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domingo, 28 de abril de 2019

Bebeto Alves

Luís Alberto Nunes Alves (Uruguaiana, 4 de novembro de 1954), mais conhecido como Bebeto Alves, é um cantor e compositor brasileiro. É pai da atriz Mel Lisboa.

Sempre buscou explorar músicas típicas do Rio Grande do Sul, como ranchos, toadas e milongas.

Participou da coletânea Paralelo 30, em 1978, só com artistas gaúchos. Seu primeiro disco solo, Bebeto Alves, é de 1981, mais tarde seguido por Notícia Urgente. Um de seus maiores sucessos foi Quando Eu Chegar, lançado em compacto em 1984.

Ao longo da década de 1980 incorporou ao seu estilo elementos pop, utilizando teclados, baixo elétrico e bateria eletrônica. Seus discos seguintes — Novo País, Pegadas, Danço Só, Milonga de Paus, Paisagem — mesclam a milonga e os ritmos gaúchos a diversos estilos como rock, reggae, pop e eletrônico.

Nos anos 90 participou de uma trilogia dedicada à obra do compositor regionalista gaúcho Mauro Moraes, ao lado de outros músicos como Marcello Caminha, Clóvis Boca Freire e Lucio Yanel. Integrou ainda o time de músicos que participou do disco Porto Alegre Canta Tangos, lançado inicialmente na Argentina.

Em 2000, junto com o lançamento de Bebeto Alves y la Milonga Nova (cujo show percorreu cidades europeias), teve alguns discos de carreira relançados pela cooperativa Gens.

Texto retirado de | Wikipédia

1981 | BEBETO ALVES

01. Sant'Anna do Uruguay
02. De Um Bando
03. Água
04. Momento Encantado
05. Moleque do Parque
06. A Mão E O Medo
07. Fogueirais
08. Raiar
09. Bandeira
10. Kraft!...Mesmo
11. Polvadeira

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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Assim Assado

O nome da banda e a capa do disco revelam explicitamente a influência: Secos e Molhados.

Investindo na androgenia, no rock progressivo e no samba-soul, Assim Assado tentou ser uma resposta da pequena Companhia Industrial de Discos ao enorme sucesso que os Secos e Molhados faziam junto ao público jovem. Liderado por Miguel de Deus (ex-Brazões), que assina a maioria das composições e assume a guitarra e os vocais, o grupo nunca chegou a decolar, deixando apenas esse único disco, hoje quase esquecido.

Curiosidade: em 1977 Miguel de Deus cai de cabeça no funk, lançando o bastante interessante (e raro) "Black Soul Brothers".

Texto retirado de | Brazilian Nuggets

1974 | ASSIM ASSADO

01. Viva Crioula
02. Na Boca da Estrada
03. Até
04. Sombras
05. Morena
06. Pedaços
07. Amarelo Cinza
08. Rock Blue
09. Sol, Sal, Sol Tropical
10. Lunática

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segunda-feira, 22 de abril de 2019

Ângela Ro Ro


Em 1979 é lançado pela gravadora PolyGram o álbum “Angela Ro Ro”. Ao encostar a agulha no vinil, embala-nos um piano acompanhado por uma voz bamboleante. Somado a isso, um arroubo de versos impetuosos delineiam a profundidade do amor e do seu fracasso. Angela Ro Ro compõe um álbum autoral e autobiográfico, com letras que a tornam uma poeta maldita, pelo lado escuro da vida que percorreu para a construção de sua obra.

Em seu disco de estreia emplaca sua canção primeira, que ainda hoje encerra seus shows como um dos grandes destaques de sua carreira. “Amor, meu grande amor” demonstra o caráter instrutivo daquela que ama: “Me chegue assim bem de repente, sem sentir o que não sente”. Para essa relação que deverá ser intensa, a honestidade será uma tônica, pois através do acaso uma outra corresponderá de modo genuíno, sem fingimentos. Na música regravada pelo Barão Vermelho, em 1996, há, entre outros tantos, um pedido fundamental: “E quando me quiser que seja de qualquer maneira”. Desde aí já se impõe a necessidade de aceitação, que implica a condição marginal daquela que canta.

O desejo fica marcado em “Cheirando a amor”, que ambienta uma das cenas amorosas de Cazuza, em O tempo não pára. Na ocasião ele, um grande fã da cantora, é representado no filme em uma relação homoafetiva, dando amplitude a um verso conclusivo da canção: “Que preconceito barato que o cão caça o gato”. Para o amor não há regras que devam podar “delirantes formas de amar”, sejam elas quais forem. O que importa é transpirar essa ânsia quando a pessoa amada estiver em sintonia com esse querer: “Quero cheirar a amor. Quero exalar suor. Pro dia que você for ficar com seu melhor”.

