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domingo, 17 de março de 2019

Serguei

Filho único de um executivo da IBM, Domingos Bustamante, e da dona de casa Maria. Na infância, teve um amigo russo que lhe chamava de "Sergei" ("Sérgio" em russo), porque tinha dificuldade em pronunciar seu nome corretamente, por isso o apelido ficou. Aos 12 anos, foi morar com Lia Anderson, sua avó materna, em Long Island, Nova Iorque, onde participou de festivais estudantis.

De volta ao Brasil, em 1955, trabalhou no Banco Boavista (onde foi demitido), e depois como comissário de bordo na Loyd Aéreo, Cruzeiro do Sul, Panair e Varig, sendo também demitido após uma bebedeira em Madrid. Voltou aos Estados Unidos onde começou sua carreira musical.

Em 1969, esteve no famoso Festival de Woodstock , e no final deste mesmo ano, o cantor afirma ter conhecido a cantora americana Janis Joplin, em Long Island, um dos motivos pelo qual ficou conhecido.

Em 1972, de volta ao Brasil, foi morar na cidade de Saquarema, no Estado do Rio de Janeiro, onde vive até hoje. O cantor entra em contradição em suas entrevistas, não há como confirmar, uma vez que Joplin faleceu em 1970.

Serguei fez shows em duas edições do Rock in Rio: Rock In Rio II (1991) e Rock In Rio III (2001); fez também aparições como espectador no Rock in Rio IV e Rock in Rio V. Nos últimos anos, o cantor tem participado de diversos programas na televisão. Em 2011, participou de alguns quadros do programa Show do Tom, da Rede Record; e em 2012, foi entrevistado por Danilo Gentili no programa Agora é Tarde. Serguei é um dos artistas que mais teve convites e aparições no Programa do Jô, apresentado por Jô Soares, de quem é grande amigo.

Em 2011, o Multishow produziu o programa "Serguei Rock Show", que contou com 10 episódios, e a participação de roqueiros como Rogério Skylab e Zéu Brito.

Considerado o roqueiro mais antigo do Brasil, Serguei faz shows até hoje ao lado de sua atual banda, a Pandemonium, que o acompanha desde 2008. É considerado cantor oficial do grupo Hells Angels (motoclube internacional).

Em abril de 2013, sentindo fortes dores pelo corpo, Serguei foi internado no hospital Nossa Senhora Nazareth, no Rio de Janeiro. Voltou para casa após alguns dias, mas duas semanas depois retornou, passando mais dois dias internado. Ao ser liberado novamente, declarou estar tomando remédios e querer voltar a fazer shows, pois já se sentia bem.

Texto | Wikipédia

1966-1975 | COMPACTOS

01. As Alucinações de Sergei
02. Eu Não Volto Mais
03. Eu Sou Psicodélico
04. Maria Antonieta Sem Bolinhos
05. Alfa Centauro
06. Aventura
07. Ouriço
08. O Burro Cor-de-Rosa
08. Pegue Zé (Rock Rural)
10. De Sol a Sol

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quinta-feira, 14 de março de 2019

Analfabitles


Os Analfabitles contabilizavam três anos de existência em 1968. No início eram um quarteto e atendiam pelo nome de The New Kings. Uma fase curta, movida por uma aparelhagem incipiente e muita disposição. Logo, o pretensioso nome foi abolido, substituído pelo trocadilho com o qual a banda viria a se tornar uma legenda no Rio de Janeiro.

Mimetizando os grupos ingleses e norte-americanos, dos quais sugavam o repertório, os Analfabitles seguiam rota divergente do estilo predominantemente brega da jovem guarda. De fato, compartilhavam com outras bandas beat e de garagem, como The Outcasts, The Bubbles, The Trolls, The Divers e The Crows, entre outras, um nicho distinto e exclusivo, porém sem muita atenção das TVs e dos jornais e revistas, como recebiam os artistas daquela vertente.

No entanto, em 1968, já como um sexteto, a banda atravessava um momento efervescente. Seus bailes sempre concorridos mantinham o grupo em permanente circulação pelos clubes da Zona Sul, com esticadas a Tijuca, ao Grajaú e a Niterói, do outro lado da baía. Mas foi no Caiçaras, um clube de elite às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas - na verdade, situado numa ilha - que a coisa começou a esquentar. Ali, suas domingueiras foram se tornando tão disputadas durante o segundo semestre do ano que os bailes tiveram que ser transferidos do salão para o ginásio do clube. Com a fama se espalhando rapidamente entre os jovens antenados da cidade, não foi preciso muito tempo para Danilo, Léo, Maran, Luiz Carlos, Fernando e Daniel desfrutarem da reputação de pertencerem da melhor banda da região, ao lado de The Bubbles.

