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sábado, 8 de dezembro de 2018

Liverpool


Com atitutude e visual "Jefferson Airplane", e responsável por verdadeiras viagens sonoras nos palcos, transitou na fronteira do tropicalismo com a psicodelia universal, secundando os Mutantes em criatividade e, especialmente, qualidade instrumental.

Integravam o grupo, Mimi Lessa (guitarra), Edinho Espíndola (bateria), Fughetti Luz (cantor), Pekos (baixo) e Marcos (base).

Gravou o único álbum em 69, pelo selo Equipe, contendo elaboradas canções com fuzz-guitar no talo, a exemplo de Voando, Impressões Digitais e Olhai Os Lírios do Campo.

No início dos anos 70, ainda gravou mais dois compactos, um (duplo) para a trilha do filme Marcelo Zona Sul, e outro, sob o nome de Liverpool Sound, com as músicas Fale e Hei Menina.

Com o fim do grupo, seus integrantes, menos Pekos, juntam-se ao ex-A Bolha, Renato Ladeira, para formar o Bixo da Seda, que retornou ao rock and roll "stoniano" das origens da banda.

Por | Senhor F

1969 | POR FAVOR, SUCESSO

01. Por Favor Sucesso
02. Que Mania
03. Cabelos Varridos
04. 13o. Andar
05. Blue Haway
06. Você Gosta
07. Olhai os Lirios do Campo
08. Voando
09. Planador
10. Água Branca
11. Impressões Digitais
12. Paz e Amor
13. Tão Longe de Mim

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1970 | MARCELO ZONA SUL
Trilha Sonora do Filme


01. Renata
02. Dança da Chuva
03. Canção da Volta
04. Marcelo
05. Fossa de Marcelo
06. Excinting Posters


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1971 | LIVERPOOL SOUND
(Compacto)


01. Hei Menina
02. Fale






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1976 | ESTAÇÃO ELÉTRICA
(Bixo da Seda)


01. Vênus
02. Já Brilhou
03. É Como Teria Que Ser
04. Carrocel
05. Bixo Da Seda
06. 7 De Ouro
07. Gigante
08. Um Abraço Em Brian Jones
09. Trem

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Mandala


Zeca Assumpção, Roberto Sion, Nelson Ayres, Nestico, Nivaldo Ornelas, Balança. Esses músicos formavam um grupo que tocava num Camping Club, chamado "Caracol" às margens da represa de Guarapiranga, nos fins de semana. Isso foi por volta de 1967,1968. Algum tempo depois, Zeca, Sion e Nelson foram cursar a renomada "Berklee College of Music", em Boston (USA), de onde retornaram por volta de 1971. Através deles conheci Luiz Roberto Oliveira, que também estava com eles nos Estados Unidos e voltou trazendo o primeiro sintetizador ARP de que se tem notícia, para o Brasil. Ao chegarem de volta, com várias idéias e composições, me convidaram a formar um novo grupo, ao qual demos o nome de "Mandala".

Aquelas coisas indianas estavam na moda, Yoga, Macrobiótica, enfim, acho que a escolha do nome teve um pouco a ver com isso. Estávamos experimentando algumas adaptações e arranjos que tivessem um colorido próprio, procurando fugir das influências mais óbvias, da bossa e do jazz tradicional, mas sem tolher a criatividade, e isso resultou em alguns shows e numa sessão de estúdio, que anos mais tarde foi trilha de um filme e rendeu uma tiragem de Lp's pelo selo Morrisom. Desse grupo de músicos, Zeca Assumpção foi quem continuou trabalhando comigo de forma mais constante, nos grupos de Hermeto e Egberto e no Grupo Um, mas mesmo assim tanto Sion, como Nelson e Luiz Roberto participaram comigo e eu com eles em vários outros trabalhos ao longo do tempo.

Texto: Brazilian Nuggets

1976 | MANDALA

01. Pitha'ta
02. Alga
03. Matilho
04. Estilingue
05. Nadava
06. El Bayon




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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Brazilian Guitar Fuzz Bananas

Joel Stones, brasileiro radicado em Nova Iorque, dono da Tropicalia in Furs, loja de discos especializada em raridades psicodélicas e afins (fechada provisoriamente, segundo o próprio Joel), compilou e lançou em 2010 essa preciosidade chamada Brazilian Guitar Fuzz Bananas: Tropicalista Psychedelic Masterpieces, 1967–1976.