A idealização se desenha com cada “Gota de Sangue” da voz poética transfigurada em “forma verbal”. Há um caminho a ser construído para que essa relação se concretize: “Não se perturbe nem fique à vontade. Tira do corpo essa roupa e maldade”. Nela muitos traços ainda não estão acertados, o que impede quem ama de “embriagar a razão” e se entregar. Na letra da canção gravada também em 1979 por Maria Bethânia, em seu disco Mel, faz-se um pedido crucial: “Nunca confunda carinho e desejo”, pois a paixão se faz elemento essencial, enquanto o afeto, sem ela, não é suficiente para a conformação do amor que ali se busca.

Desse modo, ocorrem por vezes desilusões, como mostra em “Tola foi Você” e pelo pedido de agradecimento que revela a rejeição sofrida: “Agradeço por você não ter me dado o seu amor”. Tal rechaço tematiza também “Mares da Espanha”, em que a voz poética vive uma procura angustiante por um amor que está “tecendo pra outra seu corpo com manha”. Nesta empreitada, cogita inclusive rastejar até o Leblon para encontrar aquela que foi responsável pelo seu abandono. Mas sabe ser inútil também o sacrifício, o que gera seu desespero e consequente embriaguez: “Você quando acorda tem gente do lado, mas eu quando durmo é um sono abafado de uísque e vergonha – por nunca encontrar você”.

A sofreguidão desponta também em “Me acalmo danando”, sendo ocasionada justamente pela incompatibilidade: “Como é duro amar sem ser amada”. As marcas do desamor são pungentes “pra quem tudo na vida sentiu, disse e fez” e ficam impressas nos versos de “Não há cabeça”. Na música também cantada por Marina no seu disco de estreia, de 1979 – Simples como fogo –, se reitera a tentativa de livrar-se através do álcool da ausência que se arrasta: “Não há bebida que beba a saudade”.

Essa postura transviada e transgressora da artista fica evidente em “Agito e uso”, quando se declara “uma moça sem recato” que conduz a vida de um jeito não “tido como forma popular”. O que a caracteriza na “Balada da arrasada” como uma mulher “acabada, maltratada, torturada, desprezada, liquidada, sem estrada pra fugir”. Sua falta de rumo a encurrala de tal modo que ocorre uma cisão inclusive com a figura materna: “Sua voz tão difícil de calar não me diz mais nada”, representada em “Minha mãezinha”. Contraditoriamente, é justo uma ligação da mãe na iminência de morrer – no final dos 90’s –, que faz com que Angela abandone a bebida e as drogas e, possivelmente, o caminho que culminaria em sua própria morte, devido a seus excessos e intensidade arrebatadora. Na ocasião, ela foi orientada a ter autoestima, pois estava, de acordo com a mãe, parecendo um lixo. “Abre o Coração” e, nesta música que encerra sua obra, aconselha: “Se a covardia bate, vai bem fundo, não desate. Esse nó no peito a natureza fez”. Compreende ser necessário seguir, ainda que carregando as desventuras sofridas.

É vital, assim, uma mudança: “Começo uma nova história e aviso: não vai ter lugar pra você, onde sobra juízo”. “A Mim e a Mais Ninguém” reforça a impossibilidade de se manter racional quando se trata do amor, fazendo com que a poeta, mesmo tão afeita ao lado escuro da vida, vislumbre um longevidade para si mesma: “Todo canto e pranto meu e tudo que sou eu por certo vai vingar”. Por sua profundidade poética e musical, Angela Ro Ro certamente vinga. E isso ocorre precocemente, visto que já em seu primeiro álbum ela compõe o que se tornaria uma grande obra da Música Popular Brasileira.

Texto retirado de | Irene no Céu

1979 | ÂNGELA RO RO

01.Cheirando a Amor
02.Gota de Sangue
03.Tola Foi Você
04.Não Há Cabeça
05.Amor, Meu Grande Amor
06.Me Acalmo Danando
07.Agito e Uso
08.Mares da Espanha
09.Minha Mãezinha
10.Balada da Arrasada
11.A Mim e a Mais Ninguém
12.Abre o Coração

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sexta-feira, 19 de abril de 2019

Guilherme Lamounier


Falar de Guilherme Lamounier é fazer uma viagem à cena musical brasileira da década de setenta, bem como se aventurar teoricamente em busca de entender os motivos que fez com que um artista tão bom como ele fosse completamente esquecido. Tomo-o como referência porque o descobri recentemente e venho escutando ele bastante no toca-CD do meu carro; mas deve-se levar em conta que o mal do ostracismo recaiu sobre uma centena de artistas daquela época. Ao final deste texto, pretendo responder às seguintes questões: 1) Quem foi Guilherme Lamounier? ; 2) Como se define o cenário musical brasileiro daquela época? 3) O que levou Guilherme Lamounier a ser a ser deletado da memória da nossa música? E vamos embora... pra lá de Bora Bora.