Pois foi em meio a esse panorama que os Analfabitles tiveram a chance de gravar um compacto simples para a RCA Victor. Chance essa proporcionada pelo gaitista e violonista Rildo Hora que, naquele momento, iniciava-se como produtor musical da gravadora. Reunidos no estúdio da CBS, no Rio, o grupo registrou os dois temas para o compacto numa curta sessão de gravação. Ao final de uma tarde de trabalho, depois de gravadas as bases, seguidas dos vocais em overdub, Rildo Hora dava por encerrada a sessão.

A escolha dos Analfabitles recaiu sobre dois números absolutamente obscuros, conhecidos apenas pelos freqüentadores mais assíduos dos bailes da banda. Foram eles "Sunnyside Up" e "She's My Girl". O primeiro, de uma banda de garagem de Boston (EUA) de pouca expressão fora de sua região de origem, chamada Teddy and The Pandas. A segunda, dos Coastliners, outro grupo norte-americano cujo legado discográfico limita-se a alguns compactos.

De certa forma, uma escolha surpreendente, pois contrariava a tendência da maioria dos artistas (e de bandas de sua época) de copiar os sucessos mais óbvios ou refazer temas de artistas já consagrados internacionalmente, quando da gravação de covers. Com inteligência, os Analfabitles evitaram comparações com as gravações originais que, no caso, ninguém conhecia, e tornaram "seus" os temas gravados. Portanto, se sucesso fizessem, seriam conhecidos como uma assinatura exclusiva da banda e de ninguém mais.

"Sunnyside Up" é um número em mid-tempo, com destaque para o caprichado vocal do grupo, em arranjo diferente, melhor e de efeito superior ao registrado por Teddy and The Pandas. Outro carimbo da banda presente na gravação é o atrevido solo de Maran ao órgão Hammond. Já "She's My Girl", escolhida para ocupar o lado 2 do compacto, é uma balada delicada, cantada em falsete por Fernando tal qual a gravação original dos Coastliners, lançada nos Estados Unidos em 1966 através do selo Back Beat.

O disco, cujo lançamento foi celebrado com uma festa no Teatro Casa Grande em 13 de outubro de 1968, chegou às rádios através do legendário DJ Big Boy, que incluiu os dois números na programação da Rádio Mundial. Mas foi "She's My Girl" que caiu no agrado dos ouvintes. O sucesso foi tanto que a música acabou invadindo o dial de outras estações cariocas, garantindo a RCA uma vendagem de dez mil cópias do compacto. Um enorme alento para um grupo sem presença alguma na televisão e cuja fama ainda atingiria o ápice no ano seguinte.

Enquanto os Analfabitles seguiriam construindo a sua história, a do compacto já estava sedimentada. Duas grandes pequenas músicas, executadas com brilho e bom gosto, só poderiam resultar num dos melhores discos de beat music gravados no Brasil.

Texto retirado do blog | Brazilian Nuggets

1968-1969 | SINGLES

1968 | Compacto Simples

01. Sunnyside Up
02. She's My Girl

1969 | Compacto Duplo

01. Magic Carpet Ride
02. The Sun Keeps Shining
03. Shake
04. It's Been Too Long

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segunda-feira, 11 de março de 2019

Os Megatons


O conjunto era formado por Joe Primo (ex-Jet Blacks) em São Paulo, na década de 60. Era composto por cinco integrantes, sendo: Renato (guitarra), Joe Primo (guitarra/vocal), Luiz Moreschi (guitarra 12 cordas/vocal), Arnaldo Bozzo (contrabaixo) e Edgard (bateria).

No início era totalmente instrumental e posteriormente, com a entrada de Bitão (Wagner Benatti) e Sodinha (Antonio Carlos Cortez) passaram a gravar músicas com vocal, mudando radicalmente o estilo.

Durante o movimento Jovem Guarda acompanharam o cantor Bobby di Carlo nas gravações do seu primeiro disco Long Play, que continha a música Tijolinho, inclusive de autoria de Bitão.

