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domingo, 17 de fevereiro de 2019

Ronnie Von


Eis o famoso disco psicodélico do tio Ronnie. O primeiro da trilogia. Aqui, ele fez ao mesmo tempo um dos melhores discos de música brasileira e o maior suicídio comercial da história.
Junto a Arnaldo Saccomani e do maestro Damiano Cozzela, introduziram a psicodelia na música nacional com ecos de Beatles e Beach Boys, orquestrações e guitarras garageiras.

Abre com poesia em "Meu Novo Cantar" até entrar em uma levada pra lá de garage rock, passa por orquestrações sinfônicas com letra surrealista em "Espelhos Quebrados", guitarras com distorções Hendrixianas em "Silvia, 20 horas, domingo", passa pelo cancioneiro tradicional, onde mistura guitarras e efeitos, até terminar na circense "Canto de Despedida". Um disco amplo, plural que mostra a genialidade de um Ronnie inquieto que teve coragem pra fazer um dos discos mais impensados e anos luz a frente de sua época.

Totalmente incompreendido quando lançado, só passou a ter valor após 2000 quando foi eleito o melhor e mais raro disco de música psicodélica do mundo por uma renomada revista internacional. A volta por cima de um músico pra lá de antenado e corajoso. Disco irrepreensível e essencial.

Isso significa que tio Ronnie é um artista incrível e incompreendido?

Texto | Junior Ferreira

1968 | RONNIE VON

01. Meu Novo Cantar
02. Chega De Tudo
03. Espelhos Quebrados
04. Sílvia - 20 Horas, Domingo
05. Menina De Trança
06. Nada De Novo
07. Esperança De Cantar
08. Anarquia
09. Mil Novecentos E Além
10. Tristeza Num Dia Alegre
11. Contudo, Todavia
12. Canto De Despedida

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Paulinho Pedra Azul

Paulo Hugo Morais Sobrinho, o Paulinho Pedra Azul, é um cantor, poeta, artista plástico e compositor brasileiro.

Nascido em Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, no dia 3 de agosto de 1954.

Além de músico, também é autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 15 livros.

Sua carreira artística teve início por volta dos 13 anos de idade, inicialmente com as artes plásticas. Enveredando pela música participou de um conjunto chamado “The Giants”, em que trabalhou com Rogério Braga, Mauro Mendes, Marivaldo Chaves, Salvador, Edmar Moreira e André, interpretando canções dos Beatles, The Fevers, Os Incríveis, Erasmo e Roberto Carlos, dentre outros.

A partir do final dos anos 1960 participou de festivais regionais de música e de poesia, tendo realizado inúmeros shows em cidades do interior de Minas Gerais. Nos anos 70, mudou-se para São Paulo onde morou por dez anos, período no qual trabalhou com o cantor, humorista e ator Saulo Laranjeira, também oriundo de Pedra Azul. Retornou depois para Minas, se fixando em Belo Horizonte onde até hoje reside.

Durante o tempo em que viveu em São Paulo gravou seus três primeiros discos. O LP de estréia fez grande sucesso com a canção que lhe dá o título: "Jardim da Fantasia", popularmente conhecida como "Bem-te-vi".

Com um estilo que varia do romântico à MPB, fortemente influenciada pelo Clube da Esquina, e com algumas composições de chorinhos, Paulinho Pedra Azul tem 21 discos gravados, a maioria deles independentes, tendo vendido cerca de 500 mil exemplares de toda a sua obra. É também autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 15 livros, dentre eles “Delírio Habanero - Pequeno Diário em Cuba”, escrito durante visita à ilha de Fidel Castro.

Apesar de não ser um constante freqüentador da mídia de massa, Paulinho Pedra Azul consegue ser conhecido por um segmento específico que envolve principalmente universitários. Pesquisa feita pela AMAR (Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes), o destacou como o segundo cantor mais conhecido de Minas Gerais, perdendo apenas para Milton Nascimento.

Texto: Wikipédia

1982 | JARDIM DA FANTASIA

01. Ave Cantadeira
02. Pobre Bichinho
03. Valsa do Desencanto
04. Voarás
05. Nascente
06. Cortinas de Ferro
07. Jequitinhonha
08. Cantar
09. Jardim da Fantasia
10. Vagando

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Kris Kringle

Kris Kringle foi um projeto paralelo, um dos nomes de grife usados pelo grupo Memphis, campeão das domingueiras paulistanas no Clube Pinheiros e Círculo Militar em São Paulo, no início dos anos 70. O Memphis começou em 1966 como Bumble Bees e passou pelo Colt 45, mas também usou nomes de grupos fantasmas, como The Fox, Beach Band, Young Fellow, Joe Bridges e Baby Joe.

O Kris Kringle (Papai Noel em alemão) lançou o petardo “Sodom” em 1971. Entre as várias versões de músicas de sucesso, destaque para a versão heavy-psicodélica de "Help", dos Beatles, o progressivo jurássico de "Sarabande" e o som Deep Purple total de "That's my love for you". Tudo no lugar: riffs grudentos, solos sinuosos, bateria acelerada, vocal hard e coruscantes linhas de baixo do virtuose Nescau. E, claro, órgão Hammond sempre na hora certa e na medida. Do primeiro ao último sulco, rock puro na veia!

Um avanço para a época, o LP já foi lançado em estéreo, em ótima produção do mago de estúdio Cesare Benvenuti. Experimente ouvir com fones de ouvido de boa qualidade. Tudo foi gravado, mixado e masterizado (no talo!) à perfeição, no histórico Estúdio Gazeta (Estúdios Reunidos), na Av. Paulista, 900, no quarto andar do prédio da Fundação Cásper Líbero. Diferentemente até de CDs produzidos nos anos 90, o som é forte, redondo, encorpado e tonitruante. Nada de som de radinho de pilha, muito menos bateria de caixinha de fósforos. Meia hora de pau puro, para nenhum headbanger botar defeito!

Pelo grupo, passaram, entre outros: Dudu França (Joe Bridges), bateria e lead vocal; Marcos Maynard (Marcão), guitarra-base, órgão e vocais; Carlos Alberto Marques (Carlinhos), guitarra, saxofone e vocais; Juvir Moretti (Xilo), guitarra-solo e vocais; Marco Antônio Fernandes Cardoso (Nescau), baixo e vocais; e Otávio Augusto Fernandes Cardoso (Otavinho), guitarra-base, teclados e vocais.

Sodom é um lugar de confusão, cenas de tumulto, confusão e gritaria. Homem maluco ou lunático sem ordem! No conceito de Kris Kringle, a palavra recebe um novo e diferente sentido. Sodom vem a ser o som de duas vozes, Kris Kringle e Joe Bridges; separadamente explosivas e, quando juntas, incomparáveis.

Sodom são as cordas da guitarra, movidas ferozmente por Mark Kringle. Sodom é o movimento de Joe Bridges, que não toca, mas ataca sua bateria. Sodom é você, a audiência acompanhando o ritmo com as mãos, deixando-os juntos nesse palpitante ritmo, e seus pés acompanhando com a dança, porque o som os força a isso.