A história de Guilherme Lamounier tem início em vinte e cinto de novembro de 1950, quando ele nasce. De início, ele morou no Canadá, onde fora alfabetizado na língua inglesa. Depois voltou pro Rio de Janeiro, sua cidade natal, e lá permaneceu até hoje, indo uma vez ou outra para os Estados Unidos. Sua família era quase toda composta por músicos renomados, o que faz com que o destino de Guilherme não fosse diferente.

Sua estreia musical fora aos dezessete anos, quando este integrou um grupo chamado Todas as estrelas, onde atuou como vocalista. Foi em 1969, com o término da banda, que Guilherme Lamounier se lançou em carreiro solo e lançou o seu primeiro LP homônimo em 1970. Para resumir de vez a sua trajetória musical: Foram cinco álbuns e um EP, lançados até o ano de 1984, quando ele deixou de gravar devido às influencias musicais oitentistas e ao desgaste causado pela exploração midiática das suas músicas; mas isso não o impediu de continuar compondo. Prefiro me ater aqui à sua música, repleta de influências norte-americanas: uma mistura Folk-rock (ritmo do qual sou apaixonado), Blues, Funk-Soul e country, resultando numa música alegre, contagiante e nostálgica.

Algumas de suas canções foram regravadas por artistas como Fábio Jr. (“Enrosca", também regravada doze anos depois por Sandy e Júnior, e “Seu Melhor Amigo”) e Zizi Possi (“Um Toque de Amor”, uma das minhas canções favoritas de Guilherme Lamounier). O mais interessante eram as suas letras: tratavam de ideais do movimento Hippie americano, porém, com uma conotação ingênua, acreditando num ideal puro de vida, baseado em naturalismo, no anti-materialismo, alienação e amor puro. Assim sendo, é muito comum ouvir temas como liberdade, desapego às coisas materiais, alucinações psicodélicas e culto a natureza sendo tratados de forma tão poética na música de Guilherme Lamounier. Haja charme e talento.

Por outro lado, tem o cenário da música brasileira da década de setenta, onde eu tento responder ao segundo quesito proposto no primeiro parágrafo. Os anos 70 foi o período de ascensão da MPB, gênero musical brasileiro que se caracterizava mais como um movimento de vanguarda, pois se propunha a criar uma música que fosse tipicamente brasleira. Assim sendo, é um gênero de difícil definição por englobar um infinidade de ritmos nacionais. Recebeu tal denominação (MPB) devido aos espaços de manifestação: os Festivais da música brasileira, que aconteciam no espaço Guarujá, em São Paulo, e divulgado pela extinta TV Excelsior.

Os artistas mais aplaudidos nestes festivais formaram uma vanguarda musical que se manteve até hoje: são artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Outros sumiram do mapa, mas ainda assim são lembrados – como Geraldo Vandré, Sérgio Sampaio e Taiguara. A união que fortaleceu a notoriedade destes artistas se deveu ao clima de agitação causado por um período de ditadura militar no coração dos jovens artistas que ousaram contestar o regime através da música. Assim, as canções que formavam a vanguarda musical correspondiam com os valores da juventude daquela época, contestando o regime autoritário num misto de amor com rebeldia. Quem não se adequava a esses padrões ficava de fora da vanguarda e corria um sério risco de passar despercebido pela massa.


Outros que também ficaram de fora poderiam ser notados na década seguinte, onde uma grande inversão de valores acontecia, e a música engajava daria espaço ao rock da babaquice dos anos 80. Lógico, também não devemos esquecer os artistas populares da música romântica, tais como Roberto Carlos, que serão eternamente lembrados pelo povão, que se identificava muito mais com eles do que com a tal MPB, que era o foco de adoração das classes médias universitárias. Os excluídos foram aqueles que se propuseram mais pra MPB do que para o romântico, mas sem abarcar o seu caráter nacionalista e nem tampouco se engjando na luta.

Eis que agora entramos na terceira questão: O que levou Guilherme Lamounier a ser a ser deletado da memória da nossa música? Bom, os dois últimos parágrafos servem de premissa para que se possa responder a esta pergunta. Se o cenário musical brasileiro dos anos setenta, elegia os seus ídolos por suas letras engajadas e por suas influencias musicais puramente regionais, então Guilherme Lamounier não poderia entrar nessa lista. Suas letras que falavam de amor ou de liberdade de uma forma ingênua parecem não haver despertado tanto o interesse de ouvintes mais sedentos por revolta contra o regime em vigor naquele momento. Isso sem falar nas suas influências musicais, quase todas americanas, de modo que eu até me arrisco a afirmar que ele foi um legítimo representante do Folk-Rock brasileiro, ritmo que praticamente não existiu. Quebrou a cara, se esbarrando no sentimento anti-americanista que imperava na conciência da classe média da época e que representavam um grande número de vozes e votos no Brasil.