O disco traz 16 faixas pra lá de obscuras da lisergia garageira tupiniquim gravadas entre 1967 e 1976, de nomes conhecidos – o insano Serguei; Fábio, parceiro de Tim Maia; 14 Bis – e outros de quem nunca ouvi falar, como o sensacional Célio Balona ou a Banda de 7 Léguas.

O garimpo feito pelo cara trouxe à tona verdadeiras pérolas do rock nacional, e além de desenterrar esses artistas ele realizou um grande trabalho na versão física do álbum: tanto o CD simples quanto o vinil duplo vêm acompanhados por um livro em inglês e português, poster em 3D (com óculos) e um vídeo com comentários sobre a realização.

Então é isso. Como canta Ely Barros em “As turbinas ligadas”, ‘vamos decolar para um estranho paraíso, onde é preciso fugir da realidade…’

Essencial!

Texto retirado do blog | Pequenos Clásssicos Perdidos

2010 | BRAZILIAN GUITAR FUZZ BANANAS
Tropicalista Psychedelic Masterpieces 1967-1976


01. Célio Balona | Tema de Batman
02. Loyce e Os Gnomos | Era Uma Nota de 50 Cruzeiros
03. The Youngsters | I Want To Be Your Man
04. Serguei | Ouriço
05. Fábio | Lindo Sonho Delirante (L.S.D.)
06. Tony e Som Colorido | O Carona
07. 14 Bis | God Save The Queen
08. Banda de 7 Léguas | Dia de Chuva
09. Ton e Sérgio | Vou Sair do Cativeiro
10. Ely | As Turbinas Estão Ligadas
11. Os Falcões Reais | Ele Século XX
12. Marisa Rossi | Cinturão de Fogo
13. The Pops | Som Imaginário de Jimmi Hendrix
14. Loyce E Os Gnomos | Que é Isso?
15. Piry | Herói Moderno
16. Mac Rybell | The Lantern

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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Terreno Baldio


Considerado por muitos como o Gentle Giant brasileiro, o Terreno Baldio é um dos mais importantes grupos nacionais no estilo. Formado no início dos anos 70, o grupo estréia em 1975 com "Terreno Baldio", que sai pela gravadora Pirata em tiragem de 3000 cópias.

As fitas-master do álbum desapareceriam nesta mesma época impedindo novas prensagens. O grupo lançaria ainda mais um álbum, "Além das lendas...", antes de debandar, em 1978. Interessante o fato do tema do LP ter sido uma imposição da gravadora para fechar o contrato. A formação era ligeiramente diferente, com Ayres Braga (ex-Joelho de Porco) no lugar de Ascenção.

O Terreno voltaria a se reunir em 1993 para regravar o primeiro LP, dessa vez em inglês, para um (re)lançamento pela Progressive Rock Worldwide (com direito a faixas-extras). Ou seja, trata-se, na verdade, de um terceiro dico do grupo. A formação do Terreno "versão 93" é Kurk, Mello e Lazzarini.

1975 | TERRENO BALDIO

01. Pássaro azul
02. Loucuras de amor
03. Despertas
04. Água que corre
05. A volta
06. Quando as coisas ganham vida
07. Este é o lugar
08. Grite

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1977 | ALÉM DAS LENDAS BRASILEIRAS

01. Caipora
02. Saci-Pererê
03. Passaredo
04. Primavera
05. Lobisomem
06. Curupira
07. As Amazonas
08. Iara
09. Negrinho do Pastoreio

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1993 | TERRENO BALDIO
(Versão em inglês)

01. Elder Mirror
02. The Place
03. Running Water
04. Scream
05. The Return
06. Blue Bird
07. The Sea And The Love
08. When The Things Becomes Alive
09. Awakening
10. Aquelôo

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domingo, 2 de dezembro de 2018

Novos Baianos


“Os Novos Baianos foram um jeito novo de resolver problemas”, diz Paulinho Boca de Cantor em trecho do documentário Novos Baianos Futebol Clube, rodado em 1973 por Solano Ribeiro no Cantinho do Vovô, o sítio onde a mítica banda baiana viveu em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, no começo dos anos 1970.

Paulinho se referia à aposta contracultural que compartiu no período com os companheiros músicos e agregados: a de viver em comunidade, basicamente jogando futebol e criando música a maior parte do tempo, em pleno auge da ditadura militar. Sem quase nenhum dinheiro, mas com muito talento, Os Novos Baianos conceberam e registraram ali, entre outras belezas, Acabou Chorare, seu segundo disco, um dos maiores clássicos da música brasileira, que em 2012 completa 40 anos de idade.

