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segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Gilberto Gil


Gilberto Gil tem uma carreira extensa e cheia de acertos, mas confesso não ter muita dificuldade em apontar seu melhor trabalho. Me refiro ao espetacular Expresso 2222 (1972), álbum que celebra a volta do artista ao Brasil após três anos exilado em Londres.

O disco começa ao som regional da Banda de Pífanos de Caruaru em "Pipoca Moderna", faixa de autoria do Caetano Veloso. Essa influência da música folclórica brasileira percorre por todo o álbum. Isso fica evidente no sotaque nordestino da espetacular "O Canto da Ema", com direito a solo de baixo do Bruce Henri e groove desconcertante de bateria do Tutty Moreno. Em "Chiclete Com Banana" (eternizada por Jackson do Pandeiro), Gil traz uma levada sofisticada com forte influência da Bossa Nova.

O álbum contém uma das faixas mais rockeiras do Gilberto Gil, a ótima "Back in Bahia", que narra a saudade do Brasil durante seu exílio. Instrumentalmente é a guitarra imponente do lendário Lanny Gordin que salta aos ouvidos. Outras canções que trazem a participação do guitarrista é a psicodélica "Ele e Eu" (com direito a uma harmonia estranhíssima) e o forró-rockeiro "Sai do Sereno", com direito a mais uma performance espetacular do baterista Tutty Moreno.

"Expresso 2222" é uma das composições mais conhecidas do repertório do Gilberto Gil. Ela chama atenção por sua levada de violão bastante particular. Se não bastasse seu groove desconcertante ao tocar e cantar, a harmonia de músicas como "O Sonho Acabou" e "Oriente" beira o absurdo.

"Cada Macaco no seu Galho (Cho Chuá)" tem a participação de Caetano Veloso, celebrando com Gil uma das melhores parcerias da música brasileira. "Vamos Passear no Astral" e "Está Na Cara, Está Na Cura" fecham o álbum em clima carnavalesco e lisérgico.

Gilberto Gil fez ótimos discos na fase tropicalista (vide Gilberto Gil, de 1969) e outros posteriores ao Expresso 2222 (vide Refazenda, de 1975), mas é mesmo este clássico álbum de 1972 que colocou o artista entre os grandes nomes da música brasileira.

Texto retirado de | País do Baurets

1972 | EXPRESSO 2222

01. Pipoca Moderna
02. Back In Bahia
03. O Canto Da Ema
04. Chiclete Com Banana
05. Ele E Eu
06. Sai Do Sereno
07. Expresso 2222
08. O Sonho Acabou
09. Oriente

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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Antonio Carlos & Jocafi


Dupla de compositores baianos, Antônio Carlos Marques Pinto era guitarrista da orquestra do maestro Carlos Lacerda e Jocafi (José Carlos Figueiredo), que chegou a estudar Direito, tinha algum prestígio na Bahia como compositor quando se conheceram, em 1968.

Tiveram diversas músicas interpretadas por Maria Creuza, que mais tarde casou-se com Antônio Carlos. Na década de 70 trocaram a Bahia pelo Rio de Janeiro e gravaram alguns sucessos pela RCA, como “Você Abusou” e “Toró de Lágrimas”. Participaram de festivais no Brasil e no exterior, tiveram composições inseridas em trilhas sonoras de novelas e minisséries e continuam se apresentando e gravando.

Esse é o segundo disco deles de 1972, lançado pela gravadora RCA Victor.

Texto retirado de | Woodstock Sound

1972 | CADA SEGUNDO

01. Encabulada
02. Bate-barriga
03. Presepada
04. Simbarerê
05. Edição extra
06. Transas
07. Cada segundo
08. Shazam
09. Queixas
10. Ossain
11. Nego me chamou de imbecil
12. Deboches

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terça-feira, 30 de julho de 2019

Airto Moreira


Vivendo nos EUA desde 1967, Airto Moreira desenvolve trabalhos ligados a world music e é professor de Etnomusicologia na UCLA. Atua também como produtor e educador em diversos países. Reconhecido por produtores e maestros como o percussionista mais popular do mundo, é inegável a sua contribuição para o desenvolvimento e manutenção do alto nível da chamada world music. Entre os artistas de renome mundial com quem ele já se apresentou e gravou estão Antonio Carlos Jobim, Miles Davis, Chick Corea, Wayne Shorter, Herbie Hancock, Stanley Clarke, Carlos Santana, Gil Evans, Gato Barbieri, Paul Simon, Quincy Jones, entre outros.