Por outro lado, algumas fontes biográficas virtuais afirma que ele simplesmente abriu mão da indústria fonográfica por vontade própria, pois não se sentiu bem com os rumos que esta estava tomando, optando assim, por uma vida tranquila. Tudo bem se fosse só isso, mas porque do esquecimento? Digo e repito, ele é apenas uma referência para um mal que atingiu muitos artistas daquela época, assim como foi com Wilson Simonal – Talvez o caso mais famoso de ostracismo da música brasileira – que fez muito sucesso durante um tempo, até ser tachado de delator da ditadura militar, e consequentemente, ser rejeitado pela população. Eis que surge uma tese a se trabalhada em outros próximos textos: “as esquerdas brasileiras sempre foram dominantes no que diz respeito à criação artística e sua difusão através da mídia, ao contrário do que muitos pensam”. Essa tese já foi defendida pelo filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, pelo grande jornalista e intelectual Paulo Francis e pelo saudoso cronista e escritor Nelson Rodrigues. Serei eu o próximo a defendê-la. Mas agora, prefiro ficar com Guilherme Lamounier, este compositor que ainda será redescoberto; afinal, o Brasil precisa da sua música.

Texto | Mateus Souto Maior Barros

1970 | GUILHERME LAMOUNIER

01. Linda
02. Não Lembro Mais
03. Um Passo À Frente
04. Eu e a Chuva
05. A Casa Onde Ela Mora
06. Cristina
07. Febre
08. As Lágrimas Caem
09. Curtição Nº 1
10. O Adeus

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1973 | GUILHERME LAMOUNIER

01. Mini Neila
02. GB em Alto Relevo
03. Patrícia
04. Telhados do Mundo
05. Freedom
06. Capitão de Papel
07. Amanha Não Sei
08. Será que Eu Pus um Grilo na sua Cabeça?
09. Passam Anos, Passam Anas
10. Cabeça Feita

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1978 | GUILHERME LAMOUNIER

01. Estrela de Rock and Roll
02. Seu Melhor Amigo
03. Saci Pererê
04. Serenatas Perfumadas com Jasmim
05. Para, Chega, Basta
06. Liberdade
07. Sandra
08. Eu Preciso de Alguém
09. Ser e Estar

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terça-feira, 16 de abril de 2019

Grupo Soma


SOMA, MISTÉRIO E RAROS REGISTROS NA HISTÓRIA DO ROCK BRASILEIRO

O grupo Soma é um dos maiores mistérios da história do rock brasileiro. Além da lenda, pouco se conhece da banda que teve o cantor Ritchie entre seus integrantes. Em disco, até pouco tempo, a única música conhecida era ‘P. F.’, do disco coletivo ‘O Banquete dos Mendigos’, gravado ao vivo, em 1974.

A história da banda, na verdade, começa na Espanha, mais exatamente em Madri, no Clube Miramar, por volta de 1963/64. Ali, na onda dos Beatles, tocava um grupo chamado Los Finks, que tinha no baixo o americano Bruce Henry. Na época, Bruce era amigo de Fernando Arbex, que começou tocando rock instrumental com Los Pekenikes e depois formou o famoso Los Brincos, o melhor grupo espanhol dos anos sessenta.

Dois anos depois, Bruce estava no Rio de Janeiro, estudando no Colégio Americano. Na escola, conheceu Rick Strickland Jr, outro americano, com quem formou o grupo The Out Casts. Junto com Bruce (baixo e voz) e Rick (guitarra e voz), estavam Chico Azevedo (bateria) e Gee Bee – assim está creditado no disco – (também guitarra). Com idades em torno de 16 anos e visual psicodélico, que incluia roupas coloridas, show de luzes e bateria fluorescente, The Out Casts fez um certo sucesso na cena carioca de garagem. O grupo apresentava-se em clubes como Boliche 300 e Paissandu e também na televisão.

Em 1967, abriram show para Roberto Carlos, no pavilhão do São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Totalmente obscuro, o grupo gravou um álbum chamado ‘My Generation’, em 1967. No repertório, composições originais e covers para clássicos dos The Who, The Rolling Stones e Bob Dylan, entre outros. O disco foi lançado pelo desconhecido selo ELPA, que vinha a ser uma espécie de tentativa do Elenco – de Aloysio de Oliveira, especializado em bossa nova – de criar um braço pop. Além do álbum, ainda foi lançado um compacto com ‘My Generation’ (The Who), que abre o LP. O grupo acabou em 1968, deixando um segundo disco gravado, mas que nunca foi editado, devido a falência do selo.

