Cancão de Fogo" de Candido de Jesus Silva, e uma versão de sua autoria para a clássica balada "Blowin'in the Wind", do cantor e compositor norte-americano Bob Dylan. (continua...)

1978 | DIANA PEQUENO

01. Canção De Fogo
02. Mestre Marajó / Canto De Pajelança
03. Assim Preto E Brasa Branca
04. Milonga De Andar Lejos
05. Cuitelinho
06. Águas Do Sertão (Fio D'água)
07. Relvas
08. Blowin' In The Wind
09. Los Caminos
10. Laços
11. Anjo De São Raquel
12. Acalanto
13. Disfarce

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quarta-feira, 1 de maio de 2019

Black Zé

Vez por outra meus ouvidos são presenteados com raridades musicais daquelas de arrepiar até os pelinhos do nariz e melhor ainda é quando estas raridades são nacionais. Se você nunca ouviu falar do Black Zé, prepare seus ouvidos e a sua mente para uma viagem louca!

O Black Zé é daquelas bandas que ao ouvir você se pergunta o porquê de não mais existir, pois é uma tremenda atrocidade que um conjunto de músicos de qualidade tão gritante não tenha feito mais nada juntos, a não ser um único, clássico e raro álbum, que atende pelo nome de Só Para os Loucos... Só Para os Raros e do qual falarei a seguir.

O grupo foi formado em 1973 pelos músicos Luiz Roberto Peçanha (já falecido) nos vocais; o produtor e líder da banda, Richard Brokaw na guitarra e flauta; o compositor Márcio Aguinaga também nas guitas; Thomas Brokaw (irmão de Richard) no baixo; Conde Borromeu na batera e Guilherme Valle (vulgo Bill Valey), que ficou à frente das guitarras na segunda formação da banda.

O som dos caras mesclava o rock com elementos do tropicalismo e uma pitada de blues; tudo muito bem excecutado. Após a morte do vocalista Luiz Peçanha, em 1999, os caras até tentaram voltar à ativa, mas não obtiveram duas coisas essenciais para que uma banda seja reconhecida em seu país: espaço e apoio e infelizmente pararam por aí.

Mas vamos ao que realmente interessa, o clássico – e visionário, diga-se de passagem - disco de 1975, que traz 11 faixas de um rico instrumental e letras absolutamente criativas. Aí você me pergunta, visionário por quê? E eu te respondo: qualquer um que ouvir este disco vai jurar que se trata de um trabalho dos anos 80,auge do rock brazuca, tamanho clima oitentista que o álbum traz, tanto nos vocais como no instrumental, impressão que se concretiza nas faixas Só Para os Loucos (que ganhou regravação da lenda Ventania em 2000), O Dia Virá e o delicioso blues Cilada, com riffs encantadores.

Deste belíssimo trabalho ainda destaco as faixas Onde É, que mais uma vez mostra o engenhoso trabalho nas guitas; Lanterna (um som bastante psicodélico, viagem total junto à letra!) e a instrumental Dueto Rio-Bahia, que traz um trabalho muito bem elaborado de cozinha e guitarras, misturado a um certo swuing brasileiro.
É um disco precioso, daqueles que você deve degustar faixa a faixa e uma verdadeira raridade nacional!

Texto | Rose Gomes

1975 | SÓ PARA OS LOUCOS... SÓ PARA OS RAROS

01. Só para os Loucos
02. Cilada
03. Voo do Urubu
04. Onde é?
05. O Dia Virá
06. Sai dessa
07. Motel 3/Suite Presidencial
08. As viagens do Rei do Facão
09. Lanterna
10. Dueto Rio Bahia
11. Fogueira

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