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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Ney Matogrosso


Em 1974 a banda Secos e Molhados estava no auge, seu primeiro disco tinha vendido mais de Um milhão de cópias e se tornava um marco dentro da música brasileira. Após uma turnê no México, o vocalista Ney Matogrosso ficou sabendo que a banda tinha assinado alguns documentos e sem perceber assinaram um documento que autorizava a troca do empresário da banda. A partir daí Ney ficou decepcionado com os novos rumos do grupo e decidiu que iria sair da banda, logo após a gravação do segundo disco.

Para surpresa de Ney, ele descobriu que não tinha contrato com a gravadora e que estava livre para fazer o que bem entendesse. Fechou então um contrato com a gravadora Continental e acabou conhecendo em um show o maestro argentino Astor Piazzola. Piazzola convidou Ney para ir até a Itália para gravar duas músicas com ele. As músicas “As ilhas” e “1964” foram mostradas para a gravadora Continental, que gostou muito do resultado.

Em 1975, Matogrosso reuniu uma banda com vários músicos experientes, para começar a fazer os arranjos daquele que seria seu primeiro disco solo. Os ensaios para o disco se tornavam enormes jam sessions e a cada vez que as músicas eram tocadas surgiam um novo solo e um novo arranjo. Foi preciso Ney organizar as coisas para que finalmente as músicas tivessem uma cara definitiva.

Produzido por Billy Bond, Água do Céu Pássaro saiu em 1975 e para Ney Matogrosso o disco era uma carta de intenções, estava ali tudo que ele pensava a respeito do universo musical, as suas influências e a forma de expressão que ele queria utilizar em sua arte. Ney não queria nenhum tipo de silêncio no disco, então foram utilizados diversos sons da natureza, como água, vento e animais nos intervalos das faixas. A capa do disco mostra um artista “animalizado”, meio homem, meio bicho, reforçando o contexto artístico do álbum.

“Homem de Neanderthal” de Sá e Guarabyra abre o disco com sons da natureza e o grito primal de Ney Matogrosso. “Corsário”, música de João Bosco, tem sons de cítara misturados com a percussão brasileira, com uma letra poética. “Açucar candy” é a mais roqueira do disco, e tem uma letra com referências eróticas, enquanto “Pedra de rio” é um dos momentos mais bonitos do álbum, com a interpretação sempre fantástica de Matogrosso.

“Bodas” de Milton Nascimento e Ruy Guerra é um épico de 7 minutos, com um clima tenso e refrão explosivo, com uma letra que fala sobre a colonização portuguesa no Brasil. “Coubanakan” tem um ritmo latino envolvente, enquanto “América do sul” se tornou um clássico na carreira de Ney e foi o primeiro videoclipe feito no Brasil. Na versão em cd ainda saíram como bônus as duas músicas gravadas com Piazzolla e lançadas em compacto na época, “Ilhas” e “1964”.

Água do Céu Pássaro foi o marco inicial de uma carreira solo muito bem sucedida de Ney Matogrosso. O disco era uma evolução ao som dos Secos e Molhados, mostrando uma riqueza de arranjos e qualidade nas letras que viraram marca registrada no trabalho do cantor. O disco não teve um grande sucesso comercial, mas artisticamente teve muito impacto e é um dos mais impressionantes registros feitos na música brasileira. Após este álbum Ney lançou o disco Bandido e teve grande êxito comercial e daí por diante sua carreira só gerou grandes momentos.

Texto retirado do blog | O Rock Ainda Não Morreu

1975 | ÁGUA DO CÉU - PÁSSARO

01. Homem De Neanderthal
02. Corsário
03. Açúcar Candy
04. Pedra De Rio
05. Idade De Ouro
06. Bodas
07. Mãe Preta (Barco Negro)
08. Coubanakan
09. América Do Sul
10. As Ilhas
11. 1964 (II)

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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Leno


Em 1976, Leno completara 27 anos e tinha uma carreira prolífica como artista e produtor da CBS, na qual se encontrava ligado desde 1966, na época da dupla Leno & Lilian. Após a dissolução da dupla em 1967, lançou em carreira solo os álbuns "Leno" (CBS, 1968), que possuía o hit "A Pobreza" (Composição de Renato Barros) e "A Festa dos Seus 15 Anos (CBS, 1969), cuja faixa é composição de Ed Wilson foi o carro-chefe do disco. Mas vale lembrar que Leno é um compositor e versionista de mão cheia, sendo um dos mais atualizados ao que acontecia na cena musical norte-americana e européia na época da Jovem Guarda, assim como Rossini Pinto e Getúlio Côrtes.