Ao lado de uma verdadeira seleção que contava com Chick Corea, George Benson, Hubert Laws (flauta), Joe Farrell (saxofone), Keith Jarrett, Ron Carter, Stanley Clarke e outros, Airto nos presenteou com um grande trabalho. A primeirona, "Return to Forever", é um fusion psicodélico da melhor qualidade. "Flora’s Song" traz um bom free jazz. O clima de psicodelia volta em "Free". E o disco ainda reserva "Creek [Arroio]", excelente canção em que flauta, saxofone e piano mostram entrosamento perfeito.

Texto retirado de | Collector's Room

1972 | FREE

01. Return To Forever
02. Flora's Song
03. Free
04. Lucky Southern
05. Creek (Arroio)
Bônus
06. So Tender
07. Jequié
08. Creek (Arroio) (Alternative take)

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sábado, 27 de julho de 2019

Cezar de Mercês


Guitarrista, violonista, compositor e cantor, Cezar de Mercês fez parte da formação áurea do Terço, um dos principais grupos progressivos brasileiros. Depois de emplacar a bela canção Desenhos na Parede no disco de 1978 do Rei Roberto Carlos, no ano seguinte Cezar lançou seu primeiro trabalho solo, Nada No Escuro, pelo selo Epic, da CBS (hoje Sony Music), com produção de Renato Viola.

O disco de estreia de Cezar de Mercês ganha caprichada reedição em CD através do selo Museu do Disco. Trazendo capa e encartes originais, além de textos inéditos do jornalista e produtor Ezequiel Neves e do próprio músico, Nada No Escuro é uma preciosidade que há muito merecia ser recuperada. Traz canções que mesclam as influências que Cezar de Mercês sofreu do rock rural, notadamente de Sá, Rodrix & Guarabyra, e do som progressivo do Terço.

CEZAR DE MERCES O repertório tem onze canções, todas autorais e muito bonitas, que falam de amor, natureza, vida urbana e da situação política do Brasil, que vivia os primeiros sinais de abertura política. Entre elas Simplesmente, Nada no Escuro (parceria com Luiz Carlos Sá), Acapulco, Sopro no Coração (dele e Rogério Duprat) e Barco de Pedra

Texto retirado de | Acordes

1979 | NADA NO ESCURO

01. Simplesmente
02. Pequenas Coisas
03. Nada no Escuro
04. São Sebastião
05. Reencontrando
06. Grande-Pequeno
07. Acapulco
08. Sopro no Coração
09. Pequeno Acidente
10. Descoberta
11. Barco de Pedra

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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Marlui Miranda


A família de Marlui Miranda sempre teve com a música uma relação de prazer. Sua mãe, sem nunca ter estudado ou mesmo tocado violão, foi quem afinou pela primeira vez o instrumento que Marlui havia ganho. Nesta época a família ainda morava em Fortaleza, onde Marlui nasceu em 1949. Quando tinha 5 anos, mudaram-se para o Rio de Janeiro, a partir de onde o pai, engenheiro, resolveu encarar o desafio de ajudar a construir Brasília. Era 1959.

Marlui começou a estudar violão no ginásio, em meio à efervescência cultural. Já na faculdade de Arquitetura, ela começou a freqüentar as reuniões que traziam à Brasília nomes como Jacob do Bandolim e Victor Assis Brasil. A música instrumental despertou em Marlui o gosto pela composição. O canto ficou escondido pela timidez. Apesar disso, em 68 ela ganhou o 1º prêmio como intérprete e compositora no Festival Estudantil da Universidade de Brasília. Marlui deixou a universidade e foi para o Rio disposta a viver de música.Começou a cantar com Egberto Gismonti e através dele conheceu Taiguara, com quem viajou por todo Brasil fazendo shows como guitarrista do grupo que o acompanhava.

Em meados de da década de 70 Marlui começou a estudar violão clássico com Jodacil Damasceno e Turíbio Santos. Passou a cantar e tocar violão com Jards Macalé e teve uma música sua, "Airecillos" , gravada por Ney Matogrosso no LP " Bandido". Marlui também organizou, junto com o poeta Xico Chaves, o projeto " Circuito Aberto de MPB", realizado no Teatro Gil Vicente, Rio de Janeiro, e reunia novos artistas que tentavam vencer aqueles tempos difíceis de sufoco e censura dos anos 70.

