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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Bruce Henri


Bruce Henri é um compositor, arranjador, cantor e contrabaixista de Jazz e erudito com notórias atuações na área da música popular brasileira. Reconhecido músico que, além de seus próprios discos e trabalhos autorais de música e multimedia, trabalhou com lendários artistas como Herbie Hancock, Tom Jobim, Gilberto Gil e Ney Matogrosso.

Como diretor artístico criou e dirigiu eventos entre os quais Rock Street Rock in Rio em Lisboa, Rio de Janeiro e Las Vegas, Música no Tom e Re Tocando. Como produtor cultural, trabalhou com grandes festivais e eventos de música, entre os quais Rock in Rio, Planeta Brasil, Live Earth e Free Jazz Festival.

Vive desde 2012 em Portugal.

2004 | MAILBAG BLUES: RONNIE BIGGS' STORY
The 1974 Original Sessions


01. London ’63
02. Conspiracy
03. Robbery
04. Mailbag Blues
05. Courtyard Strut
06. Escape
07. Matilda’s Waltz
08. New Dawn
09. Liberdade
09. Leave It All Behind

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sábado, 15 de agosto de 2020

Anjo Gabriel


Psicodelia e krautrock dão o tom do som da Anjo Gabriel, banda pernambucana formada em 2005.

Com uma forte influência do udigrudi pernambucano dos anos 1970, principalmente o som do disco Paêbiru – O Caminho da Montanha do Sol (1975), de Lula Côrtes e Zé Ramalho, a banda lançou dois discos, O Culto Secreto do Anjo Gabriel e Lucifer Rising pelo selo Ripohlandya, este último por sinal foi considerado o melhor disco de 2013 para Fabio Massari, Bento Araujo (Poeira Zine), entre vários outros blogs e sites especializados em música.

Resiliência e Claralice compõem o compacto de 7 polegadas lançado em maio de 2017 pela Abraxas Records, em parceria com o selo Ripohlandya. Em atividade desde 2005 e com dois discos lançados em vinil, 'O Culto Secreto do Anjo Gabriel'; (2011) 'Lucifer Rising' (2013), itens raros e procurados por colecionadores em todo o mundo, Anjo Gabriel ressurge após um ano e meio de recesso com nova formação, Marco da Lata (baixo), Júnior do Jarro (bateria), Diego Drão (órgão, sintetizador e theremin), Phillippi Oliveira (guitarra) e Amarelo (percussão) e uma mini-turnê pelo Sudeste em divulgação do novo trabalho.

Novidades apontam no horizonte para 2018, e a banda promete mais shows e petardos sonoros para deleite de seus fãs.

Texto retirado de | Big Dia da Música | Abraxas

2011 | O CULTO SECRETO DO ANJO GABRIEL

01. Peace Karma
02. Sunshine In Outer Space
03. Mantra III
04. Astralysmo
05. 1973
06. O Poder do Passaro Flamejante (DubdeepSabbath)



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2013 | LUCIFER RISING

01. Lucifer Rising Part I
02. Lucifer Rising Part II







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2017 | RESILIÊNCIA - CLARALICE

01. Resiliência
02. Claralice







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quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Ave Sangria


Quatro décadas e meia se passaram entre o lançamento do primeiro álbum, homônimo, da banda pernambucana Ave Sangria, e Vendavais, o segundo disco. O primeiro foi prensado em vinil em 1974. O segundo, em 2019, saiu em plataformas de streaming, depois em CD e, só aí, em vinil, bancado por financiamento coletivo, numa espécie de linha do tempo invertida em que o trabalho mais recente se encontra com o antecessor no exato ponto em que ele termina.

Se, por um lado, a tecnologia atual permitiu ao disco timbres, mixagem e masterização mais modernos, por outro, os elementos que consagraram a banda nos anos 1970 continuam todos lá: os ritmos regionais nordestinos, misturados à guitarra do rock e à poesia aguçada que tornaram a banda um ícone da chamada psicodelia nordestina, ladeada por conterrâneos como Alceu Valença, Flaviola e o Bando do Sol e Lula Côrtes, que lançaram trabalhos semelhantes na mesma época.

“Foi intencional. A gente queria que fosse uma continuidade. Queria pagar esses 45 anos como se não tivessem existido. Dar às pessoas que gostam de nossa música um segundo álbum que fosse continuação do primeiro”, conta o poeta Marco Polo, cantor e letrista da banda. “É como se não tivéssemos sido castrados pela ditadura. Queremos reafirmar que, mesmo 45 anos depois, continuamos vivos e com os mesmos ideais de rebeldia e liberdade”, declara.

O OVO DA AVE

Em 1972, o jovem Marco Polo voltava ao Recife de uma temporada em São Paulo e no Rio de Janeiro, com um punhado de poemas embaixo de braço e um monte de ideias na cabeça. Saiu da cidade para fugir do marasmo, mas encontrou, na volta, a terra natal fervendo e um bando de rapazes dispostos a tocar um som autoral. Assim surgiu o Tamarineira Village, cujo nome alude ao Village, bairro boêmio novaiorquino, e o recifense Tamarineira, povoado por artistas e um hospício.