Enfim, Sodom é o agradável trabalho, excitação e exaustão que entram na criação de um LP que não é um LP, mas um ato final num longamente esperado sonho. É a criação de seis rapazes guiados por seu produtor. (Trad. Peja Prod.)


O encarte viajandão parece usar linguagem cifrada. Além disso, finge, na maior caradura, ser tradução de um suposto original em inglês. As ilustrações também são totalmente psicodélicas, "mutcho lôkas" mesmo, condizentes com a viagem musical proposta pelo disco. O álbum, disputado a tapa nos sebos nacionais e internacionais por até US$ 300, teve bastante repercussão, pois mereceu uma segunda edição em 1972, e até um single lançado na França.

Por: Silvio Atanes

1971 | SODOM

01. Louisiana
02. Help
03. That's My Love for You
04. The Resurrection Shuffle
05. Janie Slow Down
06. Susie
07. The Monkey Song
08. Sarabande
09. Mr. Universe
10. What You Want

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

The Buttons

The Buttons na verdade eram uma derivação do grupo The Snakes, que foi formado em 1963 na Vila Califórnia em SP, por: Alaor (baixo), Evandes e Carlão (guitarras solo), Milton (guitarra base) e Nelson na bateria. Tratava-se de um grupo instrumental que se apresentavam tocando exclusivamente musicas dos The Ventures e The Shadows.

Por volta de 64/65 o grupo mudou a formação saindo Evandes e Milton e entrando Sidney nos teclados e Carlinhos na guitarra base, mudando o nome e o estilo para, Os Botões, passando a tocar Beatles e os sucessos das rádios nos shows e bailes. Essa formação perdurou até 1970 quando gravaram com o nome de The Buttons um compacto com a musica Whispering, e em seguida um LP. Logo após a gravação foi a vez do Alaor sair do grupo para seguir sua carreira de empresário, (pra quem não sabe, o Alaor é fundador da Snake e Ookipik, quem não lembra dos aparelhos, falantes e guitarras fabricadas por ele) nesse ponto o Carlinhos assumiu o baixo e a banda seguiu com quatro músicos.

Em 71 sai o Nelson da bateria para a entrada de Eduardo (Transa som) que ficou pouco tempo dando lugar ao grande baterista Marinho Thomas, nessa época o grupo chegou a gravar com o nome de The Union, porém só obtiveram sucesso em 73 quando gravaram um LP com a musica Me and You já com o nome “Dave Maclean” que foi tema da novela da Rede Globo - Ossos do Barão.

Em 74 novas mudanças, saem Carlinhos e Sidney e entram: Mario testoni nos teclados e João Alberto no baixo. Com essa formação gravam um Lp com a musica We Said Goodbye que foi um enorme sucesso. Neste ponto acontece a mudança definitiva, Carlão passa a seguir sua carreira solo como Dave Maclean e João Alberto, Mario Testone e Marinho Thomas se juntam ao Casa das Maquinas.

Texto | Dave Maclean

1970 | THE BUTTONS

01. Happy Mary
02. Slow Down
03. Birds In My Tree
04. Dear Old Mrs. Bell
05. Moonlight Serenade
06. Look My World
07. The Sound Of Night
08. Free World
09. Why
10. I Never Tried
11. Whispering
12. I'm Thinking Of Rita

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sábado, 9 de fevereiro de 2019

Lailson & Lula Côrtes


Lançado em 1973 por Lailson e Lula Côrtes, o LP Satwa tornou-se uma lenda entre os colecionadores do rock psicodélico dos anos 70.

O raro ‘Paêbirú’ com Zé Ramalho é clássico, mas ‘Satwa’, desta vez com Lailson, é outra obra-prima do pernambucano Lula Côrtes, que não merece a obscuridade a que foi submetida por três décadas.

Gravado em 1973, o disco traz a dupla tomada por uma lisergia pós-Woodstock, capaz de assustar incautos ouvintes em pleno 2001. Músicas como ‘Alegro Piradissimo’, ‘Valsa dos Cogumelos’ ou ‘Blue do Cachorro Muito Louco’ não deixa dúvidas sobre o conteúdo do vinil tosco, mas com ótimo som.

Instrumental, com pequenas incursões vocais, o disco traz dez canções "produtos mágicos das mentes e dedos de Lailson e Lula", como diz na contra-capa do álbum, produzido pela dupla, mais Kátia. Além dos de Lula e Lailson, Robertinho de Recife também faz uma ponta no disco, tocando ‘lead guitar’ em 'Blue do Cachorro Muito Louco’, um blues lento e viajandão.

O som predominante do disco, no entanto, é um folk nordestino/oriental, resultado da mistura da cítara popular tocada por Lula, e da viola de 12 cordas de Lailson. Algo como uma sucessão de ragas ou mantras, interpretadas por Cego Aderaldo movido a incenso, cogumelos e outros "expansores da musculatura mental", como diz Arnaldo Baptista.

Fruto da cena nordestina pós-tropicalismo e/ou psicodélica, ‘Satwa’ foi "curtido" nos Estúdios da Rozenblit, em Recife, entre os dias 20 e 31 de janeiro de 1973. Participam do disco, ainda Paulinho Klein, que divide com Lula as "curtições fotográficas" e o engenheiro de som Hercílio Bastos (dos Milagres).

Com tiragem limitada e distribuição basicamente regional, o disco desapareceu tão logo surgiu, permanecendo como uma lenda para o restante do país. Sem reedição em vinil, e inédito em cd, ‘Satwa’ ainda não entrou para o catálogo informal de cdrs que, mal ou bem, democratiza o acesso à história musical do país.

Várias propostas foram feitas para relançar o álbum, mas os autores nunca consideraram isto necessário, pois um dos valores da obra é ter sido o primeiro LP independente gravado no Brasil.
Em janeiro de 2004, porém, o produtor musical Nemo, colecionador e proprietário do selo Time-Lag Records, de Portland, Maine, EUA, localizou Lailson através da Internet. Nemo produz LP's

em vinil para colecionadores em tiragens limitadas e sugeriu fazer uma nova edição de Satwa em vinil e em CD.

Desta vez os autores acharam a idéia interessante, pois até o nome do selo (que significa Lapso de Tempo) explicava bem o que tinha acontecido com a obra:ela tinha dado um salto no tempo para ser reencontrada 30 anos depois e ser melhor compreendida.

Como a matriz fonográfica do disco foi perdida na inundação da gravadora Rozemblit em 1975, foi feita a recuperação das músicas através de uma das últimas cópias originais em vinil que Lailson possuía, passando o som através de filtros para eliminar ruídos e chiados.

Lailson escreveu um texto para o encarte da nova edição e Erika Elder fez a nova produção gráfica, que mantém as capas exteriores como na edição original.