Depois de muitos shows como este, surgiu uma grande oportunidade: Marlui foi convidada pelo amigo Egberto a participar de seu grupo Academia de Danças. Foram mais de dois anos de excursões pelo Brasil, em apresentações onde Marlui cantava e tocava violão, percussão e cavaquinho.

Em 78 fez a sua primeira viagem a Rondônia e, em 79, lançou pela gravadora Continental seu primeiro LP, "Olho D'água". Gravado e mixado em apenas uma semana, o LP foi saudado com grande entusiasmo pela crítica. O ano seguinte foi uma maratona de shows pelo Brasil e um desejo de se aprofundar no conhecimento da música indígena , uma necessidade de pesquisa e reflexão. Em 81, em companhia de seu companheiro, o fotógrafo Marcos Santilli, Marlui partiu para uma viagem de seis meses pelo rio Guaporé, Mamoré, Pacas Novas e tantos outros, todos em Rondônia, numa cuidadosa pesquisa e documentação de hábitos e músicas de índios e seringueiros, estabelecendo uma relação de objetividade com a natureza do lugar. Observando a relação do homem com aquele meio, Marlui aprendeu na prática a relacionar os fenômenos locais como parte de um todo e passou também a sentir necessidade de preservar o repertório musical daquele povo.

Texto retirado de | MPBNet

1978 | OLHO D'ÁGUA

01. Vinho do Porto
02. No Pilar
03. Pitanga
04. Estrela do Indaiá
05. Olho D’água
06. Marimbondo
07. Grupo Krahó
08. Acorda Maria Bonita
09. Herculano
10. Sodade Meu Bem Sodade
11. Calypso

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domingo, 21 de julho de 2019

Os Selvagens


Ao vento do Movimento Jovem Guarda, muitas bandas surgiram de forma meteórica e não se firmaram no contexto musical da época. Uma desses grupos foi Os Selvagens, que surgiu no Rio de Janeiro no final dos anos 1960, no pós Jovem Guarda, sob a produção de Rossini Pinto.

Provavelmente se tivesse surgido alguns anos antes poderia ter melhores oportunidades. Outro fato que foi manifestado em publicações do ramo foi quanto a falta de esforços da gravadora na divulgação do grupo.

Sua proposta inicial visava realizar uma fusão de estilos do Pop com o Soul, o que não ocorreu na prática, ficando no pop jovem guarda da época. Sua formação original era composta por Marcos (vocal), Antonio (guitarra), Ciro (órgão), Afonso (baixo), Tinho (sax e vocal) e Ivo (bateria). Também fizeram parte do grupo Hildon Souza e Michael Sullivan.

Texto retirado de | La Playa Oldies

1970 | OS SELVAGENS

01. Juro (Groovin') (Out On Life)
02. Maria José
03. Você Já Não É Meu Grande Bem
04. Não Vou Negar (Heaven Knows)
05. Você Não Liga Pra Mim (Green Tambourine)
06. Deixa Pra Lá (Swingin Tight)
07. Sabes Que Eu Te Amo (Baby I Couldn't See)
08. Sou Timido (Soy Timido)
09. Meu Êrro
10. Não Devia Ver Você Passar (Who'll Stop The Rain)
11. Coração De Pedra
12. Vem Ficar Comigo (Rainy Jane)

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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Toninho Horta


Este é um disco muito especial, pois além da guitarra de Toninho Horta, com seus toques oitavados e toda a sua pegada jazzística, há a presença do Pat Metheny em duas músicas: "Prato feito" e "Manuel, o audaz". Mas todo o disco é excelente, e destacamos o solo de Toninho em "Era só começo nosso fim", de Yuri Popov e Murilo Antunes.

Nesse ano de 1980, aconteceu o Monterey Jazz Festival, no Rio de Janeiro, e dentre as presenças internacionais (John Mclaughlin, Weather Report, Stanley Clarke e mais) estava o Pat Metheny Group, na época lançando o seu "American Garage". Pat era um desconhecido da maioria do público brasileiro, mas sua guitarra já havia chamado a atenção de muitos. A guitarrista e compositora Célia Vaz era sua amiga e fora aluna em Barkcley. Como estava em estúdio, Pat deu uma passada por lá e deu uma "canja", gravou em seu disco.