Um ano após, Bruce Henry já havia formado o grupo Soma, enquanto Chico Azevedo passou a tocar com Gilberto Gil e outros músicos e Rick Strickland Jr. abandonou a música. Soma, estréia em 1969 Ao contrário do que muita gente pensa, o Soma, portanto, não começou em meados dos anos setenta. O grupo nasceu em 1969, formado por Bruce Henry (baixo e voz), mais Jaime Shields (guitarra e voz), Alírio Lima (bateria) e, ainda, Ricardo Peixoto (guitarra), que depois tocou com Flora Purim e Airton Moreira. Como trio, o grupo gravou quatro músicas para a coletânea ‘Barbarella’ (nada a ver com o filme), lançada pelo selo (nacional) Red Bird Records, em 1971. Sem sucesso, e com o clima ditatorial adverso, o grupo deu um tempo, com seus integrantes dispersando-se pelo mundo. Em 1974, o grupo reorganizou-se, já com a presença do vocalista e flautista Richard Court (Ritchie), recém chegado da Inglaterra, de onde veio à convite de Rita Lee.

Com Bruce, Shields, Alírio e Ritchie participa de espetáculos no Rio de Janeiro, especialmente do show/disco coletivo ‘Banquete dos Mendigos’, produzido por Jards Macalé, em comemoração aos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Na mesma época, Bruce, Jaime e Alírio, gravaram uma das maiores raridades da discografia nacional, a trilha sonora de ‘Mailbag Blues’, um filme sobre Ronald Biggs, então vivendo no Rio de Janeiro, que acabou não rolando – mas terminou reeditado recentemente, por um selo inglês. Segundo o próprio Bruce, o nome ‘Mailbag Blues’ referia-se as cantorias dos presos de “Sua Majestade” enquanto costuravam sacos de correio, nas cadeias da Inglaterra.

Além dos três músicos do Soma, participaram do projeto o saxofonista Nivaldo Ornellas e o tecladista Guilherme Vaz, que depois escreveu a premiada trilha sonora do filme ‘Rainha Diaba’. A fita, inicialmente bancada pelo próprio Ronald Biggs, depois de várias tentativas de edição, tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos, se perdeu nos escaninhos do tempo. Segundo Bruce, a negativa vinha sempre acompanhada da justificativa de que não seria “ético” lançar um material envolvendo a controvertida figura de Biggs.

Argumento hipócrita, derrubado logo após pelos conterrâneos Sex Pistols, que gravaram, posaram para fotos e elegeram um de seus ídolos o assaltante do trem pagador. Anos mais tarde, Bruce Henry ganhou de presente, do proprietário do estúdio, o master original das gravações. Em meados dos anos setenta, com participação do pianista Tomas Improta, a banda passou a realizar shows com influência mais jazística, até terminar já quase no final da década. Bruce Henry foi o único do grupo a se manter ativo no meio musical, com participação em gravações dos principais músicos brasileiros e vários álbuns solos editados.

Texto retirado de | Fernando Rosa

1971-1974 | COLETÂNEA

01. Só Morto - Compacto | Soluços (com Jards Macalé)
02. Só Morto - Compacto | O Crime (com Jards Macalé)
03. Só Morto - Compacto | Só Morto (Burnin Night) (com Jards Macalé)
04. Só Morto - Compacto | Sem Essa (com Jards Macalé)
05. O Banquete dos Mendigos | Albuquerque Woman
06. O Banquete dos Mendigos | P.F. (Ritchie nos vocais)
07. O Banquete dos Mendigos | Um Dia
08. Barbarella | Fragments
09. Barbarella | Potato Fileds
10. Barbarella | Treasures
11. Barbarella | Where
Bonus | The Out Casts (Singles)
12. The Outcasts - Weird Ties Wide Belts And...
13. The Outcasts - Dying
13. The Outcasts - My Genetation

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sábado, 13 de abril de 2019

Matuskela


Grupo brasiliense composto por Anapolino (Lino), Toninho Terra, Joãozinho, Rodolfo, Machado e Onildo. Duraram exatos 14 anos (de 1966 até 1980), neste tempo eles ensaivam no Núcleo Bandeirante, a conhecida Cidade livre. Filhos de pioneiros vindos de Goiânia, Minas e Recife eles eram conhecidos como a melhor representação musical de Brasília e causavam sensações principalmente nas festas de formatura e apresentações nas matinês em Taguatinga, Sobradinho, Setor de Clubes, Gama entre outras. Na mesma época eram concorrentes da banda os conjuntos: Élson Sete Raulino e Super Som 2000.