Com Antonio Marcos gravaram a canção Um amor melhor que o seu, composição de Roberto Carlos. Já com Marcos Roberto participaram da música Vá embora daqui, composição de Marcos Roberto e Dory Edson.

Em minha opinião, o melhor álbum dos Megatons foi o primeiro disco, da sua fase instrumental. Destaco várias músicas, entre elas: Vôo do Besouro, Lawman; Aloha-oe (com guitarras havaianas), Adios e Balada de um Home Sem Rumo.

Apesar das limitações do material obtidos de Lp e compactos antigos e nem sempre em bom estado, vale a pena conhecer ou ouvi-los novamente, pois é um material raro. A base dessa compilação é o do álbum de 1964, lançado pelo selo Philips e de compactos editados pelas gravadoras Odeon e Mocambo, nos anos de 1966 e 1967.

Texto retirado do blog | La Playa Music

1964-1967 | ANTOLOGIA

01. Vôo do Besouro
02. Infinito
03. Lawman
04. Aloha-Oe
05. Adios
06. Torture
07. Balada do Homem Sem Rumo
08. Misirlou
09. La Leyenda del Beso
10. Gunslinger
11. Temptation
12. Scheherazade
13. Tarzan, O Rei da Selva
14. Viajando
15. Meu Machucadinho
16. Nelma
17. Cuidade
18. Só Penso Em Meu Bem

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sexta-feira, 8 de março de 2019

Luiz Eça & Sagrada Familia


Luiz Eça, acompanhado por um gigantesco grupo de músicos brasileiros. Este LP foi gravado em 1970.

Grupo liderado pelo pianista Luizinho Eça e integrado por Nelson Angelo (violão e guitarra), Mauricio Maestro (baixo), Naná Vasconcelos (percussão), Gegê, Ion Muniz (sax), Cláudio Roditi (trompete), Zeca do Trombone, Bill Vogel e pelas cantoras Joyce, Rose, Carminha e Angela.
Em 1970, realizou temporada de dois meses no México, onde gravou o LP “Luiz Eça e La Familia Sagrada”. De volta ao Brasil, o grupo se dissolveu.

Claramente influenciado pela cena tropicalista no Brasil, é um álbum que é muito grande parte do seu tempo, um documento de excesso musical era hippie-que detém-se bem ao lado de outros álbuns clássicos que são mais conhecidos.

Disco Sensacional, grooves tortos quase progressivos se fundem a melodias pops, misturando a tradição brasileira do samba e bossa nova com a novidade do rock psicodélico e da soul music.

O disco foi gravado em 1970 mas só saiu em 1978 pelo selo mexicano RVV.

Texto retirado do blog | Woodstock Sound

1978 | NOVA ONDA DO BRASIL (1970)

01. O Homem da Sucursal - Barravento
02. Pais Tropical
03. Juliana
04. Atrás das Portas da Tarde
05. Vamos Nos
06. Sequestro
07. Se Você Pensa
08. Sa Marina
09. Yemele
10. Please, Garçom

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terça-feira, 5 de março de 2019

Gay (Jay) Vaquer

Excelente disco de jazz com toques de rock,blues, psicodelia e música brasileira gravado pelo guitarrista americano Gay Vaquer (depois Jay Vaquer) que tocava com o mestre Raul Seixas em vários shows e gravações.

O disco conta com a sua mulher (na época) Jane Vaquer (depois Jane Duboc) no vocal, que depois foi vocalista do primeiro disco do grupo de rock progressivo Bacamarte e uma carreira solo mais puxada pra MPB de muito sucesso.

Conta também com a nata do samba jazz da época como Paulo Moura e Luis Eça, mas o som é mais puxado pro jazz tradicional americano e pro Jazz Fusion com exceção da penúltima faixa (Fantastic Realism) que tem esse toque mais brasileiro.

Texto retirado do blog | Woodstock Sound

1973 | THE MOURNING OF THE MUSICIANS

01. 5-20
02. Peoples Blues
03. A Cybernetic Tragedy
04. Dimensions
05. Awakening in Absolute
06. Fantastic Realism
07. Da Capo Al Fine

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1971 | FEIN - EP

01. Pollution
02. Stonedage







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domingo, 3 de março de 2019

Persona


Psicodélico e experimental, Som é um disco raro, caro e cheio de mistério, lançado em 1975 pela Brinquedos Growem long-play mono de 10″.