Este paralelo entre a cultura regional tradicional e as novidades estrangeiras se encontrava também, já naquela época, na proposta musical da banda. “A nossa influência era Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Beatles, Rolling Stones, Led Zepellin e Jimi Hendrix”, enumera Marco Polo. “Pra mim, era natural que o que importasse era que a música fosse boa, ao contrário do Manguebeat, que fez um manifesto para justificar a postura deles”, compara.

Conseguir os discos de música brasileira era fácil. Marco Polo recorda que, desde que era criança, havia na casa dele uma vitrola a manivela que tocava de Nelson Gonçalves a Luiz Gonzaga. Difícil era encontrar os discos de rock. Era preciso esperar alguém voltar de Londres com as novidades, não tão novas na Inglaterra, ou abordar os marinheiros no cais para trazer os discos de fora. “As lojas não importavam os discos de rock, porque achavam que não ia vender”, lembra o músico.

“É claro que, na época, a gente sofreu muita repressão da crítica, mas a gente não ligava a mínima” afirma. Logo, porém, a vocação para desafiar o conservadorismo da época se tornaria marca registrada do grupo. “O Zé da Flauta dizia que, na época, a gente não sabia que estava fazendo história. Mas a gente tinha consciência de que queria provocar”, diz o vocalista, citando o conterrâneo, que tocou com toda a turma psicodélica da época, incluindo a própria Ave Sangria.


OS DENTES DO OFÍCIO

Se o choque causado pela sonoridade do sexteto não era planejado, as letras e o comportamento extravagante do grupo eram um desafio declarado ao status quo, cujo ápice se deu com a música Seu Waldir: “Seu Waldir o senhor/ Magoou meu coração/ Fazer isso comigo, seu Waldir/ Isso não se faz não /Eu trago dentro do peito/ Um coração apaixonado batendo pelo senhor/ O senhor tem que dar um jeito!/ Se não eu vou cometer um suicídio/ Nos dentes de um ofídio vou morrer”.

“Eu namorava uma atriz que trabalhava com Marília Pêra, que estava com uma peça, e fiz a música para o personagem dela, que era muito debochado e irônico. A parte do ‘suicídio nos dentes de um ofídio’ era uma referência a Cleópatra, uma brincadeira”, descreve o compositor. Como a música não entrou na peça, Marco Polo decidiu incluí-la no show, para peitar o machismo pernambucano. “Tinha amigos meus que saíram revoltados: 'Não sabia que o Marco Polo era gay!”, diverte-se.

E ele não era. “Apesar de não ser homossexual, eu me solidarizava perante o machismo e a homofobia. Pernambuco era um lugar muito tradicionalista. A esquerda era preconceituosa e nos marginalizava. Eu tinha uma namorada comunista, e a gente tinha brigas, porque ela dizia que eu era um americanista alienado, porque gostava de rock e fumava maconha”, diverte-se. A direita, então, gostou menos ainda, e mandou recolher o primeiro disco da banda por causa da faixa Seu Waldir.
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Cair nas presas da ditadura foi um duro golpe para o bando de aves ainda no ninho. Excelentes, os instrumentistas da banda acabaram alçando outros voos. O grupo, porém, teve sua trajetória interrompida. Mas as lendas continuaram. “As pessoas saíam à noite pelos bares procurando pelo Seu Waldir, pois achavam que era dono de um boteco”, ri Marco Polo, e garante: “Seu Waldir nunca existiu!”. “Eu gostava de inventar histórias porque era o marketing que tínhamos na época”, admite.

Outra lenda espalhada era a de que o nome da banda tinha sido sugerido por uma cigana, mas, na verdade, ele surgiu de um devaneio do vocalista. “Eu estava pensando numa capa pro disco e pensei num bando de prédios cinzentos, como eu via em São Paulo, e, em cima deles, voando, uma ave toda vermelha, vermelho-sangue, que, pra mim, significa a vida, a liberdade. Ave Sangria é uma ave sangrenta, sanguinária… o pessoal gostou e ficou!”, explica.

AS CINZAS DO OVO

Quarenta e cinco anos se passaram e muita coisa aconteceu entre o céu e a terra. Marco Polo seguiu carreira como jornalista e poeta, com vários livros publicados, e teve composições gravadas por intérpretes como Ney Matogrosso e Elba Ramalho. Três dos membros originais da banda morreram: Ivson Wanderlei, conhecido como Ivinho; Israel Semente Proibida e Agrício Noya, músicos notáveis que, antes de partir, deixaram sua marca na música popular brasileira com outros projetos.

“O Alceu Valença vivia tentando seduzir nossos músicos para tocar com ele. Ele assistiu o show da gente e percebeu essa coisa de eletrificar o baião, e conseguiu fazer também esse trabalho”, recorda Marco Polo. “Quando o disco foi censurado, a gente percebeu que não tinha futuro para banda. Éramos de classe média baixa, alguns eram casados e tinham filhos. Precisávamos nos sustentar. Os meninos vieram falar como a gente e a gente falou: ‘Pode ir.’”

A partir de 2008, as novas gerações começaram a redescobrir e cultuar a banda graças à internet, o que deu gás para um breve retorno em 2014, com Ivinho ainda vivo. Agora, a banda a banda volta à carga total e com a mesma vontade de causar. “É até curioso a banda ter nascido numa ditadura e estar voltando numa época em que o conservadorismo está na presidência”, analisa o cantor.