"Meu Nome é Gileno" é o quarto álbum solo do músico, que ocupou a posição de terceiro. Além do próprio Leno tê-lo produzido. Isso se deve ao fato do projeto "Vida e Obra de Johnny McCartney" (com produção de Raul Seixas) ter sido vetado pela CBS, sendo lançado somente em CD no ano de 1995, através do selo Natal Records, do próprio Leno. Isso faria com que Leno deixasse a CBS e ficasse um curtíssimo período na Polydor, por onde lançou um compacto simples, retornando para sua antiga gravadora em seguida. Até o álbum, Leno produziu artistas como o grupo "Impacto Cinco" e projetos especiais como "Sessão de Rock: Matéria Prima" (CBS, 1974), além de um revival da dupla com Lilian Knapp em dois Lps de 1972 e 1973 e dois compactos em 1974, um deles com a faixa "Flores Mortas", que ganhou um clipe no Fantástico.

As faixas desse LP de Gileno - ele assinava suas produções na época como Gileno Azevedo - foram gravadas entre outubro e novembro de 1975. Nas sessões de gravação, Leno contou com excelente músicos, dentre eles alguns amigos como Paulo César Barros, que fora baixista da banda Renato & Seus Blue Caps e nesse momento também era músico de estúdio. Além dele, músicos renomados como o baterista Paulinho Braga (que tocou com Elis Regina), o guitarrista Gabriel O'Meara (da banda O Peso) e o saudoso sanfoneiro Dominguinhos participaram do disco.

O repertório da peça em questão é bem adulto, de roupagem Folk e pitadas de psicodelismo. A primeira faixa do LP é "Semente Cósmica", um boogie com uma interpretação agressiva de Leno. Em seguida, o acerto de contas com o passado em "Jovem Guarda", da qual foi um dos seus maiores expoentes. Outros destaques são "Depois do Carnaval", onde violão, baixo e bateria criam uma sintonia perfeita com uma cuíca. No álbum, Leno gravou o clássico "Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense. A acidez dos compositores taxados de "malditos" se faz presente na certeira e desesperada "Me Deixe Mudo" (Walter Franco) e na poética e filosófica "Céu Dourado", do recluso e confuso Guilherme Lamounier. Leno aproveitou e regravou "Grilo City", parceria sua com Raul Seixas e que faria parte de "Vida e Obra...".

"Meu Nome é Gileno" foi lançado em maio de 1976. Infelizmente, o álbum não fez o sucesso esperado. Não dá pra saber exatamente se foi por falta de empenho da gravadora ou se o público não estava preparado pro amadurecimento do então Gileno, mas o tempo foi amigo e marcou essa bora-prima como uma peça fundamental do Rock Brasileiro, disso não há dúvida. Por sorte, o álbum ganhou uma edição em CD pela Sony em 1998, na coleção "Jovem Guarda", com o acréscimo de faixas bônus dos compactos de 1974.

Texto retirado do blog | Música, Acima de Tudo

1976 | MEU NOME É GILENO

01. Semente Cósmica
02. Jovem Guarda
03. Em Busca do Sol
04. Depois do Carnaval
05. Grilo City
06. Luar do Sertão
07. Chuva do Amanhecer
08. Me Deixe Mudo
09. Amigo Velho
10. Céu Astral

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domingo, 10 de novembro de 2019

Trindade: Curto Caminho Longo (Trilha Sonora)


Trilha do documentário “Trindade: Curto Caminho Longo”, de Tânia Quaresma e Luiz Keller, onde os compositores Luiz Keller, Waltel Blanco, Joyce, Nivaldo Ornelas, Egberto Gismonti, Novelli, Hermeto Pascoal, Edson Maciel, Mestre Di Mola, Marcos Resende, Luiz Cláudio Ramos, Franklin da Flauta, Wagner Tiso e Sapaim, Aiupú e Aritana Yawalapiti, indígenas das etnias Kamayurá e Ywalapiti, gravaram faixas que representavam diversas imagens do Brasil.

Com o objetivo de deflagrar um movimento, “uma atitude dos próprios músicos que, vendo que é possível, partem para o trabalho por eles mesmos”, foi fundada a Trindade Produções Artísticas.
O projeto principiou a se tornar realidade em fevereiro de 76, com as filmagens do carnaval carioca.