Neste mesmo período Pat entrou no estúdio com outro amigo, Toninho Horta, e gravou estas duas jóias presentes no álbum. Em entrevista na 92,5, antiga Globo FM, Toninho Horta comentou que após a apresentação de Pat no Brasil, já nos Estados Unidos, os dois guitarristas passaram uma temporada nas montanhas, isolados, acompanhados do Naná Vasconcelos.

Os três e somente a música. O álbum "Offramp", de Pat, reflete um pouco desse encontro, pois é nele que são exploradas as linhas melódicas e ritmos "abrasileirados" e dá um passo crucial na carreira da mais influente guitarra de jazz dos últimos 25 anos. Aqui o que vale é ouvir os dois juntos e se deliciar.

Texto retirado de | Música e Literatura

1980 | TONINHO HORTA

01. Aqui, Oh!
02. Saguin
03. Voo Dos Urubus
04. Caso Antigo
05. Prato Feito
06. Era Só Começo Nosso Fim
07. Minha Casa
08. Bons Amigos
09. Vento
10. Manuel O Audaz

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segunda-feira, 15 de julho de 2019

Os Diagonais


Quando se busca suas origens, procura-se os primeiros passos de Tim Maia, Hyldon, Cassiano, Carlos Dafé, Tony Tornado e outros pioneiros da "música negra nacional". Qual não é a surpresa ao se deparar com todos esses ídolos em torno de uma banda surgida antes do soul americano aportar no Brasil. Trata-se d'Os Diagonais, formação que sempre teve à frente Hyldon, Cassiano e seu irmão Camarão. Mas antes de misturarem "chicletesoul com sambanana", conduzem o grupo Bossa Trio, surgido em 1964.

Na época do lançamento do LP inaugural d'Os Diagonais (1969), quem chega dos Estados Unidos é Tim Maia que, depois de se meter em encrencas na terra do Tio Sam, volta louco pra fazer sucesso. Por sorte, depara-se com a trupe de Hyldon e Cassiano afiadíssima e sintonizada com as mesmas vibrações sonoras que ele. É com o grupo que Tim grava seus primeiros álbuns. Sabe aquela levada de "Coroné Antonio Bento" (Luis Wanderley e João do Vale), registrada em disco do Síndico de 1970? Então, o balanço instrumental é d'Os Diagonais.

Este mesmo álbum apresenta uma versão funkeada de "Na Baixa do Sapateiro", clássico de Ary Barroso regravado oito anos depois com sucesso por outro grupo carioca que investe na mistura samba, jazz e funk, a Banda Black Rio.

Em 1971, o time lança seu segundo disco, Cada um na sua. O título do vinil antecipa o destino de seus integrantes. E não dá outra: além da ruptura com Tim Maia, Cassiano e Hyldon partem para voos-solos. Os dois álbuns d'Os Diagonais se tornam relíquias da soul music tupiniquim. Para mostrar o tempero do grupo, esta playlist reúne faixas do disco de 1969 (as cinco primeiras) e do derradeiro, de 1971 (oito posteriores). Som na caixa!

Texto retirado de | Cultura Brasil

1969 | OS DIAGONAIS

01. Baby, Baby
02. Na Baixa do Sapateiro / Helena, Helena
03. Não Dá Pra Entender
04. Solução / Cabelos Brancos
05. Meu Sonho é Você / Sabe Deus (Sabrá Dios)
06. Meu Cariri
07. clarimunda
08. Praça Onze / Bat Macumba
09. O Trem Atrasou / Atire a Primeira Pedra
10. Terezinha de Jesus / Cala a Boca, Etelvina
11. Siga / Célia;
12. General da Banda / Vai, Que Depois Eu Vou

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1971 | CADA UM NA SUA

01. Sai De Lado
02. Adivinhe Meu Pensamento
03. Vou Perder Você
04. Todo Meu Amor
05. Atrás Do Sorriso
06. Eliana
07. Nem Adeus
08. Não Vou Chorar
09. Novos Planos Para O Verão
10. Cada Um Na Sua
11. O Mal Passará
12. Tema De Fanny

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sexta-feira, 12 de julho de 2019

Nelson Angelo & Joyce


No início da década de 1970 Nelson Angelo, um dos membros do Clube da Esquina, se juntou à parceira Joyce para gravar treze músicas acompanhados de diversos artistas consagrados. A obra “Nelson Angelo e Joyce” tornou-se um ícone da música setentista brasileira e volta às lojas num lançamento da Polysom em parceria com a Universal.