Texto retirado de | Musicaria Brasil

1973 | SATWA

01. Satwa
02. Can I Be Satwa?
03. Alegro Piradíssimo
04. Lia, A Rainha Da Noite
05. Apacidonata
06. Amigo
07. Atom
08. Blue Do Cachorro Muito Louco
09. Valsa Dos Cogumelos
10. Alegria Do Povo

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Recordando o Vale das Maçãs


O ano de 1977 viu nascer no Brasil um dos grupos mais fantásticos do rock progressivo nacional. Através do álbum As Crianças da Nova Floresta, o Recordando o Vale das Maçãs estabeleceu-se como um dos principais nomes da música na virada da década de 70 e para os 80, com canções que remetiam para as origens do rock progressivo, mas sem exagerar em técnica ou virtuosismo, apenas empregando letras sensacionais em arranjos belíssimos e encantandoramente trabalhados.

O Recordando o Vale das Maçãs foi formado em 1973, em Santos (SP) através dos amigos Fernando Pacheco (violões e voz), Fernando Motta (violões e percussão) e Domingos Mariotti (flauta, voz), com a ideia de tentar mostrar o som da natureza através da música. Motta e Pacheco já haviam tocado juntos nos grupos Os Lobos e End Up Six.

Com o passar dos anos novos músicos uniram-se ao grupo, sendo que Domingos saiu em 1977. Pacheco, Motta, Luis Aranha (violino), Moacir Amaral (flautas), Eliseu de Oliveira (teclados), Ronaldo Mesquita (baixo) e Milton Bernardes (bateria) gravaram As Crianças da Nova Floresta, gravado em 1977, mas lançado em 1978, e que é considerado por muitos (eu incluso) o melhor disco de rock progressivo brasileiro já lançado (na frente de qualquer um de O Terço, Mutantes, O Som Nosso de Cada Dia e Módulo 1000).

De uma forma geral, o disco apresenta letras similares às do Yes, contando histórias de alegria, superação, força de vontade e também alguns momentos de misticismo, sempre passando um lado "natureza" em todas as faixas, destacando o excelente trabalho entre flauta, violões e percussão. As canções do Lado A de As Crianças da Nova Floresta, tratam sobre esperança ("Rancho, Filhos e Mulher", mitologia ("Besteira"), loucura ("Olhar de Um Louco") e vida ("Raio de Sol").

Mas é justamente quando você coloca a agulha no lado 2 que você sente o diferencial do Recordando o Vale das Maçãs para as demais bandas do rock progressivo nacional daquela época. Tudo bem, "1974" é um clássico do Terço, "O A E O Z" é uma canção que caberia muito bem em qualquer disco do Yes, mas "As Crianças da Nova Floresta" está muito acima de todas as citadas.

O começo suave, com a flauta e os violinos sendo introduzidos ao mesmo tempo do violão e do baixo (que merece destaque em todo o álbum), dão sequência ao estribilho de teclados que leva ao início a letra ("quando eu penso nas voltas, que a vida, nos leva a dar ..."). O ritmo lento, com a flauta fazendo intervenções junto com a voz, é simplesmente encantador. A bateria segura de Milton marca a canção quase com uma precisão cirúrgica, enquanto a letra vai descorrendo sobre como se livrar dos problemas, vendo que outras pessoas tem problemas piores que você, que você precisa mudar algumas situações/opiniões para ser mais feliz. Enfim, um quase "Close to the Edge" brasileiro.

As harmonias vocais juntamente dos tecados vão aumentando o ritmo da canção, até chegarmos no momento onde você "encara os problemas de frente", com um belo solo de baixo seguido por uma sequência de solos de teclado e baixo. A flauta soa mais forte, acompanhada pelo violão de 12 cordas de Pacheco, onde as verdades que precisam ser vistas são mostradas.


"Olhe tudo do jeito que você quiser ver, mas antes olhe pra dentro de você, o caminho começa por aí" é o ponto mais forte da canção, que segue no mesmo ritmo, com o baixo tomando conta da canção juntamente com a letra e os acompanhamentos dos violões. Por fim, "unam-se as mãos e venham conhecer essas crianças, por que essas crianças são vocês" encerra a letra, mostrando que todos somos crianças, que temos que evoluir e não criar problemas, mas sim aprender a solucioná-los. Uma bela letra para uma bela canção, que termina com uma voz feminina angelical, que não dá pra saber se é de uma mulher ou de uma menina, mas que fecha com chave de ouro essa canção. Esses vocais foram feitos pela cantora Cristina Lobão, que saiu do grupo ainda em 1977.

O grupo acabou sendo contratado exclusivo da TV TUPI, chegando inclusive a ter um clip que passava 6 vezes por dia na TV, durante 3 meses. Paralelo a isso, o Recordando o Vale das Maçãs participavou regularmente de um dos maiores programas de audiencia na época, "Almoço com as Estrelas", apresentado por Lolita Rodrigues e Airton Rodrigues.

Em 1982, o grupo lançou o compacto "Sorriso de Verão/Flores na Estrada", que segue a mesma linha do LP lançado quatro anos antes, agora com o baterista Lourenço Gotti, mas infelizmente a banda não atingiu o sucesso que merecia. A TVTUPI já havia fechado, e o Recordando o Vale das Maçãs passou a gravar especiais para TV Cultura, e participando de programas na Bandeirantes e Globo, com "Sorriso de Verão" levando-os ao primeiro lugar nas rádios (FM) de Santos, onde permaneceram durante 6 meses.

Depois disso, o grupo separou-se. Em 1987, Fernando Pacheco lançou o excelente Himalaia, que conta com a participação de alguns músicos do RVM no lado A.

Nos anos 90, voltaram a fazer shows pelo Brasil, culminando no lançamento de As Crianças da Nova Floresta II (1994), o qual resgata canções de As Crianças da Nova Floresta e também de Himala, porém em versões instrumentais. O grupo foi descoberto na europa e no Japão, já que As Crianças da Nova Floresta havia sido lançado por lá, em 1994, os leitores da revista francesa Big Bang elegeram As Crianças da Nova Floresta II como o melhor álbum de progressivo daquele ano, recebendo então o convite, através da embaixada francesa, de participar do Fête de la Musique em Paris, em 1997. Em 2006, foi lançado Spirals of Time, que apesar de não conter o nome do grupo, foi gravado pelos mesmos integrantes que mantém o nome Recordando o Vale das Maçãs na ativa.

Atualmente a banda faz shows em Minas Gerais,ao mesmo tempo que Domingos e Motta acabaram de lançar o excelente Reunião, mantendo o charme e a pureza dos anos 70, cultivadas através da semigual suíte "As Crianças da Nova Floresta".

Texto  | Mairon Machado

1977 | AS CRIANÇAS DA NOVA FLORESTA

01. Ranchos, Filhos e Mulher
02. Besteira
03. Olhar de um Louco
04. Raio de Sol
05. As Crianças da Nova Floresta
06. Sorriso de Verão
07. Flores na Estrada


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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Flaviola e o Bando do Sol


Outro representante da geração nordestina pós-tropicalismo, que teve em Paêbirú, de Lula Côrtes e Zé Ramalho, sua expressão mais radical. Também pernambucano, Flaviola e o Bando do Sol gravou apenas um álbum, lançado pelo selo local Solar, em 1974. Com base em ritmos regionais, produziram um raro mix de folk-rock-psicodelia, que permanece com extrema atualidade. Instrumental rico, na base de violões, violas, guitarras, flautas e percussão.