“Quarenta e cinco anos depois, continuamos com a mesma pegada”, garante. Aposentado, Marco Polo, ao lado dos membros originais Paulo Rafael (guitarra e voz) e Almir de Oliveira (baixo) está se dedicando totalmente ao projeto e disposto a tocar até em festinha de aniversário. Sem perder a ternura, jamais.

Texto | Devana Babu


1974 | AVE SANGRIA

01. Dois Navegantes
02. Lá Fora
03. Três Margaridas
04. O Pirata
05. Momento na Praça
06. Cidade Grande
07. Seu Waldir
08. Hei! Man
09. Por Que?
10. Corpo em Chamas
11. Geórgia, a Carniceira
12. Sob o Sol de Satã

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1974 | PERFUMES Y BARATCHOS
(Bootleg Ao Vivo)


01. Grande Lua
02. Janeiro em Caruaru
03. Vento Vem (Boi Ruache)
04. Dia-a-dia
05. Geórgia, a Carniceira
06. Sob o Sol de Satã
07. Instrumental
08. Por Que
09. Hey Man
10. O Pirata
11. Lá Fora

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2019 | VENDAVAIS

01. O Poeta
02. Silêncio Segredo
03. Vendavais
04. Dia a Dia
05. Olho da Noite
06. Carícias
07. Sete Minutos
08. Ser
09. Sundae
10. Marginal
11. Em Órbita

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sábado, 25 de julho de 2020

Arrigo Barnabé


Arrigo Barnabé (Londrina, 14 de setembro de 1951) é um músico e ator brasileiro. Seu reconhecimento para o grande público veio logo com o primeiro disco, Clara Crocodilo, em 1980, quando foi recebido pela imprensa como a maior novidade na música brasileira desde a Tropicália. Em suas composições, Arrigo mistura elementos e procedimentos da música erudita do século XX a letras ferinas sobre a vida na grande cidade. É comum a utilização de séries dodecafônicas, aliada a uma prosódia muito próxima da fala urbana de seu tempo.

A música de Arrigo Barnabé e sua banda Sabor de Veneno está muito ligada a outros artistas, como Itamar Assumpção (e a banda Isca de Polícia), e grupos, como Rumo, Premeditando o Breque e Língua de Trapo. Esses artistas e grupos estavam inseridos num contexto que acabou conhecido como Vanguarda Paulista.

Além das canções do disco Clara Crocodilo, outras músicas, como "Uga Uga" - hit dos anos 80 com participação de Eliete Negreiros e Vânia Bastos nos vocais - foram sucessos prestigiados.

O compositor escreveu várias composições para trilhas sonoras de filmes brasileiros e a faixa-título de seu álbum Tubarões Voadores é baseada em uma história em quadrinhos de Luiz Gê.

Atualmente apresenta um programa de rádio na Rádio Cultura de São Paulo: o Supertônica.

Texto | Wikipédia

1980 | CLARA CROCODILO

01. Acapulco Drive-In
02. Orgasmo Total
03. Diversões Eletrônicas
04. Instante
05. Sabor de Veneno
06. Infortúnio
07. Office-Boy
08. Clara Crocodilo

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1984 | TUBARÕES VOADORES

01. Tubarões Voadores
02. Crotalus Terríficus
03. Mística
04. Neide Manicure Pedicure
05. Canção Do Astronauta Perdido
06. Kid Supérfluo, O Consumidor Implacável
07. Papai Não Gostou
08. Lenda
09. A Europa Curvous-Se Ante O Brasil
10. Mirante

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quarta-feira, 15 de julho de 2020

Tavito


Tavito, nome artístico de Luís Otávio de Melo Carvalho (Belo Horizonte, 26 de janeiro de 1948) é um músico e compositor brasileiro. Algumas canções compostas por Tavito tornaram-se grandes sucessos, como "Rua Ramalhete" (com Ney Azambuja) e "Casa no Campo" (com Zé Rodrix).

Ganhou seu primeiro violão aos 13 anos. Autodidata, começou a participar de serenatas e festas. Foi companheiro de geração de Milton Nascimento e de outros músicos mineiros, tais como Toninho Horta, Tavinho Moura e Nelson Angelo.

Em 1965 conheceu Vinícius de Morais, que apreciou o estilo de Tavito[1] e o convidou a participar de suas apresentações na capital mineira. Mais tarde, participou do conjunto Som Imaginário e no final da década de 1970 seguiu carreira solo.

Produziu discos de alguns artistas (Marcos Valle, Renato Teixeira, Selma Reis e Sá & Guarabyra).

Texto | Wikipédia

1979 | TAVITO

01. Cowboy
02. Rua Ramalhete
03. Você Me Acende
04. Longe do Medo
05. Cravo e Canela
06. Naquele Tempo
07. Começo, Meio e Fim
08. A Ilha
09. Coração Remoçado
10. Casa no Campo

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1979 | TAVITO 2

01. O Maior Mistério
02. Aquele Beijo
03. Sou Eu
04. Dela
05. Balada Para Voz E Esperança
06. Enquanto O Dia Me Trouxer Você
07. Jamais, jamais
08. Companheira
09. Canção Do Sul
10. Olá

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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Ceumar

"Meu nome é Ceumar, nome inventado pela minha mãe. Já vi homem com este nome, também vi escrito com L no meio. Com S eu não conto, não tem o sentido de firmamento. Meu objetivo na vida é ser tão simples como são o céu nosso de todo dia e o mar que a gente vai curtir no verão. Mesmo que a natureza vá variando à seu gosto, o céu e o mar estão sempre no lugar... A música, pra mim, às vezes é barco, às vezes asa-delta, e faz da vida um deleite!!"