A banda fez grande sucesso local no início dos anos setenta. Criada na cidade de Brasília em 1966 por Anapolino, Rodolvo e Joãozinho. Gravaram um compacto, em 1972, com o hit Suza Suzana e, depois, um LP chamado Matuskela, pelo selo Chantecler. Intitulado apenas Matuskela, o LP é marcado pela sonoridade folk-psicodélica, destacando-se a canção A Idade do Louco (Velho Demais), de Zeca Bahia e Clodo.

A Banda Matuskela ganhou o 2° festival universitário do CEUB em 1972, ficando em 1° e 2° lugar. Em primeiro lugar com a música “Placa Luminosa” (música de Clodo e Zeca Bahia) em segundo lugar com a música “Sino sinal aberto”. Neste mesmo festival a banda levou o prêmio de melhor arranjo música e melhor interprete.

A banda fez várias turnês pelo Brasil com seus bailes e shows, ainda mais depois que a música “Velho Demais” foi trilha sonora da novela global Sem Lenço e Sem Documento. Neste período o Matuskela morava na capital paulista.

Texto retirado de | Brazilian Nuggets

1973 | MATUSKELA

01. Idade do Louco
02. Canto
03. Uma Sopa de Saudade
04. A Morte da Morte
05. Viver Mama
06. Maria Pureza
07. Atrás da cortina
08. Uma Maneira de viver
09. Trapo Humano
10. Raízes
11. Cavalgada
12. A Gente Tem Que Ter
13. Suza Suzana

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quarta-feira, 10 de abril de 2019

Suely e Os Kantikus

Suely Chagas conheceu Rita Lee em 1962, quando iam para a escola no mesmo bonde. Apaixonadas por esportes e música, fundaram um grupo vocal: The Teenage Singers. Logo tornaram-se fãs dos Beatles e conheceram os garotos da banda Wooden Faces, Arnaldo Baptista e Raphael Villardi, entre eles. Depois de apresentações em comum em bailinhos e festinhas, as duas bandas se juntaram para se tornar o Six Sided Rockers, já com Sérgio Dias na guitarra.

Suely nessa época era o destaque do grupo, tanto que foi escolhida por Tony Campello para ser a sucessora de sua irmã, Celly Campelo, que casou e abandonou a carreira musical. Mas tudo foi por água abaixo quando Suely ganhou uma bolsa para estudar nos EUA. Quando voltou, o Six Sided Rockers havia se transformado em O’Seis, que depois virou Os Mutantes. Sobrou então para Suely montar um novo grupo com Raphael Villardi, qua também havia perdido a boca nos Mutantes. Assim nasceu Suely e Os Kantikus, que contava com um jovem e talentoso guitarrista chamado Lanny Gordin.

O grupo gravou este único compacto pela Philips. A tropicalista “Que Bacana” tinha a cara dos festivais, mas a distorção de Lanny era tão selvagem que seria impossível a canção conquistar o grande público. O mesmo pode-se dizer de “Esperanto”, que soava ainda mais psicodélica. Depois do compacto, Suely entrou na faculdade, virou dentista e nunca mais gravou.

Texto | Bento Araújo


1968 | COMPACTO

01. Que Bacana
02. Esperanto

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domingo, 7 de abril de 2019

The Beatniks


Passando por diversas formações, o conjunto The Beatniks nasceu Analphabeatles e mudou de nome por existir mais bandas homônimas, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Nos idos de 1965, injetaram beatlemania nos programas 'Jovem Guarda', apresentado por Roberto Carlos na TV Record, e 'O Bom', comandado por Eduardo Araújo, e na TV Excelsior (SP), Canal 9. A banda The Beatniks, quando não acompanhava a cantora Silvinha, também tocava nas domingueiras paulistas e nos famosos shows promovidos pela Rhodia/Fenit.

Depois do beat europeu flertaram com a "cultura" da pisicodelia, que imperava simultânea por todo o mundo em 68. Gravaram uma das mais lindas versões de Glória, de Van Morrisson, num chapante compacto duplo pela etiqueta Mocambo, da gravadora pernambucana Rosemblit.

Uma aparição em 1975 foi documentada, mas em 1984 com outra formação, o grupo voltou a cena e fez uma série de shows; desaparecendo depois, como desapareceram os disquinhos, raridades valiosas recuperadas graças a colecionadores aficionados, como o pessoal da Misty Lane, uma gravadora bacana de Roma, Italia, que editou só no formato de vinil - Mini Long Play de 10 polegadas - todos os registros do grupo.