Dentre os destaques do disco, há pérolas como “Comunhão” (Nelson Angelo), “Sete Cachorros” (Nelson Angelo) e “Um Gosto de Fruta” (Nelson Angelo). Além disso, o registro conta com composições de outros eminentes do Clube, como Ronaldo Bastos e Márcio Borges. Joyce também escreve, ao lado de Bastos, “Meus Vinte Anos”, enquanto “Vivo ou Morto” tem autoria de Danilo Caymmi e José Carlos Pádua.

Rico em seus arranjos e com influências de diversos gêneros da sua época, o álbum possui participação de Lô Borges e Toninho Horta nos violões, Beto Guedes nos vocais e Wagner Tiso no cravo e órgão, entre outros músicos. Um riquíssimo registro que reúne a atuação conjunta de alguns dos maiores nomes da MPB capitaneados por Joyce e Angelo.

Texto retirado de | Bilesky Discos

1972 | NELSON ANGELO & JOYCE

01. Um Gosto De Fruta
02. Hotel Universo
03. Sete Cachorros
04. Linda
05. Comunhão
06. Ponte Nova
07. The Man From The Avenue
08. Tiro Cruzado
09. Pessoas
10. Meus Vinte Anos
11. Mantra
12. Vivo Ou Morto
13. Tudo Começa De Novo

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terça-feira, 9 de julho de 2019

Jorge Mautner


Jorge Mautner é uma figura quase mitologica no cenário musical carioca, tive a oportunidade de conversar com ele algumas(muitas) vezes na praia, durante anos frequentamos o mesmo espaço nas areias de ipanema, figuraça, meio maluco como todo gênio. As palavras abiaxo são do próprio Mautner.

A genialidade da direção musical de Gilberto Gil se destaca neste disco. Gravado no estúdio Havai, no Rio de Janeiro, constitui-se também no lançamento musical do jovem instrumentista Roberto de Carvalho, que tocou teclados. Outros grandes músicos tocaram: Tuty Moreno, Rodolfo Grani Jr., e sempre Nelson Jacobina.

A capa é de Rogério Duarte, grande artista gráfico, autor do poster de "Deus e o Diabo na Terra do Sol" e das capas tropicalistas. Aliás, foi Rogério Duarte o primeiro tropicalista que eu conheci, em 1968, quando estive incógnito no Brasil, período durante o qual eu escrevi o argumento do primeiro filme de Neville d’Almeida, "Jardim de Guerra", que foi o filme mais censurado da época militar.

O Ato Institucional número 5 abateu-se sobre a nação logo após a minha volta para os USA. Este disco tem músicas memoráveis como a segunda gravação do "Maracatu Atômico", que alcançara retumbante sucesso na voz de Gilberto Gil, "O Relógio Quebrou", na qual o relógio quebrado dobrado como uma omelete de Salvador Dali me serviu de inspiração. Foi nas apresentações ao vivo desta música que pela primeira vez inclui falas e diálogos humorísticos intercalados com a música, o que viria se tornar uma marca de meus shows. Em "Guzzy Muzzy" o doutor Arthur citado na letra é uma homenagem a Arthur de Melo Guimarães.

Texto retirado de | Contramão Prog

1974 | JORGE MAUTNER

01. Guzzy Muzzy
02. Pipoca à Meia-Noite
03. Cinco Bombas Atômicas
04. Ginga de Mandinga
05. Rock da TV
06. Samba dos Animais
07. Herói das Estrelas
08. Matemática do Desejo
09. Nababo Ê
10. O Relógio Quebrou
11. Salto no Escuro
12. Maracatu Atômico
13. Um Milhão de Pequenos Raios

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sábado, 6 de julho de 2019

Casa das Máquinas


Estávamos em 1975, a repressão política e o subseqüente cerceamento do direito de expressão eram atos rotineiros e considerados legítimos pelos governantes, Médici (1969-1974) e Geisel (1974-1979). Para quem não era nascido ou era muito pequeno, é muito difícil entender o quadro político e social daquela época.