No mês de julho, iniciaram-se as gravações das faixas, no estúdio Vice-Versa, em São Paulo. Em setembro de 77, Trindade montou no posto Leonardo Villas-Boas, no Alto Xingu, um insólito espetáculo: a exibição do Ballet Stagium, dançando para uma plateia de mais de 800 índios o tema de Egberto Gismonti Conforme a Altura do Sol/Conforme a Altura da Lua. Em novembro de 1977, Hermeto Pascoal e Seus Músicos tocaram em plena feira de Caruaru, num espetáculo registrado em som direto. Já em setembro do mesmo ano, no dia 17, tinha sido iniciada uma série de shows no cine Ópera, do Rio, reunindo o grupo Index e os músicos/compositores Edu Lobo e Nivaldo Ornellas.

No mês seguinte, dia 14, um novo show no Ópera, com Wagner Tiso, Joyce e Maurício e o grupo Azymuth. No dia 12 de novembro, tocaram Antônio Adolfo, Toninho Horta, Márcio Montarroyos e Pomoja e o grupo Mandengo. A série teve seu encerramento com um concerto na Concha Acústica da UERJ, com a participação de Wagner Tiso, Toninho Horta, Paulo Moura e a Rio Jazz Orchestra, Nivaldo Ornellas, Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal, no dia 25 de março de 78. E, de abril a agosto, foram concluídas as filmagens e gravações.

A pré-estreia nacional foi realizada no dia 20 de dezembro último.

Texto | Filme Cultura nº 32, fevereiro de 1979

1978 | TRINDADE, CURTO CAMINHO LONGO

01. Luiz Keller | Trindade
02. Waltel Branco | Minuano
03. Joyce Moreno | Pega leve
04. Nivaldo Ornelas & Márcio Borges | Memória das minas
05. Egberto Gismonti | Conforme a altura do sol
06. Novelli | Baião de acordar
07. Hermeto Pascoal | Agreste
08. Sapaim Kamayurá | Música da manhã
09. Edson Maciel | Mr. Keller
10. Mestre di Mola | Capoeira
11. Marcos Resende | Festa para um novo rei
12. Luiz Claudio, Franklin da Flauta & Aldir Blanc | Ladeira de Santo Amaro
13. Wagner Tiso & Luiz Keller | Tragicômico

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terça-feira, 5 de novembro de 2019

Gal Costa


Em 1971, quando rolou o show Vapor Barato, transformado num disco duplo gravado ao vivo no Teatro Tereza Rachel, no Rio, Gal Costa, mais que musa, era a estrela sobrevivente da saga tropicalista. Sob as botas do governo Médici (1969-1974), com os mentores do movimento - Caetano e Gil - no exílio, a juventude antenada da época vivia entre a guerrilha e os vapores baratos que subiam dos charos acesos pela oposição lisérgica ao governo. Imantada por Gal, boa parte desta fatia viajante da galera se reunia (no Rio) num trecho da praia da Ipanema repleto de dunas, onde era construído um emissário submarino de esgoto. Eram as "dunas do barato", ou como se dizia no baianês da época, "as dunas de Gal".

Neste disco/show, além de segurar a barra tropicalista, Gal já rodava a baiana de maior cantora da MPB. Só ela vai dos cochichos de João Gilberto aos urros de Janis Joplin sem trair a Dalva de Oliveira que mora no sentimentalismo deste país de três raças tristes. Vapor Barato, também conhecido por Gal Fa-Tal, é um obra-prima. O repertório linka folk ("Fruta Gogóia", "Bota a Mão nas Cadeiras"), MPB antepassada ("Assum Preto", "Falsa Baiana") e o sotaque rock da época ("Hotel das Estrelas", "Como 2 e 2", "Dê um Rolê"), tudo dentro da atitude marginal que cutucava o sistemão com um jogo de da(r)dos poéticos.

Quase todas as faixas escolhidas tem dupla leitura. Desde o velho samba "Antonico", do genial Ismael Silva, um pedido de auxílio que vinha a calhar naquelas trevas, até os retratos a ferro e fogo da época, escritos por Macalé e Waly Salomão. Além da novo baiana "Dê em Rolê" ("Enquanto eles se batem / Dê um rolê"), explodem os versos opressos de "Mal Secreto" ("Massacro meu medo / Mascaro minha dor"), "Hotel das Estrelas" ("Sob um pátio abandonado / Mortos embaixo da escada"), "Luz do Sol" ("Quero ver de novo / A luz do sol") e a faixa-título, "Vapor Barato" ("Eu tô indo embora / Talvez um dia eu volte, quem sabe?"). Reciclada para o sucesso pelo filmaço Terra Estrangeira, de Walter Salles Jr., que fotografa grão a grão o exílio desértico da Era Collor, esta música atesta que o país se repete como uma farsa constantemente reescrita.