E que não envelheceu nem sequer um dia, como indicaria pesquisa feita pela revista Rolling Stone Brasil em 2007 junto a 60 críticos. A bolacha, gravada em apenas quatro canais e com lendárias técnicas improvisadas – o galinheiro do sítio transformado em estúdio, Pepeu Gomes usando peças tiradas de televisores para distorcer a guitarra -, foi eleita como a número 1 entre os 100 melhores discos nacionais de todos os tempos, segundo a enquete.

De fato, mesmo diante de toda a riqueza musical que se encontra do Oiapoque ao Chuí, é difícil bater a inspiração e a energia de Acabou Chorare. Então jovens hippies vidrados no rock psicodélico pós-Jimi Hendrix, Paulinho, Pepeu, Jorginho, Baby Consuelo (depois Baby do Brasil), Galvão, Dadi, Jorginho e outros colaboradores passaram a pesquisar a fundo ritmos brasileiros ao conviver com João Gilberto, amigo e espécie de guru da turma. O nome do álbum, aliás, surgiu de uma expressão da filha do bossanovista, a futura cantora Bebel Gilberto, então uma criança.

Excelentes músicos e compositores, levaram a fusão de rock com samba, baião e choro, já experimentada antes por gente como Jorge Ben e Mutantes, a um outro nível. Dançante, intenso e alegre, praticamente irresistível.

No registro de Solano Ribeiro – que também serviu de arquivo para o recente documentário Filhos de João – Admirável Mundo Novo Baiano , de Henrique Dantas- , a banda toca, em seu habitat natural, os principais clássicos do disco: A Menina Dança,Mistério do Planeta, Preta Pretinha… é imperdível. Inclusive pelos divertidos depoimentos dos integrantes, seus visuais espetaculares e as cenas em que jogam pelo Novos Baianos Futebol Clube (que realmente existia e até chegou a ser convidado para jogar em Recife).

Por: Daniel Setti

1972 | ACABOU CHORARE

01. Brasil Pandeiro
02. Preta Pretinha
03. Tinindo Trincando
04. Swing de Campo Grande
05. Acabou Chorare
06. Mistério do Planeta
07. A Menina Dança
08. Besta é Tu
09. Um Bilhete Pra Didi
10. Preta Pretinha (reprise)

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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Egberto Gismonti


Esse é um disco que vale muito a pena conhecer, pois mostra Egberto no início de suas experimentações com orquestras. A música de abertura (Janela de Ouro) é um excelente exemplo das experimentações “gismontísticas”, com belíssimos arranjos e um bom gosto visceral.

Outro destaque é a elegância da sequência "Ciclone", "Indi" e “Sonho”, essa que posteriormente teve ótimas versões com letras (tanto em inglês quanto em português) de artistas como Elis Regina, Airto Moreira e Toots Thielmans. "Pêndulo" tem um arranjo bastante interessante, trabalhando com a idéia de dinâmica no som. Queria muito saber quem são os instrumentistas que tocam junto, especialmente o baixista (o cara merece aplausos).

É complicado escrever sobre essa obra sem se rasgar de elogios... Então pra evitar esse ato absolutamente desnecessário e redundante, prefiro que escutem e tirem suas próprias conclusões. por isso repito: Vale muito a pena conhecer esse disco!

Texto retirado do blog | Casa Forte Brasil

1970 | SONHO 70

01. Janela de Ouro
02. Parque Laje
03. Ciclone
04. Indi
05. Sonho
06. O Mercador de Serpentes
07. Lendas
08. Pêndulo
09. Lírica nº 1

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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Sérgio Sampaio


Sérgio Moraes Sampaio, um cantor e compositor brasileiro e, no dizer do cantor Lenine, um nome marginalizado que equipara a Tim Maia e Raul Seixas, como um dos "malditos" da música popular brasileira. Suas composições variam por vários estilos musicais, indo dos folclóricos samba e choro, ao rock'n roll, blues e balada.

Sobre a poética de suas composições, em que se vê elementos de Kafka e Augusto dos Anjos, que lia e apreciava, declarou num estudo Jorge Luiz do Nascimento: "A paisagem urbana em geral, e a carioca em particular, na poética de Sérgio Sampaio, possui a fúria modernista. Porém, o espelho futurista já é um retrovisor, e o que o presente reflete é a impossibilidade de assimilação de todos os índices e ícones da paisagem urbana contemporânea."