Basicamente acústico, com uma poesia ímpar, o disco é mais um exemplo da energia, da vontade de crair algo novo, que abundava no Recife. Uma comparação com os ingleses de "The Incredible String Band" não é de todo absurda.

Participam do disco Flávio Lira (o Flaviola), Lula Côrtes, Pablo Raphael, Robertinho of Recife, e Zé da Flauta.

Texto retirado do blog | Brazilian Nuggets

1974 | FLAVIOLA E O BANDO DO SOL

01. Canto Fúnebre
02. O Tempo
03. Noite
04. Desespero
05. Canção do Outono
06. Do Amigo
07. Brilhante Estrela
08. Como os Bois
09. Palavras
10. Balalaica
11. Olhos
12. Romance da Lua
13. Asas

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domingo, 3 de fevereiro de 2019

Damião Experiença


Segundo Damião Experiença, o Planeta Lamma é o destino final de todo ser humano. Ele fica a sete palmos debaixo do chão e lá "não tem fulano, não tem sicrano", "pode ser barão, pode ser ladrão". Marco inaugural da discografia de Damião, o álbum Planeta Lamma, gravado de forma precária, apenas com um violão de uma corda, uma gaita presa ao pescoço e uma espécie de chocalho amarrado ao violão, é uma perfeita introdução ao universo Damiônico. Nele, Damião desfila suas composições nada convencionais, cantadas no dialeto lammês, o idioma do Planeta Lamma. Como todos os seus discos posteriores, Planeta Lamma foi gravado, arranjado, prensado, embalado e vendido pelo próprio Damião, que ainda era o responsável pelo layout da capa.

São 34 discos, ao longo de 18 anos de carreira. Suas músicas vão de berros e grunhidos primais a um total caos sonoro, passando por composições acústicas (cantadas em lammês ou português), rocks progressivos com um alto teor de improvisação e músicas instrumentais ao estilo Frank Zappa. Como traço marcante, uma criatividade única, misto de primitivismo e elaboração formal. Uma comparação com Captain Beefheart logo vem a mente.

Suas letras são um caso a parte. Versando sobre assuntos como ditadura, comunismo, violência policial, fome, prostituição, virgindade e casamento, elas muitas vezes parecem desafiar a lógica. Em seus discos podem ser encontradas pérolas como "se você não casar com mulher virgem, já é corno, já comeram tua mulher", "vou para Havana plantar cana, encontrar uma moça cubana - o russo é o maior cérebro do mundo", ou ainda "mamãe não quer que eu seja homem não; porque homem usa chifre na cabeça".

Muito de mistério cerca a sua obra. O número exato de discos gravados por ele é apenas um chute; nem mesmo Damião se lembra quantos são. Ele faz mistério também sobre os músicos que o acompanharam. Segundo Damião, a maioria deles são famosos e vivem aparecendo na TV e na mídia de um modo geral.

Após gravar seu último disco, em 1992, Damião impõe a si mesmo uma vida de reclusão. Perambula pelas ruas de Ipanema, cata lixo e sucata, vende ou simplesmente distribui os discos que lhe restaram. Com freqüência é confundido com um mendigo. Esporadicamente escreve uma música ou grava alguma coisa acústica, apenas com seu violão.

A partir do ano de 2001, com a popularização da Internet e dos programas de compartilhamento de músicas, ocorre um pequeno resgate da obra de Damião. Um grupo de admiradores e colecionadores do seu trabalho se reúne e lança um portal dedicado a ele (www.damiaoexperienca.net). Hoje, muitas de suas músicas podem ser encontradas, no formato digital, na web. Seus discos são valorizados em sebos e feirinhas de LPs usados. Surgem algumas bandas manifestamente influenciadas por Damião: Supersimetria, Rogério Skylab, Pexbaa, Sujeito Maldito, Zé Urbano e Zumbi do Mato são apenas algumas delas.

Na onda desse "resgate", Damião retoma a idéia de voltar a gravar ou pelo menos relançar uma parte de sua obra em CD. Porém, como conta com poucos recursos financeiros, não possui mais uma banda fixa e sua música não tem o menor apelo comercial, esse retorno por enquanto é apenas um sonho.

Texto retirado do blog | Brazilian Nuggets

1974 | PLANETA LAMMA

01. 1308 Registrou Gravou Rose Olíria Experiença
02. Que Dor Eu Sinto
03. A Vida é Sempre Assim
04. Linguagem do Povo do Infinito ao Universo de Rose 1999
05. Loucura Total 1999 a Damião Experiença
06. Amente Astrologica 1999
07. Planeta Lamma
08. Minha Dor
09. Som Planeta Lamma
10. Planeta Bicho
11. Mundo No Espaço
12. Meu Passado? Meu Presente
13. Linguagem do Planeta Lamma Música do Planeta Lamma

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Arnaldo Baptista


Arnaldo Dias Baptista nasceu em São Paulo em 1948. Filho da pianista, compositora e concertista Clarisse Leite Dias Baptista e do poeta e jornalista César Dias Baptista, tornou-se um dos artistas brasileiros mais cultuados de todos os tempos. Seu trabalho como ex-líder de Os Mutantes é considerado uma obra prima do rock’n’pop mundiais. Depois de deixar a banda em 1973, seguiu solo, criando obras igualmente memoráveis.

Arnaldo Baptista e os Mutantes originais têm sido reverenciados no Brasil e no exterior por artistas e bandas como Sean Lennon, Beck, David Byrne, Kurt Cobain, Radiohead, Stereolab, Torloise, High Llamas, Wondermints, entre tantos outros. Arnaldo é incansavelmente mencionado por artistas brasileiros de renome como uma influência central em suas carreiras.

1974 | LÓKI?

01. Será Que Eu Vou Virar Bolor?
02. Uma Pessôa Só
03. Não Estou Nem Aí
04. Vou Me Afundar Na Lingerie
05. Honky Tonky
06. Cê Tá Pensando Que Eu Sou Loki?
07. Desculpe
08. Navegar de Nôvo
09. Te Amo Podes Crer
10. É Fácil

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Em 1974, Arnaldo lançou seu primeiro álbum solo, Loki?, até hoje considerado um dos melhores do gênero entre críticos e fãs. De 1973 a 1982, compôs mais de 60 canções espalhadas por vários álbuns e fitas, além de se apresentar em shows ao lado de bandas ou solo, totalizando mais de 100 músicas ao longo de sua carreira. Entre seus LPs solo estão: Elo Perdido e Faremos uma Noitada Excelente , ambos de 1977-78 com a Patrulha do Espaço. Em 1981, gravou Singin 'Alone, tocando todos os instrumentos.

Arnaldo passou quase cinco anos se recuperando de um acidente, que sofreu em 1982. “Já tinha feito tanta coisa! Tocado em tantos lugares! Me senti ali perdido, internado em um hospital, imaginando: ‘talvez ainda fique aqui dez anos!’ Então, plenamente consciente e cansado de falar com os médicos, pensei: ‘Estou cansado disso! Vou me ver livre!’.. E me joguei da janela, sabendo que estava jogando o jogo mais alto que existe, que é a vida... E pareceu um milagre, porque acordei na cama da minha menina”, conta Arnaldo em seu famoso documentário.