Gal inicia o disco no pianinho, acompanhando-se ao violão até que sua voz de colocação joãogilbertiana (confiram "Falsa Baiana", "Coração Vagabundo"), explode junto com guitarras e microfonias. De "Pérola Negra" às canções do exílio enviadas de Londres por Caetano - "Maria Bethânia" e "Como 2 e 2" -, Gal cimenta o mito de cantora perfeita. Tem a técnica (por vezes incorpórea) de Elis Regina e a comoção (nem sempre lapidada) de Maria Bethânia. É a rainha do cool drama. Sua voz queima como gelo e corta feito diamante. A emissão límpida convive com a sujeira da rouquidão provocada, o grito preso na garganta e a confidência invasora.

O tropicalismo gerou uma cantora fatal. Ou melhor, fa-tal.

Texto | Tárik de Souza

1971 | FA - TAL - GAL A TODO VAPOR

01. Fruta Gogóia
02. Charles Anjo 45
03. Como 2 e 2
04. Coração Vagabundo
05. Falsa Baiana
06. Antonico
07. Sua Estupidez
08. Fruta Gogóia
09. Vapor Barato
10. Dê um Rolê
11. Pérola Negra
12. Mal Secreto
13. Como 2 e 2
14. Hotel das Estrelas
15. Assum Preto
16. Bota a Mão nas Cadeiras
17. Maria Bethânia
18. Não Se Esqueça de Mim
19. Luz do Sol

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domingo, 20 de outubro de 2019

V.A. Hearts of Stone | Brasilian 60's Beat & Garage


Coletânea lançada em vinil pelo selo alemão Magia Records em que se destacam bandas brasileiras da década de 1960. Vale destaca o trabalho de remasterização que nos proporciona um arquivo de melhor qualidade, visto que nem sempre é possível encontrar material antigo em boa qualidade.

2000 | VOLUME 1

01. Os Jovens | Coração De Pedra
02. Beatniks | Fire
03. Luizinho e Seus Dinamites | Choque Que Queima
04. Som Beat | My Generation
05. Beat Boys | Canudinho
06. Os Baobás | Down Down
07. Beatniks | Cansado De Esperar
08. Renato e Seus Blue Caps | Vivo Só
09. Top Five | Esqueces Que Te Ami
10. Beatniks | Outside Chance
11. Brazilian Bitles | Filhinho Do Papai
12. Maskers | Veja Só
13. Os Jovens | Se Você Contar
14. Os Aranhas | Gloria

2001 | VOLUME 2

01. Os Baobás | Pintada de Preto
02. The Bubbles | Não Vou Cortar O Cabelo
03. Analfabitles | Sunnyside Up
04. Os Brasas | Não Vá Me Deixar
05. Beggers | Slow Down
06. Os Jovens | Sofrendo Por Amor
07. Beezoons | Treat Her Right
08. Blackstones | Os Monstros
09. Analfabitles | Shake
10. Luizinho E Seus Dinamites | Caranga Twist
11. Beezoons | Hey! Good Lookin'
12. Jungle Cats | Sapato Nôvo
13. Os Brasas | Mulher Reindeira
14. Renato e Seus Blue Caps | Negro Gato
15. Brazilian Bitles | L'onda
16. Os Incrìveis | Vai, Meu Bem

2001 | VOLUME 3

01. Os Juvenis | Eu Tenho de Achar um Alguém
02. The Brazilian Bitles | Dedicado a Quem Amei
03. Bargs | O Louco
04. Paulo Hilário | Não Dou Meu Braço a Torcer
05. The Jungle Cats | Vai
06. The Snakes | Você Não Me Agrada
07. Outcasts | Go On Home
08. The Maskers | É Dificil Esquecer
09. Os Santos | Três Garotas
10. Altafini | Xaropão
11. Os Minos | Febre de Minos
12. The Beggers | Why, Oh Why?
13. Os Bittus | Vem Depressa Meu Amor
14. Os Brasas | Lutamos Para Viver
15. Outcasts | Dying
16. Le Groupe 'F' | Whisky

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terça-feira, 15 de outubro de 2019

Quintal de Clorofila


Quintal de Clorofila foi um duo de folk psicodélico, formado pelos irmãos Dimitri e Negrende Arbo. Eles fizeram parte do cernário folk gaúcho que se iniciou no final dos anos 1970, com grupos como Os Tápes, Almôndegas, Utopia e Grupo Terra Viva, e se extendeu aos anos 1980, com grupos como Tambo do Bando e Couro, Cordas e Cantos.