Mais sobre Sérgio Sampaio: AQUI

1973 | EU QUERO BOTAR MEU BLOCO NA RUA

01 | Lero e Leros e Boleros
02 | Filme de Terror
03 | Cala a Boca Zébedeu
04 | Pobre Meu Pai
05 | Labirintos Negros
06 | Eu Sou Aquele Que Disse
07 | Viajei de Trem
08 | Não Tenha Medo, Não (Rua Moreira, 65)
09 | Dona Maria de Lourdes
10 | Odete
11 | Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua
12 | Raulzito Seixas

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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Tropicália ou Panis et Circensis


"A música não existe (...). Sei que alguma coisa nova se cria a partir daí e o resto não me interessa" (Rogério Duprat). "Ê bumba-iê-iê-boi" (Gilberto Gil & Torquato Neto). "Nara - Pois é... e o Ernesto Nazaré e Chiquinha Gonzaga... e Pixinguinha... Os Mutantes - Pois é... e os Jefferson's Airplane (sic) e os Mamas & the Papas... e..."

Maio de 68. Vietnã. Barricadas em Paris. Passeata dos cem mil, Rio de Janeiro. Primavera de Praga. Marthin Luther King. Flower power, 2001 - Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick. AI-5. Panteras Negras. Arte pop. Crimes, espaçonaves guerrilhas.

Não são absolutamente memórias pessoais. Fragmentos da iconografia da época. O primeiro passo quando a tarefa é falar de alguma obra emblemática de uma época (sobretudo se você não esteve lá) é pesquisar todo o material disponível para reconstituir o clima e os acontecimentos que foram desaguar naquele produto em particular. Mas um disco-manifesto como Tropicália ou Panis et Circencis fala por si só. E o que ele fala?

A capa apresenta os atores do carnaval tropicalista. Os Mutantes e suas guitarras elétricas. Tom Zé, Caetano com Nara Leão (os mais belos joelhos da bossa nova) no colo (numa fotografia). O Maestro Rogério Duprat prestando uma homenagem a Marcel Duchamp (que havia falecido em 1967). Gal Costa com uma foto de Capinam. Torquato Neto (poeta e suicida). A contracapa descreve o roteiro e inscreve a data lendária: maio de 68. Os padrinhos despejam suas benções: Augusto de Campos e João Gilberto.

Tropicália ou Panis et Circencis era para ser o manifesto tropicalista. Vinte anos depois é um documento histórico. Se a música não existia mais, era preciso romper com as camisas de força que regiam a música popular, as falsas dicotomias, participação popular versus invenção, local versus universal. Vicente Celestino se encontra com os Beatles. O tropicalismo, como um momento de efervescência cultural, comunica-se diretamente com o modernismo da Semana de 1922. E dá-lhe antropofagia: as referências de parentesco são explícitas e encaixadas em contextos novos.


A qualidade documental da tropicália não o transforma num disco datado. Uma colagem mantida unida com o cola-tudo privilegiado das musicalidades de Caetano Veloso e Gilberto Gil. A pérola do brega, "Coração Materno", é de Vicente Celestino. O beguin "Três Caravelas" ("um navegante atrevido saiu de Palos um dia / ia com três caravelas / a Pinta, a Nina e a Santa Maria") é uma versão de João de Barro, e a nota regionalista, "Hino ao Senhor do Bonfim da Bahia", que fecha com tom épico o LP, é de João Antônio Wanderley.

O humor é, sem dúvida, um conservante poderoso. "Lindonéia", um bolero na voz extra-suave de Nara, anuncia que há "cachorros mortos nas ruas / policiais vigiando / o sol batendo nas frutas / sangrando, oh, meu amor, a solidão vai me matar de dor". Os primeiros acordes de "A Internacional" servem como arauto a Caetano convidando a um passeio nos Estados Unidos do Brasil, "debaixo das bombas / das bandeiras / debaixo das botas / debaixo das rosas dos jardins / debaixo da lama / debaixo da cama". Em "Parque Industrial", o céu de anil e as bandeirolas saúdam o avanço industrial.