Veio às prateleiras como um disco/jogo: Persona/Som. O kit era composto de um espelho especial que funde as imagens de duas pessoas colocadas em frente a ele, onde cada pessoa serve de máscara à outra, criando uma nova persona. O jogo foi criado durante a XII Bienal de Arte de São Paulo pelo artista plástico Roberto Campadello. A trilha sonora foi desenvolvida pelos futuros integrantes do Tutti-Frutti (também banda de apoio de Rita Lee). O nome das músicas são todos relacionados a fenômenos da vida e da natureza.

Texto | Marco Nalesso

1975 | SOM

01. Introdução - Monte
02. Céu
03. Terra
04. Fogo
05. Água
06. Vento
07. Lago
08. Trovão

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sexta-feira, 1 de março de 2019

Lírio de Vidro


Formada no final de 1977 pelo guitarrista Kim Kehl e o baterista Ricardo "Índio" cardoso, a banda Lírio de Vidro colecionou muitas façanhas em uma curta trajetória de apenas dois anos.

Com um som pesado, influenciado pelo Blues, o Rock progressivo e até pelo Fusion, a banda teve duas formações, gravitando em torno da guitarra estridente e agressiva de Kim Kehl e a bateria super pesada de Índio, em rocks, baladas e peças instrumentais.

Em poucos meses de ensaio, a banda já havia realizado várias apresentações individuais e como grupo de abertura da banda Patrulha do Espaço, incluindo shows históricos no teatro Pixinguinha em 1978 em São Paulo e vários shows ao ar livre e em teatros na região do ABC Paulista, e passam a fazer parte da miríade de grupos que excursionaram com o show "Festival, Rock & Jeans", produzido por Oswaldo Vecchione do Made in Brazil e Luiz Carlini do Tutti Frutti, em que viajaram por vários estados do Brasil em 1979.

Seu repertório, totalmente próprio, provou ser durável e muitas canções sobreviveram até hoje no repertório do guitarrista Kim Kehl, como a música "Vampiro" gravada pelo grupo Nasi & Os Irmãos do Blues e o rock pesado "Mar Metálico", gravada pela Patrulha do Espaço em seu segundo LP. Ao fim de 1979, a banda dispersou-se o núcleo formado pela dupla Kim e Índio passou a integrar o Made in Brazil, gravando o LP "Minha Vida é Rock'n Roll" em 1980.

Kim Kehl ainda prosseguiu alguns anos excursionando e gravando em vários discos do Made, lançando também projetos independentes como o Mixto Quente, pela Baratos Afins em 1982, uma espécie de releitura do Lírio de Vidro.

Desde então, em uma carreira que já chega a 20 anos, Kim Kehl gravou uma dezena de discos independentes e se destaca como acompanhante de vários artistas consagrados, além de tocar ainda seu projeto de rock com o grupo Os Kurandeiros.

O que ouvimos neste CD, foi gravado durante os anos de 1978 e 1979, pelas duas formações do Lírio de Vidro, em um velho gravador de rolo Phillips dos anos 60, e é o único documento sonoro existente da banda, que pode ser considerada uma expressão típica do underground de São Paulo nos anos 70." Texto: Raito Raine (Encarte do CD)

Texto | Raito Raine

2004 | LÍRIO DE VIDRO 1978-1979

01. Rock'N'Roll Lili
02. Vampiro
03. Tudo Isso e Muito Mais
04. Mar Metálico
05. Lírio de vidro
06. Povo
07. Rainha do Som
08. Longe Demais
09. Vem Comigo
10. Osso Duro
11. Rock Sem Cabeça
12. Cigana
13. Tira a Mão
14. Blues
15. Abertura
16. O Pirata
17. Até o Fim
18. Mecanus
19. Caindo Fora

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Banda Black Rio


Formado em 1976, a Banda Black Rio era um ato necessário para complementar a interessante releitura brasileira do soul e do funk, que começou com Tim Maia alguns anos antes. Oberdan Magalhães (sax) e Barrosinho (trompete) já integravam o grupo Abolição, que tocava acompanhando o pianista Dom Salvador, até que ele (Salvador) resolveu partir para os Estados Unidos.

Percebendo a potência instrumental do grupo, Oberdan e Barrosinho criaram experimentações da música americana com a brasilidade do samba e da gafieira, até que criaram a BBR e gravaram, no ano seguinte, seu primeiro álbum, Maria Fumaça.

Boa parte do sucesso desse debut, naquele momento, pode ser atribuído à faixa de mesmo nome, que serviu como tema de abertura da novela Locomotivas, escrita por Cassiano Gabus Mendes (e considerada a primeira novela em cores).