Quintal de Clorofila é um dos poucos que chegaram a gravar um álbum, lançado pelo selo independente Bobby Som em 1983. Para esse LP, o grupo gravou composições próprias com letras do irmão deles, o poeta Antonio Calos Arbo. Nas palavras do próprio Dimitri Arbo, o som deles misturava jazz, rock, música medieval e ritmos africanos orientais e latinos, no que ele chama "Rock Viking".

Com certeza é uma musica complexa, com uma tremenda profundidade e inspiracão abundante, o que se evidencia ao longo de todas as faixas bastante atmosféricas do álbum.

Texto retirado de | Midheaven

1983 | O MISTÉRIO DOS QUINTAIS

01. As Alamedas
02. Jornada
03. Drakkars
04. Liverpool
05. Gotas de Seresta
06. Viver
07. O Último Cigano
08. Jardim das Delícias
09. Balada da Ausência
10. O Mistério dos Quintais

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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

De Kalafe e a Turma


Um dos mais raros compactos do rock brasileiro é o que traz as músicas "Guerra" e Mundo Quadrado". O compacto saiu pela gravadora Rozemblit, responsável por um grande número de lançamentos alternativos da época.

"Guerra" foi um hit local em São Paulo, na segunda metade dos anos sessenta. As duas músicas integravam o compacto simples da cantora De Kalafe, de origem árabe. De Kalafe cantava acompanhada do grupo A Turma, que tinha entre seus integrantes Arnaldo Sacomani, depois produtor e radialista.

Com apenas dois compactos gravados, o grupo desfez-se no final da década, com De Kalafe seguindo carreira solo. No segundo compacto, De Kalafe gravou o cover para "Bang Bang", um original da cantora Cher.

Texto retirado de | Brazilian Nuggets

1968 | SINGLES

01. Guerra
02. Mundo Quadrado
03. Bang Bang (My Baby Shot me Down)
04. This Boy





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sábado, 5 de outubro de 2019

Naná Vasconcelos, Nelson Ângelo & Novelli


Esse é o primeiro disco do Naná, mas pode ser considerado também o primeiro dos demais que formam o trio. Nessa época os três estavam envolvidos com a produção de Milton Nascimento, Naná e Novelli fizeram parte do Som Imaginário, uma banda que foi muito mais que banda de apoio (lançou três discos sob a liderança de Wagner Tiso). Naná tocou com muita gente, inclusive com Geraldo Vandré no show Caminhando em 1968 (proibido pela censura).

Esse LP inaugura uma produção experimental, mas também traz à cena a tradição da percussão colada ao canto típico das manifestações populares que formaram Naná. A faixa "Seleção de Folclore" é uma grata demonstração de que a tradição e a experimentação estão de mãos dadas, ao mesmo tempo a "modernagem se emparelha" na canção "Tiro Cruzado", eis o violão sincopado e o órgão com clima progressivo de Nelson, embalado pela vibração do baixo de Novelli.

Texto retirado de | Criatura de Sebo

1972 | AFRICADEUS

01. Sol Quarenta Graus
02. Sempre Existe Alguém
03. Uma Sombra Na Estrada
04. Liz
05. A Garota Do Sorriso De Marshmellow
06. Por Isso Eu Digo: Brasil Eu Fico
07. Manequim
08. Vou Morar No Teu Sorriso
09. Vê Se Dá Um Jeito Nisso
10. Cartão Postal
11. Tenho Um Amor Comigo
12. Ah! Se Eu Pudesse

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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Trio Ternura


Jussara, Jurema e Robson iniciaram a carreira na década de 1960, inclusive participando do programa Jovem Guarda da TV Record. Os três vinham de uma família musical: seu pai era o compositor Umberto Silva.

Em 1970, acompanharam o cantor Tony Tornado no 5º Festival Internacional da Canção da Rede Globo. A canção BR-3, interpretada na ocasião, obteve o primeiro lugar.[1] No ano seguinte gravaram um disco de soul psicodélico pela CBS, "Trio Ternura", dirigido pelo cantor Raul Seixas[2]

Em 1974, o grupo se tornou Quinteto Ternura com a vinda de dois novos membros.