A “minha menina” é Lucinha Barbosa, com quem o artista vive há 30 anos. Lucinha é conhecida pela sua dedicação e amor incondicional à Arnaldo, e incansável esforço e paixão na continuidade e preservação de seu trabalho.

1981 | SINGIN' ALONE

01. I Fell In Love One Day
02. O Sol
03. Bomba H sôbre São Paulo
04. Hoje de Manhã Eu Acordei
05. Jesus Come Back To Earth
06. The Cowboy
07. Sitting On The Road Side
08. Ciborg
09. Corta Jaca
10. Coming Through The Waves Of Science
11. Young Blood
12. Train

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O acidente provocou um traumatismo craniano, deixando sequelas, mas não afetou sua genialidade. Ao contrário. Os rascunhos musicais desta época levaram ao álbum Disco Voador, lançado em 1987. Durante aquele período de recuperação, intensificou seu trabalho como artista plástico.

Arnaldo continuou pintando e compondo em sua casa de campo em Juiz de Fora, Minas Gerais. Ao longo dos anos 90, participou de pequenas exposições e contribuiu com seu talento e sensibilidade para vários projetos, entre eles a compilação Give Peace a Chance (2001), um tributo à John Lennon. Também tocou e cantou em alguns festivais e teatros, em jams com outros artistas.

Em 2004, lançou Let it Bed, produzido por John Ulhoa, do Pato Fu. O álbum foi um dos mais aclamados pela crítica brasileira no biênio 2004-05. A revista inglesa Mojo colocou Let it Bed na sua lista dos dez mais de 2005.

1987 | DISCO VOADOR

01. Eu
02. Rodas
03. Crazy Ones Ballad
04. Traduções
05. Ovni
06. Maria Lucia
07. Jesus Volte Até aTerra
08. Le foulle Balad
09. I wanna To Take off Every Morning

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Durante 2006-07, Arnaldo participou da reunião de Os Mutantes para uma série de shows iniciados em Londres, no grande evento dedicado à Tropicália promovido pelo centro cultural Barbican. Logo em seguida, partiu com a banda para a Europa, EUA e Brasil, tocando e cantando em shows para até 80 mil pessoas. Ao mesmo tempo, sua história preparava, por si só, uma nova reviravolta a partir de 2008.

O romance Rebelde Entre os Rebeldes, escrito nos anos 80 e lançado pela Editora Rocco em 2008, foi um sucesso. No mesmo ano, o Canal Brasil levou ao público seu primeiro longa metragem, dirigido por Paulo Henrique Fontenelle: o documentário Loki! Arnaldo Baptista, contando a história de Arnaldo de forma profundamente sensível. O filme foi um sucesso estrondoso, especialmente junto à nova geração. Ganhou 14 prêmios no Brasil e no exterior e ainda emociona audiências onde quer que seja exibido.

Em 2010, Arnaldo finalmente é abraçado pelo circuito oficial das artes plásticas, participando de duas coletivas de peso, como as da SP-Arte 2010 e 2011, além da mostra de abertura das galerias Baró/Emma Thomas em 2010. Sua primeira grande exposição individual, Lentes Magnéticas, com mais de 100 obras ao longo de 30 anos, acontece de 24 de março a 20 de abril na Galeria Emma Thomas em São Paulo e tem sido considerada uma das maiores coberturas de mídia para uma primeira individual deste porte. Galeristas e a sociedade da arte de São Paulo, que tem visitado a mostra , têm reiterado sua importância e força artística.

1988 | ELO PERDIDO
(gravado em 1977)

01. Sunshine
02. Sexy Sua
03. Corta Jaca
04. Oh Trem
05. Emergindo da Ciência
06. Sentado ao lado da Estrada
07. É Um Pouco Assustador
08. Fique Aqui Comigo

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A arte de Arnaldo Dias Baptista reflete sua filosofia, poesia e a criatividade vanguardista conhecidas da carreira musical. “Assim como os artistas do movimento CoBra, Arnaldo trabalha de forma espontânea, experimental e com ênfase no imaginário fantástico. A expressividade através do uso de cores e texturas permeiam tanto o universo da psicodelia quanto da arte contemporânea”, comenta Juliana Freire, sócia-proprietária da Emma Thomas.

Arnaldo voltou aos palcos em outubro de 2011 para duas datas no Sesc Belenzinho-SP com seu ‘Arnaldo Dias Baptista Solo Voador’, tocando e cantando ao piano de cauda. Ovacionado pelo público e crítica, os shows tiveram ingressos esgotados nas primeiras horas da abertura da venda antecipada. O video-cenário trazia projeções dos desenhos de Arnaldo, selecionados para a mostra na Emma Thomas. As imagens justapostas e em movimento lembravam uma mandala psicodélica. Este show fará parte da Virada Cultural de São Paulo 2012, com uma histórica apresentação no Teatro Municipal no dia 5 de maio de 2012.

Em 2011, Arnaldo tornou-se embaixador da ANDA, uma das mais sérias ONGs na defesa dos direitos dos animais no Brasil. Disse Arnaldo ao abraçar a organização: “O Arnaldo Dias Baptista, ainda anda defendendo o vegetarianismo e a eletricidade gerada pelo sol. Portanto, ser Embaixador da ANDA; abaixa a dôr, dos animais. Nomes como Barak Obama e Zilda Arns; remetem minha imaginação, para Zilda Arnaldo. Num sentido, onde parar de queimar; para a energia gerar, despoluirá. (Física) Harmonia; entre, pessôas e animais.”

1988 | "FAREMOS UMA NOITADA EXCELENTE..."
(gravado em 1978)

01. Emergindo da Ciência
02. É Um Pouco Assustador II
03. Arnaldo Soliszta
04. I Feel In Love One Day
05. Cowboy
06. Hoje de Manhã Eu Acordei

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Ainda em 2012, Arnaldo Baptista lançará seu novo álbum, Esphera, já um dos mais esperados do ano, produzido por Fernando Catatau, do Cidadão Instigado.

No final dos anos 70, Arnaldo teve o filho Daniel com a atriz Martha Mellinger, com quem viveu por dois anos. Daniel Mellinger Dias Baptista hoje ajuda a manter e preservar a obra do pai.

Em 2010, Arnaldo aderiu às redes sociais, com perfis no Facebook e Twitter, um canal oficial no YouTube e um blog como artista plástico. Teve, ainda, todos seus álbuns solos disponibilizados em formato stream no Soundcloud. Hoje, reúne mais de 20 mil fãs em torno destas mídias. No Facebook, 71% dos frequentadores estão na faixa dos 17 aos 34 anos. Arnaldo é seguido, também, por artistas, formadores de opinião e hot desks da mídia de massa e blogs culturais.

Para 2012, seu time, formado por voluntários, espera poder realizar o sonho de ter os trabalhos de Arnaldo devidamente documentados e salvaguardados sobre suas próprias asas. Entre outros projetos, os fãs poderão ver um novo web site, incluindo uma área de download via doação – um presente dos fãs da Elefantte e S2Group – e um aplicativo para iPhone, pelo fã Eduardo Rangel, da Easynology.