Em um mercado viciado em clonar produtos de sucesso Ceumar é uma bem vinda estranha no ninho. Sua voz especialíssima é digital própria, personalíssima, aliada uma escolha criteriosa especial; não tem igual. Agora, em seu quarto trabalho e nove anos depois de sua estréia fonográfica, Ceumar mostra que além de intérprete especial também é (ótima) compositora.

Ceumar vem de Minas Gerais. E essa informação, mais do que localizar geograficamente, diz muito sobre sua música e seu jeito de criar/cantar. Em São Paulo encontrou afinidades artísticas com Zeca Baleiro (produtor de seu primeiro trabalho), Dante Ozzetti, Gero Camilo e Kléber Albuquerque entre outros. Por aí ficam as dicas das intenções artísticas da cantora. Mas para entender a mágica da música de Ceumar precisa (e deve, por deleite) conhecer, ouvir, mergulhar nesse universo só dela.

A música de Ceumar tem um lado lúdico, repleto de sutilezas próprias da grande artista; brincadeira de gente grande que sabe ser simples e sofisticada ao mesmo tempo.

por: Beto Feitosa

1999 | DINDINHA

01. Dindinha
02. Banzo
03. Galope Rasante
04. Cantiga
05. Maldito Costume
06. As Perigosas
07. Boi de Haxixe
08. Rosa Maria
09. Geofrey, A Lenda do Ginete
10. Gírias do Norte
11. Pecadinhos
12. Olha Pro Céu
13. Let It Grow

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2003 | SEMPRE VIVA

01. Prenda Minha
02. Boca Da Noite
03. O Seu Olhar
04. Parede-Meia
05. Outra Era
06. Avesso
07. Joelmir Betting, A Canção
08. Onde Qué
09. Lá
10. Vira Lixo
11. Maravia
12. São Genésio
13. Rãzinha Blues

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2006 | ACHOU!
(com Dante Ozzetti)


01. Prá Lá
02. Partidão
03. Achou!
04. Alguém Total
05. Alto Mar
06. Parei Querer
07. Parte B
08. Saia Azul
09. Visões
10. A Tardinha
11. Praga
12. Lenha na Quentura

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2009 | MEU NOME

01. Reinvento
02. Parque da Paz
03. Planeta Coração
04. Nariz do Palhaço
05. Jabuticaba Madura
06. Samba Prá Fabi
07. Gira de Meninos
08. Oiá
09. Mãe
10. Meu Mundo
11. Nada Combinado
12. Mochilinha de Porquês
13. Um Dia de Chuva
14. Dança
15. Meio Bossa
16. Feliz e Triste
17. Oração do Anjo
18. A Comadre
19. Maracatubarão
20. Ciranda

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2010 | LIVE IN AMSTERDAM
(Ceumar & Trio)


01. Oração do Anjo
02. Banzo
03. Dindinha
04. Iá Iá
05. Jabuticaba Madura
06. Pecadinhos
07. Dança
08. Gírias do Norte
09. Gira de Meninos
10. Applause

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2014 | SILENCIA

01. Rio Verde
02. Liberdade
03. Encantos de Sereia
04. Chora Cavaquinho
05. Penhor
06. Levitando
07. Engasga Gato
08. Justo
09. Segura O Coco
10. Quem É Ninguém
11. Navegador
12. Turbilhão
13. Silencia

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2018 | VIOLA PERFUMOSA
(com Paulo Freire & Lui Coimbra)


01. Luar do sertão
02. Tamba-Tajá
03. Índia
04. Pedro Paulo
05. Amo-te muito
06. Moda da pinga
07. Horóscopo
08. Oi calango
09. Coco do Mané
10. Bolinho de fubá
11. Chitãozinho e Chororó - Menina Ignez

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2019 | ESPIRAL

01. Tô Aqui
02. Espiral
03. Descalço
04. Espiral De Ilusão
05. Três Irmãs
06. Looking For a Place (feat. Tiê Coelho Todão)
07. Todas as Vidas do Mundo (feat. Cátia de França & Déa Trancoso)
08. Amar Além
09. Tres Mazás
10. O Sal dos Seus Olhos (feat. Nelson Ayres)
11. Amanheceu

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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Milton Nascimento


Änïmä é um álbum de 1982 do cantor, violonista e compositor brasileiro Milton Nascimento.

A introdução do álbum começa com um poema intitulado "Evocação das Montanhas" e durante a execução desse trabalho, Nascimento conta com participação especial de artistas como o grupo instrumental brasileiro Uakti na faixa título e "Coração Brasileiro". Outros músicos convidados foram Caetano Veloso em um dueto com Milton em "As Várias Pontas de Uma Estrela (The Various Points of a Star)" e Simone cedida pela Sony Music para canção "Comunhão (Communion)". Além disso, a faixa "Essa Voz" contém uma música incidental chamada "O que foi feito de vera" na voz Elis Regina, concedida pela Odeon/WEA Music.