Os temas instrumentais chamam a dança, seja no groove contido de “Caminho da Roça” ou na balada melódica que evoca o clima da bossa nova em “Junia” – com um gingado que lembra as ondas do mar e que poderia ambientar os clássicos mais melosos de um Tim Maia sentimental.

Assim como uma locomotiva fantasiosa e, ao mesmo tempo, urgente, a Banda Black Rio entregou em seu primeiro disco clássicos impossíveis de serem copiados com o mesmo balanço de outrora. Os reis da black music instrumental dão força ao título do disco na canção “Metalúrgica”, mostrando que o Rio de Janeiro, com suas praias, forte presença cultural e mulheres bonitas, também é uma cidade que depende do ritmo industrial para se desenvolver.

Mas a contribuição maior de Maria Fumaça é dar novas possibilidades à música instrumental, que se tornaram universais. Ritmos negros repletos de groove, como funk, jazz de big bands, samba, gafieira, soul e baião se mesclam com a intensa naturalidade de se tornarem algo único e, por si só, representativo na música como um todo. A Banda Black Rio criou uma forma de composição que deu outro panorama à black music.

Por isso, não haveria decisão mais acertada do que William Magalhães reavivar o grupo por volta de 1999 e colocar o groove para rodar novamente. Ainda que o único membro original da BBR seja Lúcio Trombone, William vem provando que é possível moldar o grupo com o tempo. Quem sabe o futuro não lhe reserve a experiência e o requinte musical de seu pai, Oberdan, que faleceu em 1984, encerrando os anos de glória do grupo?

Texto | Tiago Ferreira

1977 | MARIA FUMAÇA

01. Maria Fumaça
02. Na Baixa do Sapateiro
03. Mr. Funky Samba
04. Caminho da roça
05. Metalúrgica
06. Baião
07. Casa forte
08. Leblon via Vaz Lôbo
09. Urubu malandro
10. Junia

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Cry Babies


Esse Post é coisa séria.

Cry Babies não é só um LP Raríssimo. É um LP sensacional.

Começando pelo pelos músicos: Oberdan (Sax), Luis Carlos (Bateria), Paulinho (Piston), Serginho (Trombone), Osvaldo (Contrabaixo), Carioca (Tumbadora), Ovídio (Guitarra), Moacir (Piano) e Rosana e Aldo (Cantores), e de quebra a Participação de Sergio Carvalho (Órgão).

Para se ter uma idéia da Grandiosidade desses músicos, Oberdan e Luis Carlos integraram Bandas Históricas como Dom Salvador & Abolição e Banda Black Rio. Oberdan também participou, ao lado do sensacional Raul de Souza e do lendário baterista Robertinho Silva, do grupo Impacto 8.

Serginho Trombone dispensa apresentação. Trombonista e Arranjador com longa folha de serviços prestados à MPB. Também participou de bandas históricas como Dom Salvador & Abolição.

Temos ainda a Rosana Fiego, ou simplesmente Rosana, que décadas depois seria consagrada com a Música O Amor e o Poder.

O repertório é magnifico.

Com passagens por Kool And The Gang e Burt Bacharach. Muito Soul & Groove. Destaco a versão destruídora de Good Golly Miss Molly (Robert Blackwell / John Marascalco), antes conhecida nas execuções de Little Richard e Creedence Clearwater Revival.

Texto retirado do blog | Woodstock Sound

1969 | CRY BABIES

01. It’s My Thing
02. Kool & The Gang
03. Daydream
04. Hey, Blood
05. Questions 67/68
06. Blas Blas Blas Soul
07. More Today Than Yesterday
08. Caminhos Diabólicos
09. I’ll Never Fall In Love Again
10. Midnight
11. Good Golly Miss Molly

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sábado, 23 de fevereiro de 2019

Carlos Dafé

“Os ensaios, rangos e bauretes na Seroma não paravam de receber convidados. Muitos músicos nem faziam parte da banda, apareciam só pelo prazer de tocar e aprender com bons músicos. Um dos mais freqüentes era um pretinho magrinho de Vigário Geral, todo bonitinho, que tocava piano, baixo e órgão, além de compor e cantar muito bem. Com 20 anos, Carlos Dafé tinha sido fuzileiro naval, isto é, da banda dos Fuzileiros Navais, e depois de dar baixa formou o conjunto Fuzi-9, que o levou aos Estados Unidos e ao Caribe tocando em um navio. Na volta, gravou um compacto na Philips, na onda do soul. O disco não chegou a acontecer, mas, levado pelo divulgador Paulo Murilo, chegou às mãos e aos ouvidos de seu ídolo Tim Maia, que gostou muito do seu som e mandou chamá-lo.