Rogério Duprat orquestrou esses estilhaços de modernidade com todos os ritmos, instrumentos, ruídos e técnicas que estavam à mão. Em vez do violão e voz da bossa nova, aqui entram sirenes, distorção de guitarra, efeitos de estúdio, canhões (enquanto Gil rima Brasil e fuzil, com todas as letras) e órgão de igreja. Os metais pontuam ora o violão, ora a guitarra e o baixo, criando texturas distintas de sons.

A geléia geral brasileira teve sua polaróide, em sons e imagens, nítida e multifacetada.

Texto | Bia Abramo, Bizz#041, dezembro de 1988 | Collectors Room

1968 | TROPICÁLIA OU PANIS ET CIRCENSIS

01. Gilberto Gil | Miserere Nóbis
02. Caetano Veloso | Coração Materno
03. Os Mutantes | Panis et Circensis
04. Nara Leão | Lindonéia
05. Gal Costa, Gilberto Gil, Os Mutantes & Caetano Veloso | Parque Industrial
06. Gilberto Gil | Geléia Geral
07. Gal Costa & Caetano Veloso | Baby
08. Gilberto Gil & Caetano Veloso | Três Caravelas [Las Três Carabelas]
09. Caetano Veloso | Enquanto Seu Lobo não Vem
10. Gal Costa | Mamãe, Coragem
11. Gilberto Gil | Bat Macumba
12. Gal Costa, Gilberto Gil, Os Mutantes & Caetano Veloso | Hino do Senhor do Bom Fim

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sábado, 24 de novembro de 2018

Karma


Esquecido num sítio na periferia do Rio, o compositor, guitarrista e fundador de O Terço e do Karma, Jorge Amiden, tenta recuperar a saúde abalada pelo uso de drogas e das (pouquíssimas) viagens que fez com LSD no início dos anos 1970. "Foram muito boas, mas custei a voltar delas", diz o nosso afável Syd Barrett. Jorge é o compositor da inesquecível 'Tributo ao Sorriso' (em parceria com Hinds) e de tantas outras canções geniais do repertório de O Terço (1970 a 1971) e do Karma (1972). Era ele o principal arquiteto dos vocais harmoniosos de ambas as bandas. Além do mais, gravou um antológico LP com o Karma, participou do disco 'Sonhos e Memórias' de Erasmo Carlos e integrou a banda de Milton Nascimento. Depois, com o cérebro golpeado, se afastou dos palcos. Seguiu-se, então, um longo e indesejável ostracismo. Mas Jorge quer voltar, quer a música "viva" de volta a sua vida. E nós, órfãos de sua brilhante musicalidade, torcemos para que ele encontre o fio da meada, a luz no fim do túnel, a glória de um final fez.

Após romper com O terço, Amiden logo encontrou novos parceiros. Com Luiz Mendes Junior (violão e vocal) e Alen Cazinho Terra (baixo e vocal), irmão de Renato Terra, o guitarrista daria início a sua trajetória de pouco mais de um ano como líder do Karma. Ramalho Neto, da RCA, não teve dúvidas em contratar a banda antes mesmo de ouví-la. Reconhecia o talento de Amiden e antevia um belo disco do Karma para a RCA.

E foi o que aconteceu. Pouco tempo depois, a RCA distribuía na praça o LP homônimo do Karma, uma obra antológica que merece constar de qualquer lista dos melhores discos da história do rock brasileiro. Com uma sonoridade predominantemente acústica servindo de base para a primorosa vocalização do trio, 'Karma' é recheado de canções brilhantes, como 'Do Zero Adiante' (Amiden e Mendes Junior), 'Blusa de Linho' (Amiden e Rodrix) e a revisitada 'Tributo Ao Sorriso' (Amiden e Hinds). Esta, levada quase até seu final em a capela, servia para realçar ainda mais a força vocal do conjunto. Vale destacar a participação do baterista Gustavo Schroeter (então integrante da Bolha), que ajudou a abrilhantar o disco com sua batida sempre consistente, arrojada e precisa.

E foi com Gustavo na bateria que o Karma fez o show de lançamento do disco no Grajaú Tênis Clube. Lamentavelmente, este pequeno tesouro concebido por Amiden jamais foi reeditado. Possivelmente hiberna nos arquivos da RCA desde o seu lançamento, em 1972, como hibernam tantas outras obras importantes nos arquivos das gravadoras brasileiras.