Richard S. Ginell, em uma crítica retrospectivo pela Allmusic, avalia o álbum como exuberante e expressivo. Ainda segundo o revisor, esse disco é umas das típicas obras que marcaram a carreira de Nascimento positivamente no Brasil, sendo um material essencial para o público do músico mineiro.

1982 | ÄNIMA

01. Evocação Das Montanhas (Poema Sonoro)
02. Teia De Renda
03. Anima
04. Olha
05. Coração Brasileiro
06. As Várias Pontas De Uma Estrela
07. Comunhão
08. Certas Canções
09. Filho
10. Essa Voz
11. No Analices (vinheta)

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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Dani LaSalvia


A paulistana Dani LaSalvia ingressou cedo na música. Estudou piano dos 7 aos 15 anos. Na adolescência, fez três anos de canto lírico. Depois, estudou percussão vocal e corporal com Stênio Mendes, e violão com Paulinho Paraná. Mais tarde, passou uma temporada em Moscou para aperfeiçoamento em canto lírico, no Conservatório Tchaikovsky. Logo voltou ao Brasil e focou seu trabalho em canto popular.

A cantora, compositora e instrumentista chega ao disco com Madregaia, lançado no final de 2006 e dirigido artisticamente em parceria com o cantor e multi-instrumentista mineiro Dércio Marques, depois de participar de três edições do projeto Prata da Casa, espaço para novos talentos, idealizado pelo Sesc Pompéia, em São Paulo.

O resultado é uma seleção variada, com influência da world music e da música regional brasileira, uma das conseqüências de sua parceria com o multi-instrumentista Dércio Marques, que assina a direção artística do disco.

Gaia significa deusa da fertilidade ou mãe terra, em grego. “Madregaia é uma redundância, por termos a palavra mãe duas vezes. Escolhi esse nome porque as canções selecionadas celebram a vida”, diz Dani Lasalvia. O repertório do CD foi determinado pela estética da letra, melodia e estilo de cada canção. “O objetivo era que o trabalho não ficasse linear.”

No repertório do CD duplo com 26 faixas, criações próprias e de outros autores, como Jean Garfunkel, Nô Stopa e Amauri Falabella, além de obras compositores renomados e participações especiais, como Trenzinho do Caipira (com Stênio Mendes na craviola) e Melodia Sentimental, de Heitor Villa-Lobos, em parcerias com Ferreira Gullar e Dora Vasconcelos; Valsinha, de Chico Buarque & Vinícius de Moraes); e Feixe, de Chico César. Completam ainda a seleção, o fado Samba das Índias (Edu Santana & Juca Novaes), com Toninho Ferragutti no acordeom, e o alerta ambiental Quiquiô (Kykyó), de Geraldo Espíndola, que aborda a formação do povo indígena brasileiro.

Tietê Meu Rio (Jean Garfunkel & Lony Rosa); Vida de Água (Amauri Falabella); Manacá da Serra (Luís Perequê Açu); e Meninos (Juraildes da Luz) são algumas faixas de temática “verde”. Madregaia busca também resgatar a identidade cultural do país.

Duas canções de domínio público, inseridas, são bons exemplos disso. Água de Mani conta a história antiqüíssima de hábitos ritualísticos dos já extintos índios Tremembé de Almofala (CE). Olê Caninana mostra a influência negra da dança folclórica potiguar Coco de Zambê.

A religiosidade brasileira também é homenageada com Ave Maria (Charles Gounod/Vicente Paiva & Jayme Redondo), Romaria (Renato Teixeira) e Procissão de Fogaréu (Luís Perequê Açu) – que aborda a festa popular de origem portuguesa feita em Paraty. Prece do Ó (letra recolhida por Cassiano Ricardo) conta a história do santo negro Santo Antonio do Catigeró, muito cultuado na Bahia. “Foi o êxtase, a vontade do êxtase, que levou Dani pelos quadrantes da Terra de Vera Cruz. Por mais de dez anos, ela andou por aí, à própria custa, ouvindo aprendendo, conversando com as lavadeiras das Alagoas, com os violeiros do Mato Grosso, com os catireiros do interior paulista, com os jongueiros daqui e dali, os quilombolas, os índios das tribos tais e quais, aprendendo idiomas, incorporando gestos e gostos, entendendo as lendas, reconstruindo-se, ampliando-se, maravilhando-se”, fala sobre Dani Lasalvia o crítico de música Mauro Dias, responsável pela apresentação do CD de estréia.

Texto | Dani LaSalvia

2007 | MADREGAIA

CD 1
01. Kikyô
02. Água de Mani - Eternecendo a Espera
03. Olê Caninana
04. Vinheta Vida de Água
05. Fuga 19
06. Samba das Índias
07. Vinheta da Juréia - Procissão do Fogaréu
08. Mandu
09. Ciranda Lunar
10. Canto Lunar
11. Madre Latina
12. Prece do Ó - Ausência - Romaria
13. Trenzinho do Caipira

CD 2
01. Rota das sereias
02. Feixe
03. Vida de água
04. Tietê, meu rio
05. Variante
06. Ave Maria
07. Valsinha
08. Andaluz
09. Melodia sentimental
10. Manacá da serra
11. Meninos-Sabiá laranjeira
12. Criança
13. Cala-te boca-Pamas d'água

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domingo, 17 de maio de 2020

Walter Franco


Walter Rosciano Franco iniciou sua carreira artística musicando peças teatrais na Escola de Arte Dramática, onde estudou.