Com Bogô, guitarra, vocal e cabeça pensante da banda; Márcio, guitarra e vocal; Nenê, baixo, depois Incríveis; e Nino gravaram ‘Cansado de Esperar’ e ‘Este Lugar Vazio’, compacto originalmente lançado em 66, pela CBS. E, depois pela Mocambo, em 68, ‘Era um Rapaz que Como Eu Amava Os Beatles e Os Rolling Stones’ e ‘Outside Chance’, uma versão dos Turtles.

Também passaram pela banda Mário Lúcio, no baixo, e Pandinha na bateria. Com a formação: Márcio e Tuca, guitarras e vocais; Cláudio, baixo e Norival na bateria gravaram o famoso single duplo, também pela Mocambo em 68, com ‘Glória’, ‘Fire’ , ‘Eu Te Encontro’ e ‘Alligator Hat’.

Texto retirado de | Brazilian Nuggets

1968 | COMPLETE MOCAMBO SINGLES

01. Glória
02. Fire
03. Eu te Encontro
04. Alligator Hat
05. Era um Rapaz que Como Eu...
06. Outside Chance



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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Silvinha


Silvinha é uma das cantoras mais importantes da Jovem Guarda, mas esse disco foge do que se espera quando se fala em Jovem Guarda. Gravado em 1971, o álbum sem título mostra músicas completamente influenciadas pelo som do início da década de 70, como o rock progressivo, com muito psicodelismo, e até com um pouco da sonoridade da Black Music.

Neste álbum Silvinha mostra uma voz bastante forte e aguda, que em alguns momentos chega a ter uma rouquidão no estilo de Janis Joplin, principalmente na versão com guitarras distorcidas de Paraíba, de Luiz Gonzaga (uma das melhores do disco). As letras, na maioria das vezes, são extremamente simples e diretas, como costumava ser com a maioria dos músicos da Jovem Guarda.

Os destaques ficam para Você já morreu e se esqueceu de deitar e Estou pedindo baby, que tem um ritmo dançante com forte influência da black music. Na versão de Risque, de Ary Barroso, com um instrumental psicodélico, Silvinha também mostra bastante potência em sua voz.

Texto retiraddo de | Discos Que Ouvi

1971 | SILVINHA

01. Voce Já Morreu e Se Esqueceu de Deitar
02. O Que Fazer para Te Esquecer
03. Estou Pedindo Baby
04. Deixa a Cinza Deste Inverno Passar
05. Prá Toda a Geração
06. Paraíba
07. Risque
08. Seu Amor Ainda é Tudo Pra Mim
09. Leve a Vida
10. É Minha Opinião
11. Nossos Filhos Serão Pais

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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Fábio


Juan Senon Rolón (Horqueta, 9 de fevereiro de 1946) mais conhecido simplesmente como Fábio, é um cantor paraguaio naturalizado brasileiro e radicado no Brasil.

uan iniciou sua carreira aos 16 anos em 1966 no programa Alegria dos bairros da Rede Record, nessa época usava o nome artístico Juanito, no ano seguinte conhece Carlos Imperial, que o convenceu a trocar de nome, passou a ser Fábio.

Nessa época conheceu Tim Maia, Tim que havia morado um tempo nos Estados Unidos, apresentou a Fábio a Soul music, Fábio ouviu Tim cantar “Wonderfull World” de Sam Cooke e ficou bastante impressionado com estilo, até então o cantor estava habituado com canções paraguaias e o iê-iê-iê.

Seu primeiro single foi a canção “Lindo Sonho Delirante”, composta em parceria com Carlos Imperial, a canção, gravada com a banda The Fevers, inspirada em Lucy in the Sky with Diamonds, que faz alusão ao LSD, a capa do compacto trazia as Letras “LSD” logo acima do nome da canção, além de “Lindo Sonho Delirante”, o compacto trouxe a canção “Reloginho”. Estourou nas paradas de sucesso com Stella, gravada em 1969. Com Tim Maia chegou a compor alguns sucessos, e ao longo da carreira gravou 23 discos, conquistando importantes prêmios.

Também é conhecido por gravar vinhetas para a Rádio Globo do Rio de Janeiro, em que diz, com eco, o nome da emissora, precedido de um assovio; e dos times cariocas de futebol. Todas essas vinhetas até hoje estão no ar.

Em 2007, Fábio publicou o livro “Até Parece Que Foi Sonho – Meus 30 anos de Amizade e Trabalho com Tim Maia.

Texto retirado de | Woodstock Sound

1972 | OS FRUTOS DE MI TIERRRA...