Em sua curta vigência sob a liderança de Amiden, o Karma ainda participou do VII Festival Internacional da Canção Popular, em setembro de 1972. Foi quando defendeu 'Depois do Portão' (Amiden e Mendes Junior). Em 1973, nos primeiros meses do ano, durante um show no Clube de Regatas Icaraí, em Niterói, depois de misturar bebida com drogas, Amiden perde o controle do próprio cérebro. O solo de guitarra parece interminável... Depois, sentado à beira da praia com Mário, se perde em plano existencial paralelo, vagando inseguro e solitário pelo lado escuro da lua.

Jorge só encontra a saída do enovelado e desconhecido labirinto no dia seguinte, quando percebe que o mundo não é mais o mesmo, o Karma não é mais o mesmo, a música não é mais a mesma...E nem sua vida seria mais a mesma. Dos palcos, se afasta...para na calma do tempo, quem sabe uma luz como guia, em dado momento, conceda algum dia seu retorno sereno.

Por | Som Barato

1972 | KARMA

01. Do Zero Adiante
02. Blusa de Linho
03. Você Pode Ir Além
04. Epílogo
05. Tributo ao Sorriso
06. O Jogo
07. Omissão
08. Venha Pisar na Grama
09. Transe Uma
10. Cara e Coroa

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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Cibelle


Cibelle é uma artista performática multimídia, cantora, compositora e produtora musical. O estilo musical de Cibelle é difícil de classificar, passando pela música eletrônica, bossa nova e folk.

Cibelle Cavalli nasceu em São Paulo em 2 de janeiro de 1978, hoje vivendo em Londres. Ela frequentou o conservatório Marcelo Tupinambá em São Paulo desde os seis anos de idade, onde estudou guitarra, piano, percussão e teatro. Cibelle teve uma curta carreira de modelo na adolescência, abandonando-a para dedicar-se a atuar a partir dos vinte e poucos anos. Cibelle trabalhou em musicais, curtas-metragens e na televisão brasileira, até começar a dedicar-se mais fortemente a música.

Após conhecer um produtor sérvio Suba em um bar ela tornou-se a principal vocalista de seu álbum, São Paulo Confessions, on Ziriguiboom (lançado pelo selo belgo Crammed Discs) em 1999. Este álbum teve a mistura de música tradicional com música eletrônica, estando anos a frente da música eletrônica da época. O álbum São Paulo Confessions é um considerado como um importante precursor e álbum marco para a música eletrônica nacional. Suba morreu pouco depois do lançamento do álbum.

Cibelle em seguida apareceu no álbum de Celso Fonseca, Natural (2003). O primeiro álbum a solo de Cibelle também fora lançado em 2003. Assinando com o selo belga Crammed quando tinha 22 anos, ela começou a a passar cada vez mais tempo na Europa, mais especificamente em Paris. Para a conclusão de seu primeiro álbum ela se mudou para Londres.

Texto | Wikipédia

2003 | CIBELLE

01. Deixa
02. Só Sei Viver no Samba
03. Hate
04. Luísas
05. Waiting
06. No Prego
07. I'll Be
08. Train
09. Inútil Paisagem
10. Um Só Segundo
11. Pequenos Olhos

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terça-feira, 20 de novembro de 2018

Jurema


A historiadora, cantora e compositora Jurema Paes lança seu segundo disco, Mestiça, em que se apoia sem purismos em ritmos tradicionais brasileiros, como a chula e o maxixe. Batuques africanos se misturam a efeitos sonoros, samplers e outras técnicas de estúdio.

A produção do disco teve início em 2013, quando a cantora começou a juntar o repertório. Chegou a reunir mais de cem músicas. Dessas selecionou 11 composições dos autores Tiganá Santana, Elomar, Roberto Mendes, Nizaldo Costa, Marcos Vaz, Zeca Baleiro e Patrício Hidalgo. O cantor e compositor Elomar é antigo conhecido de Jurema, pois o pai da cantora, o também compositor Fábio Paes, é parceiro de Elomar de longa data. “Ele é como se fosse um tio de segundo grau”, conta Jurema. Do repertório do cantador estão em Mestiça as canções “Chula no Terreiro” e “Imbuzeiro”.

Assim como as de Elomar, as canções em Mestiça bebem nas tradições dos trovadores, em matrizes ancestrais. Jurema canta em inglês, espanhol, francês e quimbundo, língua natural de Angola usada por Tiganá Santana na sua composição “Nkongo”. Os arranjos misturam atabaques, melodias vocais com samples e técnicas de estúdio contemporâneas. “Maxixe e chula, Proteus e Pro Tools, cantos de trabalho, rodas de cantoria, partidos-altos, cidades baixas. Tudo está na música urdida por Jurema”, defende Zeca Baleiro, que participa do disco.