2004 | LET IT BED

01. Gurum Gudum
02. Woody Woodpecker (Everybody Thinks I'm Crazy)
03. LSD
04. To Burn Or Not To Burn
05. Bailarina
06. Deve Ser Amor
07. Nobody Knows
08. Cacilda
09. Imagino
10. Ai Garupa
11. Encantamento
12. Carrossel
13. Tacape

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Arnaldo emociona a todos, não apenas pela sua contagiante simpatia e talento únicos, mas também pelo seu incansável discurso pela paz e pelo amor, na sua defesa pela preservação do meio ambiente muito antes do tema entrar para a agenda mundial, por sistemas de som totalmente valvulados, pelo vegetarianismo, seu amor e carinho para com os animais, sua poesia ímpar e inspiradora e seu delicioso senso de humor.

Desde o início de sua carreira, Arnaldo mostrou uma capacidade surpreendente de auto-reciclagem. Ele permite facilmente que novos elementos entrem em sua música e arte. Parece que sua missão é apontar um futuro que ainda não existe, mas pode (e deve) ser sentido.

Fonte: Site Oficial

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A Bolha


A Bolha foi uma banda de rock brasileira formada em 1965 no Rio de Janeiro, com o nome The Bubbles. Participou ativamente do circuito de bailes, programas de rádio e de TV que existia na capital carioca naquela época. No início tocavam apenas covers ou versões de canções e bandas de sucesso da Europa e dos Estados Unidos, mas, no início dos anos 70, passaram a compor canções próprias e chegaram a gravar dois álbuns, em 1973 e 1977. Encerraram as atividades em 1978, mas voltaram a ativa em 2004, chegando a gravar um novo álbum, para então pararem novamente.

Tocaram como banda de apoio para Gal Costa, Leno, Márcio Greyck, Raul Seixas e Erasmo Carlos. Seus integrantes deram origem ou integraram várias bandas que fariam sucesso na década de 1970 e na década seguinte como Bixo da Seda, Herva Doce, A Cor do Som, Roupa Nova e Hanói-Hanói.

Criada em 1965 pelos irmãos César e Renato Ladeira, filhos da atriz Renata Fronzi e do radialista César Ladeira, que tocavam guitarra solo e ritmo, respectivamente, juntamente com Ricardo no baixo e Ricardo Reis na bateria. A participação de Ricardo no baixo durou apenas algumas semanas devido a diferenças de visão sobre a banda. Lincoln Bittencourt foi recrutado para o baixo e, com essa formação, são convidados pela gravadora Musidisc a registrar um compacto simples com duas versões de músicas de sucesso: Não Vou Cortar o Cabelo, versão de "Break It All" da banda uruguaia Los Shakers, no lado A e Por Que Sou Tão Feio, versão do hit "Get Off Of My Cloud" dos Rolling Stones, no lado B. O convite se deu nos bastidores da gravação de um programa de TV e o compacto que se seguiu não fez muito sucesso devido a falta de divulgação por parte da gravadora e da banda.

Em 1968, são convidados por seu amigo Márcio Greyck para serem a banda de apoio na gravação de um álbum. O álbum é lançado em agosto de 1968 e abre portas para a banda, gerando o interesse da PolyGram em lançar um compacto com versões de duas canções dos Beatles extraídas do álbum branco, Ob-La-Di, Ob-La-Da e Honey Pie.3Esse compacto, assim como outros gravados entre 1966 e 1969 para as gravadoras Musidisc e PolyGram, não foi lançado na época, vindo a luz apenas em 2010 através de uma coletânea lançada no mercado europeu pela Groovie Records.

Ainda em 1968, César decide deixar a banda para se dedicar aos estudos, abandonando a carreira artística. Também Lincoln e, posteriormente, Ricardo deixariam a banda. Para o lugar deles, entram na banda Pedro Lima na guitarra solo, Arnaldo Brandão no baixo e Johnny na bateria. Com essa formação, o som da banda fica mais pesado, passeando por Cream, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Grand Funk Railroad e Black Sabbath mas, ainda assim, continuam como uma das grandes sensações do circuito de bailes de fim de semana carioca, chegando a tocar para mais de cinco mil pessoas.

César Ladeira, que havia deixado a banda em 1968, passou a estudar cinema e trabalhar junto com o avô, o diretor Adhemar Gonzaga, como assistente de direção. César, então, chama o The Bubbles para tocar no filme Salário Mínimo, de 1970. A banda participa com a canção de abertura do filme, dublando outra em uma cena e, ainda, com uma canção que toca numa boate em outra cena, todas de autoria do guitarrista Pedro Lima. Em 1970 ainda ocorreria mais uma mudança de formação: Johnny sai e dá lugar a Gustavo Schroeter na bateria.

Em 1970, foram convidados por Jards Macalé para acompanhar Gal Costa em um show que ela iria fazer na boate Sucata. O show tinha cenário de Hélio Oiticica, contava com a participação de um naipe de metais e de grandes músicos, como: Naná Vasconcelos, Márcio Montarroyos, Íon Muniz e Zé Carlos. A recepção de público e crítica para a banda foi excelente, sendo classificada, anos depois, como "inesperada" por Renato Ladeira.

Este sucesso renderia um convite para que Pedro, Arnaldo e Gustavo acompanhassem Gal em apresentações ao vivo e aparições na TV em Portugal, como o programa de Raúl Solnado gravado no teatro Monumental de Lisboa. Depois do programa, os três acompanharam Gal Costa até Londres para visitar Caetano Velloso e Gilberto Gil que estavam exilados e morando na capital inglesa. Ficaram uns dias na casa de um brasileiro que conheceram por lá, até se encontrarem todos de novo para participar do Festival da Ilha de Wight. Foram todos para assistir aos shows, mas, no acampamento do local, faziam jams acústicas que chamavam a atenção de todos a volta. Gustavo gravava tudo com um gravador de bolso e, um dia, Pedro pegou as fitas e mostrou para o pessoal da organização do festival. Todos foram convidados para tocar em um dos palcos alternativos ao principal, de forma acústica mesmo. Assistiram a The Who, The Doors, Sly and the Family Stone, Ten Years After (grupo de Alvin Lee), Chicago, Jethro Tull e Jimi Hendrix. Ainda passariam por Paris alguns dias depois e veriam Rolling Stones e Eric Clapton.

Após essa experiência na Europa, os três voltam para o Brasil e contam para Renato a decisão de seguir outro caminho, fazer música própria, em português, e parar de fazer covers e versões já que, segundo Gustavo, "não dava para fazer igual" a esses caras. Passam a compor e ensaiar um novo repertório, próprio, e mudam o nome para A Bolha. Emblemático foi um show que fizeram logo que voltaram do festival (no ginásio do clube Tamoios em Niterói ou no Clube Mauá em São Gonçalo), no qual tocaram apenas o repertório próprio e o público foi saindo no decorrer do show. A partir desse evento decidem fazer uma mudança mais paulatina, inserindo músicas próprias no repertório antigo.