Somente para exemplificar, não se podia ler aquilo que não fosse do interesse do “Poder” constituído. Eu mesmo, nesse período, somente conseguia ler alguns dos exemplares do periódico e alternativo Jornal Pasquim (que contava com uma equipe de respeito como: Paulo Francis, Tarso de Castro, Jaguar, Ziraldo, Millôr Fernandes, Henfil, Ferreira Gullar e muitos outros.), graças à astúcia do jornaleiro da esquina, que às vezes conseguia esconder um único exemplar antes da edição ser retirada de circulação. Fazia-se uma fila de espera para termos acesso aos raros exemplares “caçados”, que eram avidamente lidos, escondidos dentro da própria banca.

Cabelos longos eram sinônimos de maconheiro, marginal, bicha ou subversivo, verdadeiros inimigos internos. Uma simples e descuidada opinião em um bar, poderia ser o passaporte para um recolhimento involuntário e por vezes eterno no (DOI-CODI) Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna.

Bom, essa conversa toda, visa apenas mostrar como era difícil viver e criar naquela época, principalmente para as artes, fossem literárias, gráficas ou musicais.

Mas vamos ao que interessa. O Casa das Máquinas, com o seu 2º LP (Lar de Maravilhas) consolidou o conceito do que deveria ser o verdadeiro progressivo brasileiro. Na minha opinião, foi o melhor trabalho da banda e sem sombra de dúvida alguma, uma das melhores bandas de Rock Progressivo, senão a melhor, que o Brasil já teve.

“Já se pode sentir embora longe, os reflexos de uma revolução biológica, que vai se agigantando a cada momento que passa. A vida esta se modificando. A luz da transformação vem de todos os espaços, vem do infinito, onde máquinas e homens jamais conseguirão registrar ou ver, vem também do interior do próprio homem, onde Raio x de ciência alguma poderá revelar.” (B.J.Aroldo)

Acredito que o texto acima, retirado da capa interna do LP, seja suficiente para evidenciar o quão estava adiantada a mentalidade dos integrantes dessa fantástica banda. As excelentes letras, os primorosos arranjos e o flagrante virtuosismo dos músicos, são uma constante em todo o LP.

Lamentavelmente, provavelmente por pressão da gravadora (Som Livre) e a nova formação da banda, o Casa das Maquinas não deu continuidade à linha progressiva, dando maior ênfase ao Rock.

Texto retirado de | Progressive Downloads

1976 | LAR DE MARAVILHAS

01. Vou Morar no Ar
02. Lar de Maravilhas
03. Liberdade Espacial
04. Astralização
05. Cilindro Cônico
06. Vale Verde
07. Raios de Lua
08. Epidemia de rock
09. O sol / Reflexo Ativo

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quarta-feira, 3 de julho de 2019

Grupo Medusa


Grupo instrumental formado por Amilson Godoy (piano), Heraldo do Monte (guitarra, bandolim e violão), Cláudio Bertrami (baixo) e Chico Medori (bateria e percussão), que atuou no início da década de 1980.

Em 1981, lançou o LP “Grupo Medusa”, contendo as faixas “Baiana”, “Zeby”, “Caminhos” e “Ponto de fusão”, todas de Cláudio Bertrami, “Medusa” e “Pé no chão”, ambas de Chico Medori, e ainda “Asa delta” e “Uma viagem”, ambas de Cláudio Bertrami e Chico Medori. O disco contou com a participação de Theo da Cuíca e Jorginho Cebion nas percussões.

Com nova formação, integrada por Amilson Godoy (piano), Olmir Stocker (guitarra e violão), Cláudio Bertrami (baixo), Chico Medori (bateria e percussão) e Theo da Cuíca (percussão), lançou, em 1983, o CD “Ferrovias”, contendo as faixas “Fantasia”, “Cheiro verde”, “Picadeiro” e “Beija-flor”, todas de Cláudio Bertrami, “Aduba-Lé”, “Pouso em Congonhas” e a canção-título, todas de Chico Medori, “Nordestina” (Alemão) (Olmir Stocker) e “Lamentos” (Pixinguinha e Vinicius de Moraes). O disco contou com a participação especial de Dominguinhos (acordeom).

Texto retirado de | Woodstock Sound

1981 | GRUPO MEDUSA

01. Baiana
02. Zeby
03. Caminhos
04. Medusa
05. Pé no Chão
06. Asa Delta
07. Uma Viagem
08. Ponto de Fusão

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