O álbum conta ainda com Chico César, Lenna Bahule, Letieres Leite e Tiganá Santana e foi gravado em São Paulo e mixado na Suécia, contato realizado por meio de Tiganá. Jurema diz que o trabalho de estúdio teve muita importância no resultado final, que aponta para uma nova sonoridade na música brasileira atual. “Os próprios produtores trabalham também com a engenharia de som. Esses profissionais estão buscando uma sonoridade do Brasil do século XXI”, diz.

Por | Itamar Dantas

2014 | MESTIÇA

01. Ogum de Ronda
02. Imbuzeiro (com Chico Cesar & Tiganá Santana)
03. Não Pedi
04. Nkongo (com Chico Cesar)
05. Le Mali Chez La Carte Invisible (com Tiganá Santana)
06. Fulorá
07. Elizabeth Noon
08. Água da Chuva
09. Maxixe Nagô
10. La Canã
11. Chula no Terreiro (com Zeca Baleiro)
12. Nkongo Remix (com Chico Cesar & Tiganá Santana)

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domingo, 18 de novembro de 2018

Denise Emmer


Denise Emmer Dias Gomes Gerhardt, mais conhecida como Denise Emmer, é uma poetisa, compositora, cantora, violoncelista e escritora brasileira.

Filha dos escritores Janete Clair e Dias Gomes, tornou-se primeiramente conhecida por temas musicais compostos para personagens das telenovelas, tais como "Pelas muralhas da adolescência", Bandeira 2, e "Alouette", Pai Herói, "Companheiros", Sinhá Moça, entre outros, alcançando depois, reconhecimento pela sua vasta e premiada produção poética.

É violoncelista da Orquestra Rio Camerata.

Denise começou a compor aos 10 anos, e ainda no colégio fazia composições em português arcaico, como Galvan el gran cavalero e Aquestas mañanas frias.

Estudou piano clássico e formou-se em física. É pós graduada em filosofia ( especialização-lato-sensu) pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Graduou-se também em violoncelo pelo Conservatório Brasileiro de Música(bacharelado), sob a orientação do violoncelista Paulo Santoro.

Na década de 1970 compôs vários temas para telenovelas da Rede Globo, como "Pelas muralhas da adolescência" (para Bandeira 2); "Tema verde" (para Assim na Terra como no Céu); "O amor contra o tempo" e "Montanhês" (para Bravo!); "Pedra de ouro" (para O Pulo do Gato) e "Alouette" (para Pai Herói).

O compacto simples "Alouette", lançado em 1980 (um ano depois da novela), vendeu mais de 300 mil cópias, o que rendeu a Denise o Disco de Ouro e o reconhecimento público, participando de vários programas de televisão, como o Fantástico. Essa canção seria incluída posteriormente na coletânea Belle France, da Globodisc, além de uma versão instrumental no compacto duplo que incluía "Chocolat", "Jardineiro" e "Sândalus", todas de Denise e com solo de flauta doce da própria compositora.


TEMAS DE NOVELAS

01. Tema Verde (Assim na Terra como no Céu, 1970)
02. Sandra - Muralhas da Adolescência (Bandeira 2, 1971)
03. Montanhês (Bravo!, 1976)
04. O Amor Contra o Tempo (Bravo!, 1976)
05. Pedra de Ouro (O Pulo do Gato, 1978)
06. Alouette (Pai Herói, 1979)
07. Lavadeiras (Coração Alado, 1980)
08. Cavaleiro do Rio Seco (Voltei pra Você, 1983)
09. Companheiros (Sinhá Moça, 1986)

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Na década de 1980 foi assistente de Waltel Blanco na produção de trilhas sonoras de novelas e seriados, como O Bem-Amado e Quarta nobre.

O primeiro long play veio em 1980, Pelos Caminhos da América, que continha composições suas ("Lavadeiras", "Boiadeiros do céu", "Garganta", etc.), de Milton Nascimento ("Minha cidade suja", sobre poema de Ferreira Gullar) e outras. O disco tinha arranjos do Grupo Água, com quem Denise se apresentou em show no Parque Laje, no Rio de Janeiro.