Fez a trilha sonora de várias peças, entre as quais "Caminho que fazem Darro e Genil até o mar", de Renata Pallottini, "A caixa de areia", de Edward Albee, e o clássico grego "As bacantes", de Ésquilo.

Seu primeiro disco foi um compacto simples com a música "No fundo do poço", tema da novela "O hospital", da TV Tupi.

Em 1973, lançou o LP "Ou não", com arranjos de Rogério Duprat, provocando estranhamento ao misturar elementos pop e ritmos nordestinos com referências eruditas que extrapolavam o plano musical para se manifestarem também nas letras, bastante influenciadas pelo concretismo.

Participou dos seguintes festivais, geralmente provocando polêmica com suas letras e canções pouco convencionais: I Festival Universitário da TV Tupi (SP), com "Não se queima um sonho", interpretada por Geraldo Vandré; II Festival Universitário da TV Tupi (SP), com "Sol de vidro", defendida por Eneida e classificada em terceiro lugar; III Festival Universitário da TV Tupi (SP), com "Animal sentimental" e "Pátio dos loucos"; VII Festival Internacional da Canção, realizado pela Rede Globo, em 1972, com "Cabeça", que recebeu um prêmio especial; na mesma Rede Globo participou ainda do Festival Abertura, em 1973, com a música "Muito tudo", que ficou em terceiro lugar e tinha arranjo de Júlio Medaglia; Festival da TV Tupi, com "Canalha"; e do MPB Shell, com "Serra do luar".

Em 1974, Chico Buarque, no disco "Sinal fechado", gravou sua canção "Me deixe mudo". Ainda na década de 1970, lançou os LPs "Revolver" (1975) e "Respire fundo" (1978).

Na década de 1980, lançou os LPs "Vela aberta" e "Walter Franco" (1982), atuou como compositor de jingles e destacou-se com sua canção "Seja feita a vontade do povo", em 1984, durante a campanha das "Diretas Já". O disco "Ou não", considerado o seu melhor trabalho, foi reeditado em CD, em 1994, pela mesma gravadora que lançou o LP.

Em 1997, excursionou pelo Brasil com o show "Não violência", no qual apresentou uma série de novas composições como "Quem puxa aos seus não degenera", "Na ponta da língua", "É natureza criando natureza", "Nasça", esta parceria com o ex-Titã Arnaldo Antunes, "Sargento Pimenta", em homenagem a John Lennon, e "Totem", baseada em poema de José Carlos Costa Neto.

Em 2000, participou do Festival da Música Brasileira (Rede Globo) com sua canção "Zen" (c/ Cristina Villaboim). Ainda no ano 2000 foi homenageado no documentário , “Muito Tudo” , dos cineastas Bel Bechara e Sandro Serpa , destaque da mostra de audiovisual do MIS-SP (Museu da Imagem e do Som) e vencedor do Festival “É Tudo Verdade” do ano seguinte. “Muito tudo” também contou com a participação e os depoimentos de Augusto de Campos, Rogério Duprat , Júlio Medaglia , Arnaldo Antunes , Jards Macalé , Lívio Tratemberg , Jorge Mautner e Itamar Assumpção. Lançou, em 2001, o CD "Tutano", contendo suas composições "Zen", "Gema do novo" e "Acerto com a natureza", todas com Cristina Villaboim, "Nasça" (c/ Arnaldo Antunes), "Totem" (c/ José Carlos Costa Neto), "Quem puxa aos seus não degenera", "Na ponta da língua", "Ai, essa mulher", "Intradução", "Senha do motim", "Cabeça", "Distâncias" e "Muito tudo", além da faixa-título.

Em 2003, apresentou-se no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ), dentro da série "Transgressores". Em 2015 comemorou 70 anos de vida em sua volta aos palcos com o show “Revolver!”, de seu LP homônimo de 1975. No mesmo ano se apresentou na Casa de Francisca (SP) na companhia do seu filho, Diogo Franco. Em 2016 se apresentou no programa Altas Horas da TV Globo, interpretando a música “Canalha”. Em 2017, em entrevista ao jornal O Tempo, renegou o título de “maldito” com que a imprensa o etiquetou durante as décadas de 70 e 80 ao lado de artistas como Jards Macalé, Sérgio Sampaio, Luiz Melodia, Itamar Assumpção, Fausto Fawcett, Jorge Mautner, Luís Capucho e Arrigo Barnabé.

Segundo ele, “essa história é uma balela e um equívoco. Por muito tempo tentaram nos estigmatizar com essa corrente, restringir o nosso público, sendo que, aonde vamos, o teatro lota, com pessoas da minha geração e uma juventude muito curiosa e ávida”, declarou.

Morreu aos 74 anos após sofrer um acidente vascular cerebral.