O primeiro grande teste para o novo repertório foi a participação da banda no Festival de Verão de Guarapari, em fevereiro de 1971. A apresentação deles, assim como todo o festival, foi recheada de problemas. A mesa de som foi instalada atrás do palco, houve problemas com o governo militar da época e a banda experenciou problemas com os técnicos de som que desligavam o som toda vez que Renato Ladeira girava o microfone imitando o Roger Daltrey do Who.

Com a fama adquirida no show com Gal Costa e também no festival, são chamados por um produtor da CBS pra tocar no novo LP de Leno. Este produtor era ninguém menos do que Raul Seixas que trabalhava na gravadora nesta época. Eles foram a banda da gravação do álbum Vida e Obra de Johnny McCartney, que teve várias faixas censuradas pelo governo militar, acabando sendo lançado na época apenas um compacto duplo com 4 faixas. Apenas em 1995, Leno lançou o álbum como fora previsto na época.

Ainda em 1971, participam do VI Festival Internacional da Canção defendendo a música 18:30 de Eduardo Souto Neto e Geraldo Carneiro. Como era comum na época, era lançado um compacto com as músicas concorrentes no festival e a banda aproveitou e incluiu Sem Nada no lado A e ainda Os Hemadecons Cantavam em Coro Chôôôô no lado B. O compacto foi lançado pela gravadora Top Tape. Também participaram da gravação do compacto duplo de Gal Costa, Gal, em duas músicas: Zoilógico e Vapor Barato.

Após quase um ano sem tocar em lugar nenhum, em 1973 lançam seu primeiro álbum, Um Passo à Frente, pela gravadora Continental. O álbum traz músicas com um toque mais progressivo, chegando algumas a ter dez minutos de duração. O álbum não foi bem recebido pelo público, tendo vendagem pequena.

No ano seguinte, participam da gravação do primeiro compacto duplo de Raul Seixas com Não Pare na Pista, Trem das Sete, Como Vovó já Dizia e Se o Rádio Não Toca, tocando em Não Pare na Pista e Como Vovó já Dizia. Como as coisas esfriaram e ficaram meio fracas, Gustavo Schroeter foi para o Veludo e Arnaldo Brandão saiu da banda. Entram Serginho Herval, na bateria, e Roberto Ly, no baixo. Com esta formação, participam do festival Banana Progressiva, em 1975. Ainda em 1975, Renato Ladeira deixa a banda para tocar no Bixo da Seda e para o seu lugar é escolhido Marcelo Sussekind.

Em 1977 gravam o seu segundo disco, É Proibido Fumar cujo som marca uma volta ao rock clássico e ao hard rock, mais próximo do som da Jovem Guarda. Renato Ladeira participaria do disco apenas como compositor. A seguir realizam uma turnê abrindo para Erasmo Carlos sendo que, na sequência, tocavam como banda de apoio do artista. Esta turnê contou com a volta de Renato Ladeira nos teclados, tornando a banda um quinteto. Durante a turnê a banda grava o álbum novo de Erasmo, Pelas Esquinas de Ipanema, que sairia em julho de 1978. Logo após o fim da turnê, a banda encerra as suas atividades.

Vários componentes de A Bolha tocaram com músicos famosos da MPB, como Caetano Veloso e Raul Seixas. Além disso outros grupos surgiram a partir da desfragmentação, como A Cor do Som, Herva Doce, Outra Banda da Terra (que acompanhou Caetano Veloso), Roupa Nova e Hanói-Hanói, entre outros.

Em 2004, o diretor José Emílio Rondeau convidou Renato Ladeira para ser diretor artístico do seu novo filme, 1972. Renato mostrou algumas músicas que haviam sido censuradas no início dos anos 70 e o diretor se interessou, então ele chamou seus velhos companheiros de banda para gravarem aquelas músicas para o filme. Da reunião acabou surgindo a vontade de gravar um novo disco com aquele material e mais alguns covers, gerando o álbum É Só Curtir, de 2006, pela gravadora Som Livre. Apesar do lançamento do disco, a banda não chegou a sair em turnê.

Em 2010, saiu uma coletânea com todos os singles da banda no mercado europeu, tanto os dois lançados como outros que apenas foram gravados, The Bubbles - Raw and Unreleased, pela Groovie Records

Texto | Wikipédia

1973 | UM PASSO À FRENTE

01. Um Passo A Frente
02. Razão de Existir
03. Bye My Friend
04. Epitáfio (Epitaph)
05. Tempos Constantes
06. A Esfera
07. Neste Rock Forever
08. 18.30 - Parte I (Bonus)
09. Os Hemadecons Cantavam Em Coro (Bonus)

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1977 | É PROIBIDO FUMAR

01. Deixe Tudo de Lado
02. Difícil é Ser Fiel
03. É Proibido Fumar
04. Estações
05. Sai do Ar
06. Consideração
07. Torta de Maçã
08. Luzes da Cidade
09. Clímax
10. Vem Quente Que Eu Estou Fervendo
11. Talão de Cheques

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2006 | É SÓ CURTIR

01. É Só Curtir
02. Não Sei
03. Cinema Olimpia
04. Sem Nada
05. Sub Entendido
06. Não Pare na Pista
07. Matermatéria
08. Cecília
09. Você Me Acende (You Turn Me On)
10. Rosas
11. Desligaram os Meus Controles

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2010 | RAW AND UNRELEASED

01. Não Vou Cortar O Cabelo (Break It All-Stereo 66)
02. Porque Sou Tão Feio (Get Off My Cloud-Stereo 66)
03. Trabalhar (For Your Love-66)
04. Ob-La-Di, Ob-La-Da (68)
05. Honey Pie (68)
06. Get Out Of My Land (Salario Minimo Ost-69)
07. The Space Flying Horse And Me (Salario Minimo Ost-69)
08. Não Vou Cortar O Cabelo (Break It All-Mono 66)
09. Porque Sou Tão Feio (Get Out Of My Cloud-Mono 66)
10. Trabalhar (For Your Love-66)
11 - Sem Nada (A Bolha-71)
12. Os Hemadecons Cantavam Em Coro Chôôôô (A Bolha-71)

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2018 | AO VIVO 1971

01. Apresentação
02. Rosas - interrompida
03. Rosas - versão 2
04. Rosas - reprise
05. Sem Nada
06. Não Sei
07. Não Sei - reprise
08. Irmãos Alfa
09. Cecília
10. Matermatéria
11. Sub Entendido - versão 1
12. Sub Entendido - versão 2
13. Sub Entendido - reprise

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Bixo da Seda



Os anos 70 estavam começando. O sonho tinha acabado, os Beatles já não existiam mais. No outro lado do Atlântico, a "América" perdia seus três maiores ícones: Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison. Como no inicio da década passada, o rock se reciclava através das bandas inglesas. O estilo já tinha se consolidado como um movimento social, uma arma nas lutas da juventude.