01. Manuela
02. Viajante
03. Menino de Braçanã
04. Pai e Filho
05. Guantanamera
06. Hino da República
07. Marina
08. Os Frutos de mi Tierra
09. Cravo e Jasmim
10. Encouraçado
11. Magia
12. Fonte da Saudade

Bonus | Compacto 1968
01. Lindo Sonho Delirante
02. Reloginho

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sexta-feira, 29 de março de 2019

Equipe Mercado


Grupo de rock formado por Diana (voz), Leugruber (guitarra), Ricardo Ginsburg (guitarra), Stul (violão, baixo, piano e voz), Carlos Graça (bateria) e Ronaldo Periassu (percussão) em 1970 na cidade do Rio de Janeiro, tendo como influência maior o rock psicodélico dos anos 60.

Lançou em 1971 um compacto simples com as músicas “Os campos de arroz” e “Side b rock”, encerrando suas atividades no ano seguinte, e apenas dois compactos simples, o que soma um conjunto de apenas cinco músicas. E uma participação no LP “Posições”

Afora os Mutantes, a história do rock psicodélico brasileiro da virada dos 60 para os 70 é muito mal contada. Não que seja uma história extensa, longe disso, mas ainda assim ela contém algumas pérolas inacreditavelmente pouco conhecidas, quando não totalmente obscuras. A Equipe Mercado é uma dessas.

De mais significativo no mercado discográfico, apenas a participação com “Marina Belair” na mítica coletânea Posições, junto com Módulo 1000, Som Imaginário e A Tribo, em 1971. Além dessa faixa, apenas dois compactos simples, o que soma um conjunto de apenas cinco músicas. “Mary K no Esgoto das Maravilhas” é uma estonteante faixa de teatro musical aditivado, Broadway com LSD.

Se a parte de musical corresponde à parte palatável da melodia, grudenta até não mais poder, a parte aditivada corresponde à confusão entre as duas vozes, às intervenções incidentais (há um “bye bye blackbird” repetido à exaustão num dado momento), a todas as mudanças de andamento e acompanhamento, mas principalmente pela doidivanas letra da canção, que começa com “My name is Mary K, noiva da américa/ruiva de Robin Holly Wood/A ruiva noite noiva of Mary Pickford/A piquenique noiva de Douglas Fairbanks”.

Em matéria de irreverência, a canção é do nível das coisas mais irônicas dos Mutantes, como “Meu Refrigerador Não Funciona” ou a versão debochada de “Chão de Estrelas”. Mas o pique da Equipe Mercado é outro, e não se presta tanto a comparações. “Mary K no Esgoto das Maravilhas” é o amor por uma doce sabotagem da cultura pop americana (“This is the end, Mary Pickford, isso significa: acabou”) em seu próprio terreno de encantamento, as canções melosas de musical que se transformam em delírios esquizos e dissonantes.

É um pouco o mesmo charme de Uma Mulher É uma Mulher de Godard, a fofura do gênero e seu making of brechtiano. Uma música e um grupo criminosamente esquecidos da música brasileira, mas acima de tudo uma deliciosa brincadeira levada a sério que nos carrega em sua molecagem.

Texto retirado de | Woodstock Sound

1970-1975 | COLETÂNEA

Compacto 1970
01. Mary K no Esgoto das Maravilhas
02. Poesonscópio de Mil Novecentos e Quarenta e Quinze
Compacto 1971
03. Campos de Arroz
04. Side B Rock
LP Posições 1971
05. Marina Belair
Diana & Stul | Compacto 1972
06. Ai! Que Dor
07. Não É Preciso Correr
Diana Strella | Rock Horror Show 1975
08. Me Toque, Me Toque, Toque, Toque

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terça-feira, 26 de março de 2019

Os Leif's


Com roupas de espadachin, astronauta, lutador medieval e pierrot, assim apareceram Lico, Jorginho, Pepeu e Carlinhos, os quatro participantes do conjunto Leif´s, que tem duas guitarras elétricas, um baixo e uma bateria.

O lançamento pioneiro aconteceu em 1970, gravado nos estúdios ” Gazeta” em São Paulo. Porém, já em 1969 “Os Leifs” já participava de um grande Festival que marcou a história da música brasileira, com a participação de Tim Maia, Os Mutantes, Gal Costa, Beat Boys entre outros.

Os Leif’s foram também a banda que acompanhou Gilberto Gil e Caetano Veloso em 1969, e Novos Baianos em 1970. A banda tinha em sua característica cores e desenhos psicodélicos como marca e letras em plena sintonia com a Tropicália em toques “hendrixianos”.

Os Leifs depois teve seu nome mudado para A Cor do Som.

Texto | Bilesky Discos

1970 | COMPACTO

01. Fobus In Totum
02. Nem Sei De Mim

Bônus | OS MINOS

Compacto 1967
01. Vem Meu Bem
02. Aprenda a amar

Compacto 1968
01. Febre De Minos
02. Fingindo me amar.

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