Texto retirado de | Dicionário Cravo Albin

1971 | TEMA DO HOSPITAL
(Compacto)


01. Tema do Hospital
02. Tire Os Pés do Chão






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1973 | OU NÃO

01. Mixturação
02. Água e Sal
03. No Fundo do Poço
04. Pátio dos Loucos
06. Flexa
07. Me Deixe Mudo
08. Xaxados e Perdidos
09. Doido de Fazê Dó
10. Vão de Boca
11. Cabeça

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1975 | REVOLVER

01. Feito Gente
02. Eternamente
03. Mamãe D´água
04. Partir do Alto / Animal Sentimental
05. Um Pensamento
06. Toque Frágil
07. Nothing
08. Arte e Manha
09. Apesar de Tudo é Muito Leve
10. Cachorro Babucho
11. Bumbo do Mundo
12. Pirâmides
13. Cena Maravilhosa
14. Revolver

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1978 | RESPIRE FUNDO

01. Respire Fundo
02. Fado do Destino
03. Coração Tranquilo
04. Lindo Blue
05. Até Breve
06. Criaturas
07. Os Bichos
08. Plenitude (Ubiqüidade)
09. Govinda
10. Berceuse dos Elefantes

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1980 | VELA ABERTA

01. Vela Aberta
02. O Dia do Criador
03. Canalha
04. Corpo Luminoso
05. Divindade
06. Tire os Pés do Chão
07. Como Tem Passado
08. Feito Gente
09. Me Deixe Mudo
09. Bicho de Pelúcia
10. O Blues é Azul

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1982 | WALTER FRANCO

01. Luz Solar
02. Quem É?
03. Luz da Nossa Luz
04. Pega no Ar
05. Mundo Pensativo
06. Filho Meu
07. Remador
08. No Exemplar de um Velho Livro
09. Paz do Mundo
10. Raça Humana

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2001 | TUTANO

01. Nasça
02. Quem Puxa aos Seus Não Degenera
03. Tutano
04. Na Ponta da Língua
05. Totem
06. Zen
07. Ai, Essa Mulher
08. Intradução
09. Senha do Motim
10. Cabeça
11. Gema do Novo
12. Acerto com a Natureza
13. Distâncias
14. Muito Tudo

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2018 | UM GRITO QUE SE ESPALHA
(Scream & Yell: Tributo a Walter Franco)


01. Dado | Pátio dos Loucos
02. André Prando | Canalha
03. Consuelo | O Dia do Criador
04. BIKE | Mixturação
05. Joe Silhueta | Cena Maravilhosa / Eternamente
06. Tamy | Serra do Luar
07. Juliano Gauche | Revolver
08. Os Gianoukas Papoulas | Quem Puxa aos Seus Não Degenera
09. Seamus Rock | Um Lindo Blue
10. Pão de Hamburguer | Vela Aberta
11. Dadalú | Coração Tranquilo
12. Marcelo Callado | Me Deixe Mudo
13. LaCarne | Feito Gente
14. Buenos Muchachos | Respire Fundo
15. Sergio Gonzalez Ariztizabal | Desprendáte (Bonus Track)

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RARIDADES & COVERS

01. Walter Franco | Muito Tudo (Ao Vivo 1977)
02. Walter Franco | Por um Triz (Faixa dos anos 70)
03. Walter Franco | Serra do Luar (1982)
04. Walter Franco | Canalha (Ao Vivo Festival da TV Tupi,1979)
05. Walter Franco | O Relógio (Arca de Noé 1980)
06. Walter Franco | Zen (Ao Vivo Festival da Música Brasileira, TV Globo, 2000
07. Walter Franco | Canalha (com Jards Macalé e Zeca Baleiro, Ao Vivo 2013)
08. Andróide | Cabeça Parte I
09. Andróide | Cabeça Parte II
10. Wanderléa | Feito Gente
11. Chico Buarque | Me Deixe Mudo
12. Leno | Me Deixe Mudo
13. Amelinha | Divindade
14. Jards Macalé | Cachorro Babucho
15. Elba Ramalho | O Dia do Criador
16. Leila Pinheiro | Serra do Luar
17. Camisa de Venus | Canalha
18. Olho Seco | Castidade–Feito Gente
19. Cólera | Feito Gente
20. Pato Fu | Coração Tranquilo (Trilha Sonora do Filme: Houve Uma Vez 2 Verões)
21. Ira! | Feito Gente
22. Patrícia Ahmaral | Mixturação
23. Titãs | Canalha
24. Zeca Baleiro | Respire Fundo (Ao Vivo 2012)

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quinta-feira, 7 de maio de 2020

Boca Livre


No final dos anos 70, Boca Livre era o grupo que cantava com Edu Lobo nos circuitos universitários, com azeitadas harmonias de quatro vozes. Depois de peregrinar por gravadoras, em 1979, decidiu gravar um LP independente, uma tendência na época: embora vendesse pouco, via-se mais como um ato de bravura. Até então o Boca Livre limitava-se a participações especiais num disco de Vital Lima (Pastores da Noite, em 1978), e no Clube da Esquina 2 (1979). “Todas as gravadoras rejeitaram o grupo, então a nossa opção foi ser independente, e foi um sucesso quase instantâneo. Algo que a gente não previu, de repente estava tocando no rádio. A gente apareceu no Fantástico cantando Ponta de Areia (Milton Nascimento/Fernando Brant), num domingo. Na segunda, o pessoal das lojas começou a pedir disco. Fomos os primeiros a bisar o Fantástico, que repetiu Ponta de Areia no domingo seguinte”, conta Zé Renato, que, paralelo à banda, mantém uma sólida carreira solo.