Nesse contexto, mais precisamente no ano de 73, um guitarrista porto-alegrense chamado Zé Vicente Brizola (filho de quem você está pensando) tem a brilhante idéia de formar uma banda de rock, convidando seu amigo Mimi Lessa, considerado na época um dos melhores guitarristas do país. Mimi estava voltando do Rio onde fez sucesso com o Liverpool, banda em que também tocava seu irmão Marcos (baixo), e seu primo Edinho Espíndola (bateria). Os dois acabam por entrar no projeto, que tem sua formação "quase finalizada", com o ingresso de um experiente tecladista do cenário da capital: Cláudio Vera-Cruz.

Influenciados basicamente pelo rock progressivo de bandas como Yes, Pink Floyd, King Crimson, Jethro Tull e Focus, juntamente com o Rock`N Roll básico dos Rolling Stones, faltava ao quinteto um nome. E este surgiu da forma mais inusitada: enquanto enrolavam um baseado, pensam na utilidade daquele papelzinho quase transparente, a seda. Aqui surgia uma das maiores de rock do Rio Grande do Sul, o Bixo da Seda.

Sem contar com um "frontman", acabam por dividir os vocais entre os integrantes do grupo, fato que acabaria quando convidam mais um ex-Liverpool, o maluco beleza Fughetti Luz, para ingressar na banda. Fughetti era talvez, a melhor definição para o termo Hippie. Logo na sua infância teve uma paralisia infantil, que deixou seqüelas irreversíveis em suas pernas, fato que dava um ingrediente a mais as suas performances. No começo da década, com o fim do Liverpool, foge da repressão militar exilando-se no Velho Mundo, sem ao menos falar uma língua que não fosse o bom e velho português. Fica lá por pouco tempo, sendo "convidado a se retirar" pelas autoridades européias.

De formação nova o Bixo parte para o Rio, deixando no caminho Zé Vicente Brizola e Cláudio Vera-Cruz, sendo este último, substituído pelo ex-Bolha Renato Ladeira. No centro do país fazem diversos shows pelos festivais da época, dividem o palco com as grandes bandas dos anos 70, ganham o reconhecimento da mídia especializada e são contratados para gravar seu primeiro e único registro.

O LP Estação Elétrica, de 76, acaba por não mostrar o que era realmente o Bixo ao vivo. Toda energia que marcava o grupo no palco, não foi transmitida para o CD. Mesmo assim, contém grandes obras como Um Abraço em Brian Jones, em homenagem ao ex-Stones, as lindas baladas Vênus e Já Brilhou, e seu hino Bixo da Seda, com os famosos versos: Bixo, dá a seda, me deixa enrolar. A grande qualidade técnica dos músicos, as harmonias um tanto rebuscadas para uma banda de rock, e seus compassos totalmente fora dos padrões, características marcantes da banda, podem ser ouvidas em todas as músicas. Relançado no final do ano passado em CD, trata-se de um disco clássico do rock nacional.

A banda ainda durou mais três anos, até que Mimi, Marcos e Edinho entram para a banda de apoio das Frenéticas. Era o Fim do Bixo, o grande pilar Rock Gaúcho, referenciada por todas as gerações posteriores.

Hoje, os irmãos Mimi e Marcos vivem no centro país, participando de inúmeros projetos musicais. Edinho é um dos bateristas mais requisitados do Brasil, tocando atualmente na Fu Wang Foo. Fughetti "apadrinhou" na década de 80 diversas bandas, entre elas a Bandaliera, para qual compunha várias músicas, e o Taranatiriça. Lançou ainda dois discos solos e mora no interior do Estado.

Por: Iuri Daniel Barbosa

1976 | ESTAÇÃO ELÉTRICA

01. Vênus
02. Já Brilhou
03. É Como Teria Que Ser
03. Carroucel
04. Bixo da Seda
05. 7 de Ouro
06. Gigante
07. Um Abraço em Brian Jones
08. Trem

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sábado, 26 de janeiro de 2019

Rita Lee


No início de 1970, 0s Mutantes já traziam em sua bagagem três albuns e diversos sucessos. 0 stress já batera à porta e o grupo liderado por Rita Lee e pelos irmãos Arnaldo e Sérgio Dias Baptista estava em férias. Quinteto desde o último disco, A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (69), com a oficialização dos membros Liminha (baixo) e Dinho (bateria), os Mutantes aguardariam o vôo solo de Rita Lee. Estimulada pela diretoria da gravadora, notadamente pelo então presidente André Midani, Rita - que vinha fazendo diversos shows de moda, desfiles e happenings - acabou entrando em estúdio em São Paulo com seu marido e parceiro de banda, Arnaldo Baptista, que assumiria a direção musical, enquanto que Manoel Barenbein produziria o disco e Rogerio Duprat faria os arranjos. Os Mutantes so não estiveram inteiramente presentes neste primeiro álbum solo de Rita Lee porque o guitarrista Sérgio Dias não entendeu como bom para a banda que seus membros tivessem projetos paralelos. O lendário Lanny Gordin acabou fazendo os belos solos.

O repertório procurou afastar Rita dos Mutantes, trazendo diversas parcerias dela com Élcio Decário. Mas, casualmente, foi com a versão José, do original francês Joseph (de Georges Moustaki), curiosamente assinada por Nara Leão (que na épcoca morava em Paris e também versionou outras musicas), que este "Build Up" entrou para a história. Podendo ser considerado o disco #0 na carreira de Rita Lee, este trabalho foi logo seguido pelo projeto Tecnicolor dos Mutantes no final de 1970, arquivado em prol de Jardim Elétrico (71) - até ser enfim lançado pela Universal Music no ano 2000, exatos 30 anos após sua realização em Paris.

Quando os Mutantes desejaram gravar um segundo LP em 1972, após País dos Baurets, a notícia de que não poderiam (ou deveriam) fazer dois trabalhos num mesmo ano acabou levando a um "jeitinho brasileiro": Hoje é o Primeiro Dia do Resto da sua Vida acabou sendo creditado a Rita Lee, como se fosse seu segundo álbum solo. A cantora eventualmente saiu da banda no início de 1973, montando a dupla Cilibrinas do Éden com a amiga Lucia Turnbull por alguns meses e finalmente criando o grupo Tutti Frutti - que sobreviveu acompanhando Rita por cinco anos.

Tutti Frutti seria o terceiro (ou primeiro?) album solo de Rita Lee em 1973, mas o trabalho da banda não agradou a diretoria da gravadora que determinou seu arquivamento em função da idéia de que Rita gravasse um disco verdadeiramente solo para a Philips. Atrás do Porto Tem Uma Cidade acabou saindo em 1974, com o sucesso Mamãe Natureza final mente solidifiicando Rita Lee como artista solo alguns anos depois de seu primeiro trabalho individual. Tutti Frutti, o disco arquivado, chegou a ser resgatado e remasterizado para lançamento no ano 2000, para cair novamente no limbo

Texto retirado do blog | Brazilian Nuggets

1970 | BUILD UP

01. Sucesso, Aqui Vou Eu (Build Up)
02. Calma
03. Viagem ao Fundo de Mim
04. Precisamos de Irmãos
05. Macarrão com Linguiça e Pimentão
06. José (Joseph)
07. Hulla-Hulla
08. And I Love Her
09. Tempo Nublado
10. Prisioneira do Amor
11. Eu Vou Me Salvar

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