A primeira visão que Dafé teve de Tim foi assustadora. Ele estava hospedado em um hotel no Lido, ponto de putas em Copacabana, e o recebeu completamente nu, felizmente debaixo de um cobertor com Janete. Ofereceu um uísque e disse que ficasse à vontade, estava contratado. No dia seguinte, Dafé já estava torrando bauretes e tocando entre as feras da Seroma — as musicais e as caninas.”

A apresentação acima faz parte do livro Vale Tudo – O som e a fúria de Tim Maia, escrito pelo jornalista e produtor bem relacionado, Nelson Motta, e narra o início da carreira do soul man Carlos Dafé, até seu encontro decisivo com Tim. Se não bastasse ter o Síndico como padrinho, vale lembrar que Dafé, apelidado pelo autor do livro como Príncipe do Soul, teve uma breve passagem também pela banda Abolição, liderada por Dom Salvador, antes dos fatos acima citados. É fraco o rapaz?

O disco Pra que vou recordar, de 1977, foi a estreia de Carlos Dafé em um cenário esquentado pelo movimento Black Rio, e chegou a vender quase 250 mil cópias na época. Suas principais canções estão nesse registro, e podemos encontrar referências de algumas delas em músicas de Seu Jorge, Sabotage e Rappin Hood. Assim como Hyldon, Cassiano, Gerson King Combo, e tantos outros, Carlos Dafé não teve nas décadas seguintes o devido reconhecimento por seu talento, seguindo a sina do soul man brasileiro. Constantemente é visto dando uma palinha nos shows do Instituto, além de ter participado de algumas apresentações internacionais ao lado do carioca Arthur Verocai. Entenda o porquê.

Texto | Vitor Ranieri

1977 | PRÁ QUE VOU RECORDAR

01. De Alegria Raiou o Dia
02. Tudo era Lindo
03. A Cruz
04. Hello Mr. Wonder
05. Bem Querer
06. Pra que Vou Recordar oque Chorei
07. Zé Marmita
08. Bichos e Crianças
09. O Metro

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Fagner


Disco excelente na parte de arranjos e também na parte poética, confesso que eu tinha preconceito com o Raimundo Fagner mas esse disco me fez repeitar e gostar dessa fase setentista do cara.

Os arranjos orquestrados do gênio Hermeto Pascoal junto a um excelente time de músicos faz o disco ser muito rico em sons que vão do jazz, erudito, passando pela psicodelia nordestina da época e ritmos nordestinos diversos.

O time é formado por feras como o lendário Robertinho do Recife (guitarra), Paulo Braga (bateria), Itibere (baixo), nos sopros temos: Mauro Senize (flauta), Márcio Montarroyos (trumpete), Nivaldo Ornellas (sax) e JT Meirelles (também na flauta), fora Dominguinhos e Chico Batera ajudando na percussão.

Altamente recomendado aos amantes dos bons sons.

Texto retirado do blog | Woodstock Sound

1977 | ORÓS

01. Cinza
02. Flor da Paisagem
03. Esquecimento
04. Romanza
05. Epigrama nº 9
06. Cebola Cortada
07. Orós
08. Fofoca

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O Bando


No frenesi da Jovem Guarda, em 1965, Os Malucos - Diógenes Burani, (bateria), Paul de Castro, (guitarras e voz), Américo Issa, (guitarras e voz), Emilio Carrera, (órgão e piano), Rodolpho Grani,(baixo e voz) e Marisa Fossa, (voz principal) – apresentavam-se semanalmente nos lugares da moda, como o restaurante O Beco e a boate Urso Branco. Essa última casa recebia um evento patrocinado pela Coca Cola. Por intermédio do empresário Teo de Barros, (não confundir com o compositor), Os Malucos conseguiram lugar no evento ao lado de “Ronaldo Lark e os Versáteis”. O êxito na Urso Branco proporcionou uma excursão através da América do Sul e dois meses na Venezuela. Em Caracas, os garotos gravaram dezesseis programas de TV na principal emissora local, um deles acompanhando a atriz-cantora Sarita Montiel. “Chegando lá ficamos encantados com a salsa e outros ritmos locais. Ali pintou a idéia de colocar outro percussionista no grupo”, conta o baterista Diógenes.