O Boca Livre não foi, claro, pioneiro na produção de disco independente na música brasileira moderna. Satwa, de Lailson e Lula Côrtes, lançado às próprias custas, é de 1973, dois anos antes de Feito em Casa, de Antonio Adolfo, sempre citado como sendo o primeiro. Ambos venderam pouco, esbarrando no dilema da produção independente: a distribuição. A procura pelo Boca Livre foi tão grande que, apesar da dificuldade de distribuir o LP, o grupo conseguiu vender cem mil cópias do álbum: “Era uma loucura, porque a gente mesmo botava os discos nas capas e ia entregar. Depois conseguimos que a Eldorado distribuísse”.

O quarteto tornou-se notícia não apenas pela execução massiva de duas faixas – Quem Tem a Viola (Zé Renato/Xico Chaves/Cláudio Nucci/Juca Filho) e Toada (Na Direção do Dia) (Zé Renato/Cláudio Nucci/Juca Filho)–, mas também por tornar a independência de gravadoras economicamente viável. A formação do Boca Livre atual só tem uma mudança para a original. Lourenço Baeta em lugar de Cláudio Nucci, que partiu para carreira solo ainda nos anos 80.

Quando formaram o grupo, Nucci vinha de outra junção, chamada Semente, com Maurício Maestro e David Tygel, do Momento Quatro (do qual faziam parte, ainda, Zé Rodrix e Ricardo Villas, que se tornou preso político e entrou na lista dos que foram trocados pelo embaixador americano em 1969). Zé Renato vinha do Cantares, todos muitos jovens, continuando uma tradição de grupos vocais que remontavam ao Trio Nagô, Trio de Ouro, Garotos da Lua (que teve João Gilberto como integrante), Anjos do Inferno e Quatro Ases e Um Curinga. Todos se esmeravam nas harmonias vocais, realçando a canção.

Texto | José Teles

1979 | BOCA LIVRE

01. Quem tem a viola (Cecilia)
02. Toada (Na direção do dia)
03. Mistérios
04. Boi
05. Diana
06. Ponta de areia
07. Feito mistério
08. Pedra da Lua
09. Barcarola do São Francisco
10. Fazenda
11. Minha terra (Tema da peça teatral "Papa Highirte)

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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Flying Banana


Vindo do interior paulista, a Flying Banana carregou em seu DNA outro classudo santista: Passoca. O grupo foi formado em São José dos Campos, onde seus integrantes estudavam Arquitetura. E lançou um LP homônimo pela Philips em 1977. Logo depois, encerrou as atividades.

O trio acústico costurou seu único registro com chorinho, samba de breque e doses cavalares de Rock Rural. Livres de quaisquer tendências musicais, as composições têm características urbanas que ressaltam as raízes culturais regionais. O único vôo da trupe é de uma beleza estética surpreendente.

Com o fim (prematuro) do Flying Banana, Passoca seguiu carreira solo. As distorções do estilo que bebeu do rhythm and blues deram vazões às pestanas, entonações vocais e a viola rural, típicos do interior paulista.

Sob influência de Renato Teixeira e Almir Sater, deixou os três acordes básicos do rock’n roll para se aproximar da música caipira. Ele lançou seis discos admirados pela crítica, com temáticas mais distanciadas dos grandes centros urbanos. Nada de terça em duplas vozes, letras beirando ao popularesco, acordes e melodias banais; Passoca trilhou numa das mais genuínas tradições interioranas: a sina de ser violeiro.

Texto retirado de | Blog 'n Roll

1977 | FLYING BANANA

01. Bye Bye
02. Sujera-êra
03. Velho Olavo
04. Alô, Léo
05. Achados E Perdidos
06. N’aldeia
07. Mantenha Distância (Chevrolet)
08. Vulumi
09. Curió
10. Pirapora
11. Flying Banana

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sexta-feira, 17 de abril de 2020

Tetê Espíndola


Esse é o disco de estreia da Tetê. Depois de participar de experiências nas gravações e shows de Arrigo Barnabé, depois da produção familiar no Lírio Selvagem, Piraretã consolida a voz aguda e o estilo agreste, pantaneiro, rock e rural, que marcará a carreira dessa moça.

Nesse LP há regravações com arranjos lindíssimos como "Refazenda" e a versão da "Black Bird" dos Beatles, transformado num folck renomeado para "Melro". Curiosamente, registre-se, que a canção "Vida cigana" teve regravações em diversos estilos por outros intérpretes, nem sempre tão bacanas, passando pelo pagode e sertanejo. Bora descer o Rio Paraguai e cantar as canções que não se ouvem mais!

Texto retirado de | Criatura de Sebo

1980 | PIRARETÃ

01. Piraretã
02. Cunhatãiporã
03. Refazenda
04. Rosa em Pedra Dura
05. Melro (Black Bird)
06. Tamarana
07. O Cio da Terra
08. Vida Cigana
09. Beija-flor
10. Viver Junto
11. Matogrossense
12. Aratarda

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