Texto retirado de | Wikipédia

1971 | TRIO TERNURA

01. Sol Quarenta Graus
02. Sempre Existe Alguém
03. Uma Sombra Na Estrada
04. Liz
05. A Garota Do Sorriso De Marshmellow
06. Por Isso Eu Digo: Brasil Eu Fico
07. Manequim
08. Vou Morar No Teu Sorriso
09. Vê Se Dá Um Jeito Nisso
10. Cartão Postal
11. Tenho Um Amor Comigo
12. Ah! Se Eu Pudesse

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domingo, 15 de setembro de 2019

Lúcia Turnbull


Lucinha Turnbull pertence àquele grupo de artistas da música que embora não tenham gravado muitos discos, estará para sempre eternizada na história da música brasileira.

Quem tem competencia não depende exclusivamente da mídia e suas ferramentas para ter reconhecido o seu talento. E talento nessa moça é o que não falta. Tocou com uma infinidade de gente boa, principalmente com Gilberto Gil e Rita Lee, com quem ela formou a dupla “Cilibrinas do Éden”.

Das Cilibrinas surgiu shows e um disco que não saiu da gaveta (numa próxima oportunidade postarei este álbum que foi sem nunca ter sido). Lucinha é considerada a primeira mulher a tocar guitarra no Brasil. Falo em tocar, mas é tocar de verdade, a ponto de deixar certa vez, o deus da guitarra, Eric Clapton impressionadíssimo. Eles tocaram juntos, informalmente, certa vez em uma festa na casa do presidente da PolyGram.

“Aroma” continua sendo seu único disco solo. Um álbum bacana, mas que não faz juz ao talento desta artista. Ela bem que podia ter nos presenteado com outros discos, mas enfim…

Texto retirado de | Toque Musicall

1980 | AROMA

01. Aroma
02. Toda manhã brilha o sol
03. Sete sílabas
04. Capricórnio
05. Você todo dia
06. Burucuntum
07. Luminosa
08. De leve, levantando
09. Bobagem
10. Perto do infinito
11. Vento

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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Hermeto Pascoal


Um dos discos mais impactantes do bruxo, todos os instrumentistas dando o máximo de sim em composições excelentes. Composições de Hermeto, com exceção de “Alexandre, Marcelo e Pablo”, do Nenê. Hermeto também faz todos os arranjos e a regência e toca piano, clavinete, violão, flautas, teclados, sax tenor, sax soprano, voz e percussão. Um disco que vai do jazz ao frevo, passando pelo maracatu e o baião.

Música universal como diz o próprio Hermeto.

Texto retirado de | Woodstock Sound

1979 | ZABUMBÊ-BUM-Á

01. Sâo Jorge
02. Rede
03. Pimenteira
04. Suite Paulistana
05. Santo Antonio
06. Alexandre, Marcelo E Pablo
07. Suite Norte, Sul, Leste, Oeste
08. Susto
09. Mestre Mará

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domingo, 1 de setembro de 2019

Marku Ribas


Underground: disco essencial do musico Marku Ribas, lançado em 1973, com arranjos do maestro Erlon Chaves, traz pérolas musicais como a maravilhosa “5,30 Schoelcher”, som impecável e letra memorável: “raios solares entram na minha mente, iluminando o coração / e meu espírito contente me mostra a direção do mar”, “N’ Biri N’ Biri”, uma brilhante adaptação para música do folclore africano, “Pacutiguibê Iaô“, com muita percussão & suingue num provável hit de terreiro de Umbanda, “Matinic Moins”, que mostra influências de sua estada de 7 anos na Martinica, com a verve latina em ação e guitarra a la Santana.

“Orange Lady”, um samba rock dançante e letra que narra uma confusão no salão às 3 da matina. Mas o grande destaque fica para o classico “Zamba Ben”, gravada na época da ditadura militar, quase foi vetada pela impiedosa censura da época, ele compôs a música original sem letra, a fim de usar sua voz como um instrumento.

Um dos censores estranhou aqueles dialetos indecifráveis e pediu uma letra pra música ser aprovada. Marku escreveu a letra na hora e a música enfim foi liberada.

Texto retirado de | CWBlacks

1972 | UNDERGROUND

01. Zamba Ben
02. 5 30 Schoelcher
03. O Adeus Segundo Maria
04. N’biri N’biri
05. Porto Seguro
06. Pacutiguibê Iaô
07. Madinina
08. Tira Teima
09. Matinic Moins
10. Orange Lady

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