Em 1981 veio o LP Toda Cidade É um Pássaro, em que atuou como cantora e instrumentista. As canções eram todas suas. Em 1983 gravou o LP Canto Lunar, também só com canções suas. A canção-título seria, anos depois, gravada pelo grupo Tarancón.

Ainda na década de 1980 participou da trilha sonora de outras telenovelas da Globo: "Lavadeiras", para Coração Alado, de Janete Clair; "Cavaleiro do Rio Seco", para Voltei pra Você, de Benedito Ruy Barbosa; e "Companheiro", para Sinhá Moça, também de Benedito.

O LP Cantiga do Verso Avesso veio em 1992 e também era todo de canções próprias, algumas sobre poemas conhecidos, como "Soneto do amor nascendo" (Pedro Lyra), "Canção" (Ivan Junqueira), "Poema do cego, da noite e do mar" (Moacyr Félix). A canção "Cavaleiro do Rio Seco" foi homenagem ao compositor Elomar. O disco teve participação de Jacques Morelenbaum.

Em 1994 criou o grupo Trovarte, em que cantava acompanhada pelo violão de Beto Resende, pela viola de Ivan Sérgio Niremberg e o violino de Ludmila Plitek. O grupo se apresentou na Academia Brasileira de Letras e na Casa de Cultura Estácio de Sá, entre outros palcos.

O CD Cinco Movimentos e um Soneto (1995) foi todo com poemas de Ivan Junqueira musicados por Denise, também com participação de Jacques Morelembaum em algumas faixas.

Ainda musicando poemas consagrados, Denise gravou, em 2004, o CD Mapa das Horas, no qual cantou e tocou violoncelo. O repertório inclui poemas de João Ruiz de Castelo-Blanco ("Partindo-se"), do século XV, Diogo Brandão ("Pois Tanto Gosto Levais"), do século XVI, e de autor desconhecido do século XV ("Cantiga da Ribeirinha"). Os arranjos, de estilo medieval, tinham instrumentos como viola de gamba, alaúde, oboé, organeto medieval etc. O disco foi lançado em show na Academia Brasileira de Letras.

Desde 2001 é violoncelista da Orquestra Rio Camerata como líder de naipe e do Quarteto de Cordas Legatto.

Texto | Wikipédia

1980 | PELOS CAMINHOS DA AMÉRICA

01. Lavadeiras
02. Boiadeiros do Céu
03. Colina Branca
04. Missão
05. Minha Cidade Suja
06. Garganta
07. Repente Louco
08. Coração Cigano
09. Saramandaia
10. Qualquer Dia
11. Nas Areias da Ampulheta

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1981 | TODA CIDADE É UM PÁSSARO

01. Toda Cidade é Um Pássaro
02. Já Se faz Madrugada
03. Sábia Natureza
04. Canção do Último Bonde
05. Cama na Calçada
06. Grande Amor
07. Fazenda Sonho
08. Canção do Prisioneiro
09. Meninos do Relento
10. Atrás da Estrela

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1983 | CANTO LUNAR

01. Canto Lunar
02. Luzes da Cidade
03. Voa Canção
04. Moça de la Mancha
05. Grande Amor
06. O Amor é Leve
07. O Sol
08. Canção de Acender a Noite
09. Estrela no Mar, Peixe no Céu
10. Cama na Calçada

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1992 | CANTIGA DO VERSO AVESSO

01. Cantiga Do Verso Avesso
02. Casa Da Infância
03. Soneto Do Amor Nascendo
04. Cavaleiro Do Rio Seco
05. Cantiga Da Estrela Barca
06. Cantiga Da Noite Mágica
07. Poema Do Cego, Da Noite E Do Mar
08. Aquestas Manhãnas Frias
09. Canção Do Inverno
10. Gira Noite
11. O Pescador
12. Canção

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2004 | MAPA DAS HORAS

01. O Rei das Esporas Douradas
02. Estátuas Gigantes
03. Minha Rua É Bagdá
04. Canções do Segredo
05. Canto Lunar
06. Força do Mundo
07. Pedalando Sobre as Casas
08. Outros Ventos
09. Pedra no Rio
10. Partindo-Se
11. Cantiga da Ribeirinha
12. Pois Tanto Gosto Levais

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2016 | CAPOTE DE PEDRAS

01. Capote de Pedras
02. Cantiga do Verso Avesso
03. Pedalando Sobre As Casas
04. Dizer Adeus
05. Cantiga da Noite Mágica
06. Pontos Cardeais


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