Novamente em São Paulo, passaram a se chamar O Bando. O baterista Dudu Portes, amigo de Emilio, logo abandonou o programa televisivo O Fino da Bossa, apresentado por Jair Rodrigues e Elis Regina, para integrar a primeira banda brasileira com dois bateristas. O pioneirismo desses jovens músicos não parava aí: faziam um som bem arrojado dentro dos padrões psicodélicos, e, assim como os Beat Boys e Os Mutantes, eram sempre convocados a tomar parte no tropicalismo. Sob a égide e proteção de Solano Ribeiro, grande mentor da banda, conseguiram um contrato com Phillips do Brasil. André Midani apaixonou-se pelo som deles e, em busca de servir o mercado aberto pelos Mutantes, adicionou O Bando no cast da gravadora, colocando à inteira disposição deles os maestros Júlio Medaglia, Damiano Cozzela e Rogério Duprat. com a contemporaneidade do rock uniu a academia à tradição da garagem: “Não tinha pra ninguém... nós e Os Mutantes éramos os tais!”.

Em 1969, bem à vontade, entraram no estúdio Scatena para registrar o primeiro disco do grupo. Trabalhar com os maestros possibilitou o acúmulo de grande conhecimento na área de arranjos e orquestração. Para Diógenes, os maestros assumiam o papel de intérpretes: “A gente bolava os arranjos e eles traduziam nossa linguagem de cabeludos doidos ao pessoal da gravadora”. Em oito canais gravaram um disco com apoio o esmerado dos regentes. Elaboradas partes de cordas e metais pintam em vivas cores, sob o signo tropicalista, músicas do cancioneiro popular como “Disparada” e “Quem Sabe”, composições do grupo, de Caetano Veloso e a primeira e definitiva versão de “Que Maravilha”, música de Jorge Ben, com a qual O Bando concorreu no Festival da TV Tupi, conquistando o primeiro lugar.

Rio Grande

Muitas foram as incursões do Bando pelo sul do Brasil. Levados pelo Centro Acadêmico de Arquitetura da UFRGS, granjearam muitos fãns em Festivais nos Pampas. Nesse período conheceram os compositores Hermes Aquino e Laíz Marques. No Festival Universitário da Musica Popular Brasileira, em 1969, onde apresentaram-se Zé Rodrix, Danilo Caymmi e O Som Imaginário, O Bando defendeu “Pela Rua da Praia”, da dupla gaúcha Hermes e Laíz, e receberam um indesejado segundo lugar: “Só não vencemos porque éramos paulistas”. Com a agenda lotada, o Bando passou boa parte do ano de 69 viajando. No verão, arrendavam a boate Barbarela em Ubatuba, fazendo boa temporada e descansando. A “rotina era praia, ensaioe show”, lembrança de Diógenes.

Além da vida de rocker californiano, o grupo fez aparições nos programas televisivos de Wilson Simonal e no Jovem Guarda, de Roberto Carlos. O grande mérito pós-disco veio com a participação na peça teatral O Plug, espetáculo multimídia, com representações de tipo teatral, filme underground, audiofotonovela com participação de Décio Pignatari, Duprat e Grupo OEL. Entre colunas romanas, versos e os mais absurdos happenings, o Bando mostrava todo o seu balanço. A pesada sessão rítmica retumbava tal qual uma barulhenta sinfonia de Beethoven ou Berlioz. Com suas câmeras desbundadas, Rogério Sganzerla registra tudo. Era o ano de 1972, já próximo do crepúsculo da banda.

O fim do Bando foi uma conseqüência natural dos rumos musicais que cada integrante seguiu. A experiência com os maestros tropicalistas, produtores e empresários em uma época de franca expansão da indústria do disco no Brasil, proporcionou aos integrantes d’O Bando excelentes contatos profissionais, que acabou por direcioná-los para diversos caminhos

Texto retirado do blog | Brazilian Nuggets

1969 | O BANDO

01. ...E assim falava Mefistófeles
02. Fossa Boboca
03. Que Maravilha
04. Disparada
05. Vou Buscar você
06. Sala de Espera
07. Alegria - Alegria
08. Quem Sabe
09. Pela Rua da Praia
10. Esmagando Sua Sorte
11. Longe do Tempo

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